Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

Palestra "Em Busca do Amor Materno!"

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EM BUSCA DO AMOR MATERNO!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

Palestra realizada no Spaço Natureza & Terapias em 24/11/2018 -1º. Evento do Ciclo de Palestras “ Mãe – Polaridade Feminina – Aspectos Femininos da Personalidade

Como nos comportamos na vida quando nos faltou o amor materno na infância?

As Neuroses - A realidade central do bebê (1)
Nós somos criaturas com necessidades. Nascemos necessitando e morremos depois de uma vida de lutas, sem termos realizado nossos anseios.
Essas necessidades não são excessivas: é preciso que sejamos alimentados, acalentados, e estimulados, que nos mantenhamos protegidos para que possamos nos desenvolver em compasso próprio.
O processo neurótico começa quando tais necessidades não são atendidas durante certo tempo.
Um recém-nascido não sabe que deve ser acalentado quando chora, ou que não deve ser desmamado antes do tempo, mas quando suas necessidades não são atendidas, ele sofre.
A princípio o bebê fará tudo que lhe for possível para ver suas necessidades atendidas.
Ele levantará os braços para ser acalentado, chorará quando tiver fome, esperneará e se contorcerá a fim de chamar atenção sobre si.
Se suas necessidades não forem atendidas durante algum tempo, se não for acalentado, se não lhe mudarem as fraldas e não o alimentarem, ele sofrerá até que seus pais o atendam ou até que ele mesmo suprima sua dor, suprimindo sua necessidade.
Se sua dor for bastante forte, ele poderá morrer.
Como o bebê não pode , sozinho, vencer sua sensação de fome(isto é, ele não pode dispor da geladeira) ou encontrar uma afeição substituta, ele terá que separar suas sensações (fome, desejo de acalento) da consciência delas.

Esta separação de si mesmo e de suas necessidades e sentimentos é uma manobra instintiva a fim de isolar a dor excessiva.
Nós chamamos esta forma de procedimento de “split” ou “cisão”. O organismo faz o split a fim de proteger sua continuidade.
Mas isso não quer dizer que desaparecem as necessidades que não forem atendidas. Ao contrário, elas continuam a se fazer sentir através de toda a vida, exercendo uma força, canalizando interesses, e produzindo motivações para satisfazê-las.
Mas em virtude da dor que ocasionam, as necessidades foram suprimidas no inconsciente, e o indivíduo tem que procurar satisfações substitutas.
Deve, então, satisfazer suas necessidades de um modo “simbólico”.
Por não ter podido exprimir-se, ele poderá ser compelido a procurar, mais tarde em sua vida, outras pessoas que o compreendam e o ouçam.
Não são somente as necessidades não atendidas que persistem até atingirem um grau de intolerabilidade dissociada da consciência, mas também suas sensações são transportadas para áreas onde possam obter maior alívio ou controle.
Sendo assim, certas sensações podem ser aliviadas pela urina(mais tarde pelo sexo) ou controladas pela supressão da respiração profunda.
A criança não atendida está aprendendo a disfarçar e transformar suas necessidades em atos simbólicos.
Ao chegar à idade adulta poderá não sentir a necessidade de sugar o seio da mãe, por ter sido desmamado prematuramente, mas poderá se tornar um fumante inveterado.
Sua necessidade de fumar é uma necessidade simbólica, e a essência das neuroses é a busca de satisfações simbólicas.
A neurose é o comportamento simbólico defendendo o indivíduo da excessiva dor psicobiológica.
A neurose perpetua-se automaticamente pois a satisfação simbólica não pode satisfazer às necessidades reais.
Para que as verdadeiras necessidades sejam satisfeitas, é preciso que sejam sentidas e experimentadas. Infelizmente a dor fez com essas necessidades fossem sepultadas.
Quando isso acontece, o organismo estabelece um estado continuo de alerta. Esse estado de alerta é a tensão.
Ela impele o bebê e mais tarde o adulto, em direção à satisfação das necessidades de maneira que for possível.
Esse estado de alerta e emergência é necessário para garantir a sobrevivência da criança.
Ela pode até morrer se tiver que abdicar à esperança de ver suas necessidades atendidas.
O organismo continua a viver custe o que custar, e esse preço é geralmente a neurose que encobre os sentimentos e as necessidades físicas que não foram atendidas, já que a dor é grande demais para ser suportada.
Tudo o que é natural é realmente necessário. Por exemplo, crescer e se desenvolver em um compasso próprio.
Uma criança não deve ser desmamada prematuramente, não deve ser obrigada a andar ou a falar antes do tempo, não deve ser forçada a jogar bola antes que seu aparelho neurológico possa realizar tal ato de modo natural.
As necessidades neuróticas não são necessidades naturais, pois se desenvolvem devido ao não atendimento de necessidades reais.
Nós não nascemos necessitando ouvir elogios, porém se os esforços de uma criança são sempre ridicularizados desde a mais tenra idade, quando ela começa a entender que por mais que faça, nunca consegue obter a aprovação e o amor de seus pais, isso pode então resultar num anseio de elogios.
Paralelamente, a necessidade da criança para se exprimir pode ser suprimida até mesmo pela falta de alguém que a ouça. Tal rejeição pode fazer com que a criança fale incessantemente.
Uma criança que não é amada sofre por não ser atendida.
Uma criança amada é aquela cujas necessidades naturais são sempre atendidas. O amor elimina a dor. Não necessita ser elogiada pois não foi ridicularizada.
Ela é apreciada pelo que é, não pelo que possa fazer para satisfazer às necessidades de seus pais. Não se transforma em um adulto com um desejo sexual insaciável. Ela já foi acalentada e acariciada por seus pais e não necessita usar o sexo para satisfazer essa necessidade primitiva.
As necessidades verdadeiras surgem de dentro para fora, e não ao contrário. A necessidade da criança em ser acalentada e acariciada faz parte da necessidade de ser estimulada.
A pele é o nosso mais vasto órgão sensorial e requer tanto estímulo como qualquer outro órgão sensorial.
O estímulo insuficiente nos primeiros tempos de vida pode produzir consequências desastrosas. Os sistemas orgânicos podem se atrofiar se não são estimulados.
As necessidades não satisfeitas anulam qualquer outra atividade do homem, até serem atendidas.
Quando as necessidades são satisfeitas, a criança pode sentir. Ela percebe o seu corpo e o ambiente em que vive.
Quando as necessidades não são atendidas, a criança sente apenas tensão, que é o sentimento desligado da consciência. Sem essa ligação necessária o neurótico não sente.
A criança fecha-se por etapas. Cada repressão e negação de uma necessidade faz com que a criança se feche um pouco mais.
Acontece, então, um momento em que ocorre uma mudança crítica na qual a criança se desliga, na qual ela é mais falsa do que verdadeira, e ao atingir esse ponto crítico nós podemos considera-la neurótica.
Daí em diante ela operará em um sistema de personalidade dupla.
O verdadeiro eu são as necessidades e os sentimentos do organismo. O falso eu é o disfarce desses sentimentos e vai se transformar na fachada que é necessária aos pacientes neuróticos a fim de conseguirem satisfazer suas próprias necessidades.
Pais que se sintam inseguros por terem sido constantemente humilhados por seus pais podem exigir dos filhos um respeito e uma submissão total.
Um pai imaturo pode exigir que o filho cresça rapidamente, a fim de poder fazer o seu trabalho, e a criança torna-se, então, adulta, muito antes de estar pronta para tal, para que o pai continue a ser cuidado como criança. O que a criança não pode fazer é ser ela mesma.
Mãe: fonte das gratificações emocionais
É a primeira mulher com quem temos contato na vida.
Através dela nos relacionamos no mundo através da polaridade feminina.
Ela dá a carga para as seguintes áreas da nossa vida: maternidade/paternidade, espiritualidade, relacionamentos afetivos e carreira.
A relação da mãe com seu bebê é de dar incondicionalmente e a relação do bebê com sua mãe é de receber, sem dar nada em troca, assim, o bebê não tem consciência de si, mas, reconhece a mãe dentre outras pessoas. O outro é preponderante!
Promove através do seu corpo, seio e leite materno proteção, cuidados e prazer e o bebê se apaixona por quem lhe dá o seio.
Esta relação do bebê com sua mãe pode ser perturbada diante de fatos como: gravidez indesejada, luto, separações conjugais, chegada de irmãos, etc.
A Trajetória – a busca por satisfações substitutas
A trajetória: Origem
O ser se manifesta aos genitores na semana em que vai ocorrer a relação sexual que será dada como gravidez.
Assim, já está presente e conhece os seus genitores, suas realidades emocionais, a forma como vivem, e quem é quem na relação.
A percepção ocorre através do seu lado intuitivo e as imagens gravadas são distorcidas.
A trajetória: A Vida Intra-Uterina
O início da jornada.
 O ser já traz consigo sua bagagem espiritual: bênçãos, maldições e crenças de seus antepassados, herança pessoal de suas vidas passadas, seu destino: propósitos e desafios para esta existência.
A conexão do ser com seus genitores se dá através da Lei do Semelhante que Atrai Semelhante.
Na gestação ficam gravadas no subconsciente do bebê as emoções da mãe, porque emoções são substâncias químicas produzidas pela glândula hipotálamo, que circulam pela corrente sanguínea dos dois.
Raiva, medo, agressividade, ciúmes mágoas, traumas ou alegria, paz e amor circulam pelo sangue do feto, até que ele adquira as mesmas condutas (pela transferência sanguínea da memória das células da mãe), tanto na barriga quanto na infância.”(1)
A Trajetória: O Nascimento
Todas as ocorrências por ocasião do nascimento do bebê serão gravadas em seu subconsciente e irão se manifestar na vida da pessoa!
Ex. se por ocasião do nascimento, o genitor tem presença marcante, este bebê na vida adulta terá sempre um homem a lhe ajudar quando estiver em situações importantes.
Se o genitor não tem uma presença marcante, este bebê se queixará que sempre em que está em situações  decisivas não há um homem para lhe ajudar.
O Complexo de Édipo: a importância dos sete primeiros anos na vida de uma pessoa.
A Trajetória: O Complexo de Édipo
Época do desenvolvimento, desde o feto até o fim da infância, no sentido psíquico.
Riscos, as consequências e os benefícios das fases de desenvolvimento das crianças de 0 a 14 anos.
Atendimento das necessidades psicológicas, físicas e espirituais.
Período mais vulnerável do ser.
Fases: oral, anal, fálica edipiana, latência, liderança, genital.
A Trajetória: Fase Oral – de 0 a 2 anos(2)
É a fase da mamada.
Os primeiros órgãos pelos quais a criança sente prazer, conforto e satisfação são a boca e a língua.
Estes são ligados ao sistema nervoso central onde suas células registram as impressões sensoriais e psicológicas dessa fase.
Há uma hipersensibilidade na percepção da criança nessa época e tudo o que acontece ao seu redor e o tipo de relacionamento com sua mãe é gravado em seu subconsciente, inclusive o que sua mãe pensa ou sente mesmo em segredo.
Exemplos negativos de mães durante a fase oral (2)
Ansiosa, magoada, possessiva, gênio forte, submissa, anulada, atribulada, mau relacionamento com o pai da criança, mãe que morreu cedo, distraída, vulgar, nervosa, fofoqueira, briguenta, orgulhosa, carente, autoritária, arrependida de ser mãe.
Exemplos de condutas negativas geradas na fase oral mal resolvida (para a infância e para a vida adulta)
Pessoa que não tem “papas na língua”: fala mal dos outros, grita e solta palavrões, reclusa, calada ou tímida, cleptomania (impulso mórbido para o furto) e mania de levar para casa souvenires de festas, agressiva, tendência a morder tudo, inclusive pessoas, compulsão alimentar, bulimia, chupa dedos ou objetos, fala alto demais, fala baixo demais, alcoolismo, todos os vícios pela boca: cigarros, cachimbos, charutos, maconha, doces, fetiche por sexo oral, necessidade de falar sem parar, morde os lábios, fala mal de tudo e dos outros, resmunga demais, chantagista emocional, fofoqueira, briguenta, invejosa, insegura, indecisa.
A Trajetória: Fase Anal – de 2 a 3 ou 4 anos(2)
É a fase em que a criança está sendo ensinada a controlar as fezes e a urina.
Formação do esfíncter anal.
Nesta fase a aceitação do nosso primeiro produto, o cocô, é de fundamental importância para nossa segurança pessoal e para a imagem que temos de nós mesmos.
Se por ventura os pais menosprezarem, humilharem, repreenderem, zombarem da sujeira que a criança faz com seu cocô, estarão decretando para seu filho uma personalidade possessiva, controladora, de baixa autoestima, extremista e egoísta.
Exemplos de condutas negativas após a Fase Anal mal resolvida
Avareza, mania de limpeza, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), colecionar coisa inúteis, juntar objetos que raramente usa ou nunca usa, acumular coisas em gavetas, armários, guarda-roupas, em caixinhas, complexo de superioridade como autoafirmação, complexo de inferioridade por não se sentir importante, perfeccionista, impor regras rígidas à família, no trabalho e o lazer, comportamento de sargento(autoritário), apego exagerado a pessoas ou a suas coisas, rígido em suas opiniões, autocobrança constante, não gostar de mudanças em geral, não gostar de dormir na casa dos outros, ficar enfezado com facilidade, ter nojo de quase tudo, menosprezar-se diante das pessoas para testar o seu valor, achar-se sujo o tempo todo, sentir necessidade de tomar vários banhos no mesmo dia, problemas com as hemorroidas, somatizar doenças nos intestinos ou na bexiga, sentir adoração por perfumes fortes ou rejeitar qualquer perfume, viver na sujeira, possuir a conduta de quem nega o fluir das energias da vida e da natureza.
A Trajetória: Fase Fálica Edipiana – de 3 a 7 anos(2)
A palavra fálica significa (falo = pênis)
Nessa fase começa a desenvolver-se o interesse instintivo na sexualidade.
Chama-se fálica, pois o pênis é o principal objeto de interesse para a criança de ambos os sexos.
É a fase da organização libidinal infantil. O Complexo de Édipo começa nesta idade.
Manifestações sexuais ou maliciosas das crianças: brincadeiras de médico ou de marido e mulher, se tocando ou tocando os órgãos sexuais de outras crianças.
Todos os casos de distúrbios sexuais – frigidez, ejaculação precoce, medo ou obsessão por sexo, estupro, prostituição, homossexualismo afetado, doenças genitais e nos órgãos reprodutores, problemas de alergias, enxaquecas e até complexo de inferioridade ou superioridade sexual -, vem da fase fálica.
Os pais devem ser cautelosos e atenciosos, equilibrados, sem falso puritanismo.
Exemplos de condutas negativas após a Fase Fálica mal resolvida.
Perversões, Masoquismo, Sadismo, Exibicionismo, Voyerismo, Fetiche, Homossexualidade (Segundo Freud, a perversidade ocorre com os homossexuais psicológicos e não com os biológicos.
Você se sente assim?
Você sente um vazio interior, a sensação de que falta algo?
Uma necessidade imperiosa por aprovação?
Perda da identidade pessoal?
Está em conflito com a autoridade de seus genitores?
Então você está sem conexão com a mãe!
Mal resolvido(a) com os aspectos femininos de sua personalidade. Problemas com o feminino.
Está buscando o amor materno que lhe faltou na infância!
A Terapia Lux
Terapia breve realizada em 4 meses.
Abordando
Os Comandos Paternos (Sai! Vou te bater! Não chore!)
O ritual da maioridade, a saída do mundo emocional dos pais
Resultados
A pessoa:
Reconstrói a sua identidade pessoal;
Dá a si mesma  um novo significado do lar de origem;
Alcança a maturidade emocional, a serenidade e a autoestima para a vida atual;
 Restaura o amor em relação aos pais e o amor a si mesmas;
 Sentem-se mais amorosas e aprimoram suas relações pessoais e afetivas.
Bibliografia
(1) O Grito Primal – Arthur Janov, Ph.d
(2) Linguagem do Corpo 2 – Cristina Cairo
(3) Só Para Homens – Irineu Deliberalli
Facilitador
SILVIO FARRANHA FILHO
63 anos, psicanalista desde 2001, abordagem junguiana
Metodologia: projeção de sombra.
Atendimentos a adultos e adolescentes a partir de 14 anos, casais e familiar.
Spaço Natureza e Terapias – Rua Moacir Miguel da Silva,392 – Jd. Bonfiglioli – tel (11)3735-0361
Blog:https://silviofarranhafilho.blogspot.com.br

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