Estamos vendo um iceberg navegando no oceano. Acima da
superfície vê-se apenas 20% do seu tamanho e abaixo estão os 80% restantes. No
nível psicológico, tudo aquilo que sabemos sobre nós próprios representa 20% da
nossa totalidade (o consciente) e os 80% restantes representam tudo aquilo que
não sabemos sobre nós (o inconsciente) navegando no oceano da vida (tudo o que
há de se aprender sobre nós).
Acima da superfície, o iceberg é movido pelas
correntes de ar e abaixo pelas correntes marítimas. Se as correntes tanto de ar
quanto marítimas convergem na mesma direção, o iceberg move-se tranquilamente. Mas
se mover contra o vento, isto quer dizer que ele está sob pressão das correntes
marítimas devido sua maior parte estar submersa. No nível psicológico, quando o
racional e o emocional convergem no mesmo objetivo de vida, a pessoa sente-se
plena e caminha determinada rumo à realização. Mas se o racional não está no
comando, mesmo desejando estar, é o emocional que está ditando os seus
movimentos que podem estar em direção contrária aos seus objetivos.
A Psicologia estuda a relação do comportamento
(resposta) frente ao seu motivo (estimulo), definindo que não há estimulo sem
sua resposta ou uma resposta sem o seu respectivo estímulo. Em outras palavras,
não há comportamento sem a sua causa. Assim,
o que está na superfície (atitudes) é causado que está abaixo (pensamentos,
sentimentos e crenças).
As atitudes estão no plano visível, pois vemos
nossas ações e reações. Partindo-se do ponto de que as atitudes são as causas
de outras atitudes, elas também são conseqüências de uma causa maior. É o motivo por detrás do motivo. Esta causa
reside no plano invisível, num nível mais profundo.
No primeiro nível de profundidade temos os
Pensamentos.
O nosso mental influencia as nossas atitudes. Agimos
conforme o nosso padrão mental. Nossos pensamentos dão origem às nossas
atitudes. Se conscientemente não conseguimos mudar nossas atitudes,
precisaremos olhar para os nossos padrões de pensamentos. Se nossos pensamentos
são a causa das nossas atitudes, eles também são conseqüências de uma causa
maior e mais profunda.
No segundo nível mais abaixo da superfície temos os Sentimentos.
O nosso emocional influencia as nossas atitudes. Os
nossos sentimentos difíceis, perturbadores, inconfessáveis são as causas dos
nossos pensamentos, que por sua vez, causas das nossas atitudes. O nosso sentir
geram os nossos padrões emocionais. Ao percebermos que continuamos a ter
sentimentos que não queremos ter, devemos olhar para os nossos padrões
emocionais. Se nossos sentimentos são as causas de outros sentimentos,
pensamentos e atitudes, eles também são conseqüências de uma causa maior e mais
profunda.
No terceiro nível mais abaixo da superfície temos as
nossas Crenças e Convicções.
Nossas crenças e convicções são as causas de todas
as causas das nossas atitudes. Nossas crenças dão origem aos nossos padrões
emocionais, aos nossos padrões mentais e aos nossos padrões de comportamentos.
Erradicar uma crença perniciosa é dissolver sentimentos, pensamentos e atitudes
que não fazem mais sentido em nossas vidas. Elas foram originadas por diversas
formas, seja absorvendo o clima doméstico ou realizando diálogos internos em
momentos de dor ou por mensagens passadas pelo clã familiar, etc.
Como estão muito abaixo da superfície, nossa mente
consciente não as alcançam e necessitamos do outro para enxergá-las. Assim quando
outro iceberg se aproxima através das suas atitudes podemos ver nelas o reflexo
das nossas próprias atitudes. Damos o tom e outro reage nos refletindo.
O iceberg derrete-se, reduz o seu tamanho e por fim
desaparece no oceano. No nível psicológico os nossos padrões de crenças são
dissolvidos quando trazidos à nossa consciência. O que estava inconsciente
torna-se consciente. Crenças erradicadas fazem desaparecer toda cadeia de
sentimentos, pensamentos e atitudes atreladas a ela. Se na superfície duas
pedras de gelo não conseguem se aproximar, a causa está submersa provocada
pelas extremidades que se chocam. No nível psicológico, nossas crenças estão
impedindo de nos integrarmos ao outro por conta das nossas atitudes
extremistas.
Nossas crenças, sentimentos e pensamentos movem
a nossa vida, determinam as nossas atitudes e as nossas atitudes geram os
nossos resultados. Daí termos a vida conforme nossas crenças. Temos a vida no
qual acreditamos, se não temos a vida que desejamos é porque não acreditamos
nela. Nossas atitudes revelam as nossas crenças. Nossas doenças revelam as
nossas crenças. Uma pessoa que sofre de diabetes acredita que a vida é amarga. Quando
as coisas não estão saindo conforme desejamos, chegou a hora de olharmos para
abaixo da superfície e buscar qual a crença que nos move. Como vimos, as
crenças são invisíveis. Vejamos: Queremos ser felizes, mas não somos, então
somos infelizes. A infelicidade é o que se manifesta em nossas vidas, é o que
realmente sabemos fazer, então nos projetamos numa busca frenética por alcançar
felicidade pensando que estamos acreditando nela. Mas nossos resultados são
implacáveis: frustrações! Que no fundo é a permanência da infelicidade. Ser
feliz é algo que não acreditamos e a infelicidade é o que manifestamos de fato.
Mas ao mergulharmos em nosso íntimo e encontramos a crença na infelicidade, este
sublime encontro faz tudo mudar no exato momento, pois faz nascer a crença na
felicidade, que vai promover novas atitudes. Assim, diante dos nossos
resultados devemos extrair lições e diante delas corajosamente fazer um
mergulho em nossas águas mais profundas a fim de localizar nossas crenças
intimas.
#quemevoce #oquevocequer #boasreflexoes #autoestima #psicanalise
#autoanalise #autodesenvolvimento #autoajuda #projecaodesombra #impressoes #opinioes #olhar #psicoterapia #autoconhecimento
#terapialux