Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

COMO A PROJEÇÃO DE SOMBRA MELHORA A QUALIDADE DA RELAÇÃO AFETIVA!

www.papeldeparede.etc.br

   Um dos caminhos para o autoconhecimento é pela vida afetiva. Fazer a escolha em se conhecer melhor através de um relação amorosa. Quando uma pessoa entra na nossa vida, é chegada a hora de nos conhecermos melhor através das características que a outra pessoa é portadora.

   Expressamos na vida afetiva convicções, conceitos, valores, opiniões, crenças e paradigmas sobre o que é o Amor, trazidas do nosso clã e dos antepassados. Casamento é sorte; encontrar a pessoa certa; viver em harmonia é não ter brigas; discutir a relação; dar um tempo; separação; se não der certo separa.

   A nossa vida afetiva é uma manifestação da nossa identidade afetiva que é o conjunto das verdades sobre quem somos e o que queremos em termos do Amor. O que acreditamos sobre o Amor determina a vida afetiva que temos e não a vida que desejamos. Ex.: Reclamamos falta de companheirismo na relação, isto significa que não sabemos ser companheiros, não acreditamos na companhia, estamos ausentes da nossa própria companhia. Tudo isto são reflexos da nossa verdadeira crença: acreditamos piamente na solidão e não na companhia. Solidão é ausência da nossa presença na nossa vida, onde o amor por nós próprios não é capaz de nos tornarmos felizes, assim, achar que o outro não é companheiro é estar diante do quanto não somos companheiros de nós próprios e transferimos para ele a responsabilidade de nos fazer companhia. Erradicar a crença na solidão abre portas para a presença do companheirismo, pois quem acredita em sua própria companhia jamais terá tal tipo de reclamação.

   Se a vida afetiva dói demais, buscamos ajuda no set terapêutico, mas nem sempre encontramos o que fomos procurar. Isso mostra, mais uma vez o problema da crença. Para sermos bem sucedidos com terapias é preciso acreditar que o autoconhecimento é capaz de mudar as nossas vidas. Acreditar que se tivermos informações a nosso respeito podemos com elas mudarmos nossa vida para melhor. Quanto mais eu souber sobre mim consigo mudar o meu tipo de vida. Porque é isso que o set terapêutico faz: fornecer informações a nosso respeito, nada mais.

    As informações que descobrimos sobre nós influenciam as nossas escolhas. As escolhas determinam as decisões. As decisões levam às atitudes. As atitudes determinam os resultados. Os resultados trazem a compensação emocional: realização ou frustração. A compensação emocional obriga a extrair lições das experiências. As lições se constituem no aprendizado. O aprendizado são as informações a nosso respeito sobre como fazemos as nossas escolhas. Voltamos, por fim, ao ponto para fazer novas escolhas.

   A Projeção de Sombra, criada por Carl Gustav Jung, é o método de se adquirir informações a nosso respeito através da observação cuidadosa dos nossos  sentimentos refletidos em pessoas e acontecimentos. O que estamos vendo fora de nós é um reflexo do que está dentro de nós. O processo exige uma decisão: continuar  se enganando ou encarar de frente a sua própria Verdade. Consiste em captar informações sobre si, usá-las no exame honesto de sentimentos e rever/mudar as crenças.

   Esta é a forma como o processo funciona: O emocional de um parceiro se mistura ao emocional do outro. Se um está depressivo, de quem é o sintoma? O que está em um também está no outro. O que um curar em si, o outro se cura também; As qualidades positivas que apreciamos no parceiro é um reflexo das nossas necessidades emocionais. Tudo aquilo que nos falta. É nossa a obrigação em atender às nossas necessidades e não o outro. Estamos com ele para a aprender a fazer isso; As qualidades negativas que detestamos no parceiro são reflexos dos conteúdos mal resolvidos dentro de nós. Cabe-nos a obrigação de corrigir em nós o que vemos de errado e não no parceiro ou querer que ele corrija; Refletimos nos parceiros os conflitos que temos com o nosso pai e figuras masculinas e na parceira os conflitos que temos com a mãe e figuras femininas. Então, diante de um conflito: quem sou eu? O que quero?; A relação trás à tona tudo que está recalcado e reprimido no inconsciente refletidos nas atitudes do parceiro. O outro é um espelho, pois reflete o que está  invisível para nós, uma fonte inesgotável de informações.

   Melhoramos a qualidade da relação porque alcançamos uma compreensão mais profunda sobre o Amor. Quebra-se paradigmas do clã e deixa-se um novo legado às futuras gerações. A relação permite que sejamos quem somos, que façamos o que deve ser feito e tenhamos o que desejamos. Abandonamos a crítica, o julgamento, a cobrança e a famosa DR (discutir relação) porque vamos buscar as soluções sempre dentro de nós e assim, uma relação só termina, sem nenhum prejuízo a ambos, quando os parceiros concluem juntos que não há mais nada a se aprender um com o outro.
 Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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UNIÃO CONJUGAL!

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O parceiro queixa-se que perdeu sua identidade, não sabendo mais quem é na relação. Sente-se perdido, em depressão, clama a falta de uma mulher carinhosa em sua vida, desabafa que a parceira não o valoriza.

     A finalidade da união conjugal é levar os parceiros a se tornarem conscientes das qualidades e dos defeitos de suas personalidades, aspectos estes que se encontram mergulhados no inconsciente, ou sombra.

     Por outro lado, viemos de uma cultura que encontrar o parceiro afetivo que se deseja e um casamento satisfatório são elementos de sorte, loteria. Prega-se também que uma relação feliz é aquela que não contem brigas, discussões e desentendimentos. Estes paradigmas deixam o parceiro enfraquecido diante dos conflitos, com tendência a abandonar a relação. O ponto forte desta cultura é: se não deu certo nesta relação, procure outra!

     Imaginemos hipoteticamente um botão de rosa, contendo 15 pétalas e quando atingir a sua totalidade conterá 60 pétalas. Isto quer dizer que em sua relação com o jardim ele irá conhecer 45 pétalas que ainda não tem a menor noção de existir, pois ainda não se manifestaram.

     O parceiro por pertencer ao universo masculino, voltado a lógica, ação, análise, atividade, construir, produzir, etc. e todos os elementos necessários para dotar a qualidade de vida das pessoas, através da manipulação da forma,  tem natural dificuldade em lidar com os aspectos femininos de sua personalidade, personificados na música, olfato, intuição, recepção, passividade, receptividade, nutrição, etc., cujos elementos ditam as regras do relacionar-se. Então, necessita da parceira para entrar em contato com estas qualidades, ou universo feminino. Masculino e feminino são polaridades opostas e complementares, um depende do outro para existir.

     O homem carrega dentro de si a imagem da mulher “ideal”, conhecida por anima, ou alma. Esta mulher imaterial tem necessidades. O homem busca satisfazer estas necessidades na mulher de carne e osso, este movimento chama-se projeção, daí o dizer que o homem projeta o conflito com sua alma na mulher, levando-a julgar erroneamente que ela seja a causa do conflito dele.
     Ao se apaixonar pela parceira, o parceiro sentiu-se atraído pelos aspectos femininos que faltavam em sua própria alma, julgando que tais qualidades fossem dela, mas, à medida que foi elaborando as qualidades em si próprio, a parceira deixou de ser interessante, ela começou a “mudar” segundo os seus desejos.

   Ao longo da relação ele entrou em contato com os aspectos negativos de sua personalidade que estavam secretamente escondidos dentro de si, de modo inconsciente. Estes aspectos também influenciaram sua parceira, que passou a refleti-los, levando-o a detestar as qualidades nela, sem imaginar que estava detestando a si próprio.

    União conjugal é o laboratório onde os parceiros aprendem a arte do sentir e relacionar-se. As necessidades do parceiro em encontrar-se, desfrutar do prazer, sentir carinho e valor próprio estão no âmbito de sua alma e não na parceira. À medida que vai suprindo sua alma, a parceira parece-lhe mudar para melhor. Percebe nela novos encantos. Torna-se encantadora.

     Ao se unirem, as construções emocionais de marido/mulher, pai/mãe, companheirismo, ainda não existiam dentro deles e a união conjugal permitiu aos dois entrarem em contato com diversas faces deles mesmos que os dois não  imaginavam que viessem a existir.

    A saída para as questões do parceiro é transformar a sua visão e sua ação para com ele mesmo em primeiro lugar. Enxergar que tudo aquilo que reclama na parceira, deve ser resolvido nele próprio, enquanto estiver com ela. Ela é a projeção sua própria sombra, ela é tudo o que lhe falta, o seu compromisso é retirar suas projeções do ombro da parceira e, também, devolver as projeções dela para ela própria, até os dois ficarem vazios de projeções. Neste estágio um não precisará mais do outro para satisfazer suas questões, pois estão aptos a compartilhar o que já têm dentro de si, vivendo de forma que um proporcione ao outro a condição de se autodesenvolver e a relação tornará cada um inteiro, completo, realizado e resolvido.

     E a parceira? O mesmo processo se dá com ela, mas de forma inversa. Ela aguarda o despertar do parceiro, para que ela possa entrar em dimensões desconhecidas dela própria, tal qual o botão de rosa, mas se o parceiro não se decidir, ela por conta própria dará o primeiro passo, empurrando o parceiro a intensas perturbações.

    A cultura não está errada em exigir relações sólidas, suaves e amorosas, talvez estes elementos possam não existir no início da relação, mas com certeza, deve reinar na relação após um longo tempo de convívio. É o que chamamos de construção, o que se constrói dentro da relação é, cumplicidade, intimidade, envolvimento, comprometimento e disponibilidade. Isto não vem de bate-pronto, assim, perde-se tempo na busca por relações completas. É preciso considerar que os problemas da personalidade só vêm à tona dentro de uma relação, fora delas ficam adormecidos, o parceiro vai conhecer a si mesmo somente dentro da relação e não fora dela.ss.com
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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O PADRÃO DAS NOSSAS ESCOLHAS!

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   A maioria das pessoas no planeta têm duas coisas em comum: um dia de 24 horas e a capacidade de fazer escolhas durante esse dia. Isto é feito desde o momento em que acordam até o momento em que adormecem, do início da existência ao último suspiro.
   Todos nós fazemos escolhas. Se todos nós fazemos escolhas, então, a nossa vida é o resultado das nossas escolhas.
   Se nossa vida é o resultado das nossas escolhas, então, qual é o objetivo da vida? Se fazemos escolhas o tempo todo e temos a vida conforme nossas escolhas, então, o objetivo da vida é aprendermos a fazer a escolha certa. Saber fazer escolhas. Acertar nas escolhas que fazemos.
   O ato de escolher obedece a um padrão, uma estrutura interna que lhe dá vida. Podemos dizer que é: faz-se escolhas o tempo todo, a escolha que se faz é sempre a melhor, vive-se a alternativa escolhida, arca-se com as conseqüências da escolha, examina-se a compensação emocional obtida através dos resultados, revisa-se lições, crenças e convicções, volta-se ao ponto de escolha e opta-se pela outra alternativa.
   Vamos abordar os aspectos deste padrão.
   1o. Reconhecer que fazemos escolhas o tempo todo.
Todas as escolhas são feitas no momento presente, não se faz escolhas no passado nem no futuro, mas aqui e agora. Na nossa vida tudo são escolhas, toda escolha é um relacionamento e todo relacionamento é projeção. Não fazer escolhas também é uma escolha. A escolha é feita por uma dentre duas alternativas essencialmente opostas e complementares. Ex. Aceito participar  ou não aceito participar.
   2o. Enxergar que a escolha feita é sempre a melhor.
Quando dizemos enxergar significa reconhecer algo sem a menor sombra de dúvida. Deve ficar claro para todos nós que se a escolha feita foi por – aceito participar - então, esta escolha foi a melhor que a alternativa  de - não aceito participar. Sempre escolhemos a melhor alternativa, mesmo quando declaramos que não tínhamos escolha, que fomos obrigados ou que não tínhamos consciência do que estávamos fazendo.
   3o. Viver a alternativa escolhida.
Uma vez feita a escolha, deve-se viver totalmente a escolha feita e esquecer completamente a alternativa rejeitada. Não se pode participar achando que não deveria participar ou vice-versa. Vive-se apenas uma opção de cada vez. A escolha que está sendo vivida contem aprendizados exclusivos e indispensáveis, mas se a mente continua estacionada no ponto de escolha, os ensinamentos não serão adquiridos. A mente dividida faz a pessoa sofrer duas vezes. A pessoa sofre porque não está vivendo a opção feita e ao mesmo tempo sofre por não viver a escolha que rejeitou.
   4o. Enxergar que a toda escolha vivida leva a um resultado.
Quando fazemos uma escolha aceitamos de bom grado as suas vantagens e as suas respectivas desvantagens, o que é de bom e o que é de ruim. Chamamos os resultados de conseqüências. O resultado apenas é, ele não é bom nem mau, é neutro. Vai depender de como o vemos. Talvez o desejo era encontrar o resultado 10 através da combinação 1+2+3+4, mas foi obtido o resultado 9. Este resultado foi alcançado porque se trilhou o caminho 1+1+3+4. Se desejava o 10 e foi obtido o 9, o que se faz este resultado? Muitas pessoas rejeitam o 9, sofrem porque não alcançaram o 10 e não revisam o caminho trilhado.
   5o. Enxergar que todo resultado traz uma compensação emocional.
   Alegria ou tristeza, conforto ou desconforto, sucesso ou fracasso, afirmação ou frustração, são sensações que compensam a nossa emoção. Pensamos que teremos felicidade se tivermos tal objeto, mas ao adquirir o objeto a sensação de felicidade não veio junto. O objetivo foi alcançado mas a sensação esperada não. Vejamos: se a compensação emocional é a conseqüência, então a causa foi a escolha feita. A relação é direta. Isto quer dizer que ao encontramos alegria, conforto, sucesso passamos a confiar no nosso poder de escolher. Esta confiança no nosso poder de escolha nos traz uma boa auto-imagem e a nossa fala interna reflete isso, algo do tipo: “Eu fiz a escolha certa!”. Esta auto-imagem fortalece a nossa auto-afirmação e por fim, nossa auto-afirmação produz a nossa auto-estima.
   Quando encontramos tristeza, desconforto, fracasso, frustração somos remetidos a uma dor. A dor da frustração, geralmente acompanhada do sentimento de culpa por termos feito a escolha errada.  A dificuldade de se lidar com esta dor está no fato de não nos perdoarmos por termos feito tal opção. E a fala que acompanha esta dor é “Sou mesmo um idiota!” Só que a decisão foi a melhor naquele momento. Quando perdemos a confiança na nossa capacidade de escolher, buscamos a aprovação do outro.
    6o. A compensação emocional nos obriga a rever crenças e valores.
O objetivo é aprender a fazer escolhas. Cada experiência tem um aprendizado embutido, tanto no plano físico, mental, espiritual e emocional. Então somos obrigados após uma experiência, qualquer que ela seja, rever e/ou extrair lições. Assim, não repetiremos experiências e estaremos melhores preparados para as novas vivências, ou seja, fazer novas escolhas num nível superior da vida. Diante das sensações de conforto ou desconforto, chegou a hora de examinar sentimentos e idéias obsoletas, avaliar crenças, convicções e comportamentos, mudar opiniões e valores. Este exame interno nos traz as informações de como funcionamos, quais padrões mentais e emocionais que temos, como é o nosso jeito de agir, falar, andar, pensar, olhar. Todas essas informações a nosso respeito, chamada de autoconhecimento, influencia diretamente as nossas escolhas. Escolhemos conforme nossas convicções. Temos a vida no qual acreditamos.
   7o. De volta ao ponto de escolha.
Sempre voltamos ao ponto de escolha e desta vez devemos fazer a escolha pela alternativa que foi rejeitada. Isto permite conhecer os dois lados da escolha. Este conhecimento é a sabedoria que tanto ansiamos. Há sempre uma segunda chance em alguma instância da vida. A Verdade nos liberta eliminando o ciclo das experiências repetitivas e das escolhas automáticas.
   Acertar na escolha, eis o desafio. Penso que o verdadeiro motivo de uma escolha, seja ela consciente ou inconsciente, são as crenças, convicções que carregamos e o mau posicionamento no momento da tomada de decisão. Nesta linha, a proposta é fazermos duas perguntas a nós mesmos antes da escolha: - quem sou eu? O que desejo realmente? Com isto somos remetidos ao nosso sistema de crenças e valores e enxergaremos com precisão o contexto em que estamos envolvidos e assim a alternativa correta se apresentará diante de nós. Com este posicionamento a tomada de decisão irá refletir nossa essência e qualquer que seja o resultado a compensação emocional será satisfatória. Há um paradigma que diz: “Seja feliz por você ser quem você é, pois assim você fará exatamente o que deve ser feito e como conseqüência, você terá tudo o que quiser.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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EXAMINANDO SENTIMENTOS!

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Ocorreu um fato. Ao observá-lo experimentamos sensações que podem ser conforto ou desconforto. Movidos por estas sensações fazemos interpretações. Ao interpretar projetamos conteúdos internos, no caso de sensação de conforto, projetamos necessidades da nossa alma, se desconforto transferimos coisas mal-resolvidas dentro de nós. Essas projeções estão denunciando a presença de sentimentos difíceis, perturbadores, inconfessáveis. Por fim, estes sentimentos estão escondendo crenças secretamente escondidas no mais profundo do nosso ser.

Identificar a crença perniciosa a partir de um exame honesto e verdadeiro dos nossos sentimentos é a conquista do verdadeiro poder de mudança de nossas vidas em nossas mãos.

As crenças, ou convicções, ou afirmações, ou valores, ou paradigmas, que são todos a mesma coisa, são as leis internas que seguimos de forma escrava. Daí se dizer que temos a vida na qual acreditamos ou nossas doenças são provocadas por nossas convicções. Uma pessoa que declara que a vida é amarga desenvolve diabetes. Não é porque está aborrecida com a vida em tal momento que irá desenvolver a doença, mas o desenvolvimento da doença é com certeza a sua verdade interna: a vida é amarga!

A criança diante de um momento de dor de seus pais por terem sido arruinados pelo sócio declara para si mesma: jamais confiarei nas pessoas!. Neste exato momento ela instalou a crença na destruição: a capacidade que o outro tem para me destruir! A vida segue para ela e quando começa a construir sua vida ela desenvolve a crença na segurança, o fator segurança é fundamental, por conta disso desenvolve excelentes negócios, prospera financeiramente e se dá conta que não desenvolveu vida afetiva. Este fato a incomoda. Em que ela acredita verdadeiramente: ela crê, de forma consciente, que segurança é fundamental, ou crê de forma inconsciente que o outro pode destruí-la?

Começa a perceber em si estranhos comportamentos: uma dor imensa quando vê um amigo perder um negócio por vacilar no item segurança; um incômodo por ver outro amigo se casar tranquilamente; parceiras reclamando que se dá mais atenção aos negócios que na relação ou que são vistas mais como sócias do que parceiras afetivas.

O crescimento financeiro é uma tentativa inconsciente de dar aos pais o que perderam com os sócios; a dor em ver o amigo é o despertar da dor que sentiu dos pais; o incômodo em ver o amigo casando é uma tentativa inconsciente de consolar ou corrigir os pais pela sociedade feita e a dificuldade afetiva é a presença da crença: o outro pode me destruir, dentre outras tantas possibilidades.

As crenças perniciosas são cruéis porque temos o hábito de esquecer de nós, não temos tempo para avaliar nossas convicções, nosso modo de ser, nossa forma de pensar, de sentir a vida, vivemos reagindo, não queremos mudar nossas opiniões. Aí a nossa vida interna resolve chamar a nossa atenção para essas crenças, a primeira é através de sensações e sentimentos na vida externa. Se falhar, usa de medidas extremas, provocando aquela dor que vence médicos e tratamentos, prostrando-nos em uma cama, dizendo-nos: Agora reveja tudo aquilo em que você realmente acredita!

Examinar sentimentos!
Dar atenção ao sentimento de incômodo, ouvir a dor, analisar atentamente cada palavra pronunciada focando naquelas que exprimem emoção, observar as próprias sensações diante de pessoas, coisas e acontecimentos, prestar atenção aos próprios movimentos.
Podemos ouvir a dor através da escrita em papel de todas das afirmações que a compõe. Exemplo: Quando você age com grosseria, eu me sinto humilhado. A humilhação apontada expressa uma crença adquirida em algum momento, tal como, eu mereço ser punido! É um padrão. Quais diálogos internos deram origem a esta crença? Por que eu realmente acreditei nela? As elaborações honestas e verdadeiras nos conduzirão à MUDANÇA!.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista




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A DOR DOS ADOLESCENTES!

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No período de gravidez, o bebê absorve as vibrações da mãe, a atmosfera do lar, o estado-de-espírito do pai. No primeiro encontro com a mãe, ele já é senhor do mundo doméstico em que irá viver.

Quando o bebê chega, muito comum, os pais se encontrarem no meio da jornada de suas vidas, na busca de seus objetivos pessoais. Estão ainda incompletos, mal resolvidos, ainda não realizados, dissolvendo o fardo das vibrações vividas no primeiro ambiente doméstico, e muitos ainda vivendo física ou psicologicamente no mundo dos seus próprios pais. Quando avós, em muitos casos, já estão com a vida construída, porisso são diferentes com os seus netos.

O bebê se torna uma testemunha silenciosa, acompanhando a jornada de seus genitores, absorvendo deles o amor, o ódio, mágoas, ressentimentos, frustrações, desejos e necessidades, enquanto, luta ao mesmo tempo com sua própria realidade: ser amado, alimentado, acariciado.

A mãe é a primeira mulher, até aonde for possível o pai o primeiro homem que o bebê entra em contato. Então eles são a base e a verdade para o novo ser e o  sistema da casa se instala no bebê.

Enquanto bebê, este ser SENTE e PERCEBE e enquanto criança  aprende o relacionamento dos pais.através do OLHAR.

Enquanto companheiro de jornada este ser na adolescência está compartilhando com os pais o histórico de emoções, sensações e sentimentos vividos e armazenados. Está refletindo, devolvendo, questionando o que absorveu.

É um choque para os pais a devolução dos filhos, pois estão diante dos reflexos de si mesmos espelhados neles. O comportamento dos filhos denunciam os aspectos mal resolvidos do relacionamento dos pais. A tigresa diante do brincar dos filhotes está observando se o pulo e a resposta dada estão corretos. Ela observa se o instinto animal está implantado, caso contrário, ela elimina o tigre que não se desenvolveu. O adolescente devolve as crenças, valores, e a construção psicológica adquirida. Se o jovem escraviza os pais, ele está mostrando a eles que escravizar foi o que ele aprendeu.

Se os nossos pais fossem pessoas inteiras, completas, realizadas e resolvidas, todos nós, com toda a certeza, seríamos seres iluminados, mas não é o que acontece. O que vemos é o adolescente se preparando para sua jornada de vida  ao lado de pais que ainda não completaram a deles.

Então, a DOR!

A FRUSTRAÇÃO  é a dor dos pais! É o resultados das suas próprias escolhas. É uma dor voltada contra si próprio. Uma incapacidade para perdoar a si mesmos pelo caminho traçado. A frustração é a dor dos resultados, da chegada. Chegaram insatisfeitos, carentes, necessitados ao lado de um grande histórico de doenças. Chegaram e com os seus filhos partindo.

A dor do adolescente é a DOR DOS PAIS!

Sem conseguir discutir as vibrações com os pais, o adolescente transfere ou projeta esta discussão para os relacionamentos que irá estabelecer.

Então, o que as más companhias, drogas, álcool, fumo, festas, auto-mutilação, sexo têm em comum? Eles criam um ambiente onde o jovem se sente, aceito, acolhido e confortável e somente neste ambiente ele abre o seu emocional, discute as vibrações do seu lar. Como este ambiente não cura a dor, ele se transforma em anestésico. Mesmos nos lares mais abastados e com oportunidades, este ambiente emocional não é criado e o adolescente não tem outra escolha a não ser buscar anestésicos para a  sua dor!

O AMOR cura a dor! O Amor cria o ambiente de cura! O Amor absorve as vibrações negativas e transmuta em energias positivas! O Amor promove a compreensão da dor!

Cada genitor amando a si próprio curará suas feridas, o seu sistema de valores e suas realizações. À medida em que os pais curam suas dores, estas mesmas dores irão se curar em seus filhos. e, seus filhos, algo curados, transportarão este amor para suas vidas alcançando também os seus próprios filhos. O Amor cura pais e filhos seja  em qualquer etapa da vida em que se encontram.

Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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FAZER A ESCOLHA CERTA!

escolha certa - chrisallmeida.com

Todos nós queremos ser felizes na vida! Alcançar um profundo sentimento de felicidade dentro de nós. Pensamos que este sentimento específico é conquistado através dos acontecimentos em nossa vida. Mas ao compararmos nossos resultados com as nossas emoções, constatamos a presença dos sentimentos decepção, frustração e desânimo indicando que erramos nas nossas escolhas.

Não são os acontecimentos que nos tornam felizes ou infelizes. É outra coisa. É o sentimento final que direcionamos a nós próprios quando da avaliação. Por quê?

Porque a regra de ouro para alcançarmos a felicidade é através da ESCOLHA! Saber escolher.Todas as pessoas do nosso planeta têm duas coisas em comum: um dia de 24 hs e a possibilidade de cada um fazer suas escolhas conforme o seu arbítrio!

Fazemos escolhas da hora em que acordamos à hora em que vamos dormir,  todos os dias, do nascimento ao falecimento. Não fazer uma escolha  já é uma escolha. Assim, os resultados que encontramos na vida, sejam agradáveis ou não, desejados ou não, são conseqüências das nossas escolhas.

Ouso, então, afirmar que a infelicidade são os três sentimentos que apontei logo acima. Eles são cruéis porque são direcionados a nós próprios. Decepção contra nossa capacidade de escolher, pelas escolhas que não resultaram no que queríamos. Frustração com os nossos resultados. Desânimo por continuar a sempre fazer escolhas. Estes sentimentos afetam negativamente a nossa autoestima e autoafirmação porque impedem de perdoarmos a nós próprios.

Estes mesmos sentimentos são projetados para fora de nós, nas pessoas, nos acontecimentos e nas coisas externas. “O meu parceiro não é companheiro!”, “Falta uma pessoa na minha vida!”, “Perdi o emprego!”, “Sofro de ansiedade e/ou depressão!”

Somos convocados pela dor ou doença a examinar os nossos sentimentos mais profundos a fim de encontrar as causas reais do nosso sofrimento que são as crenças perniciosas! As nossas convicções são as leis internas que seguimos cegamente, de forma escrava. Um exemplo disso é a crença na destruição, ela revela que o outro tem a capacidade de nos destruir, então, modelamos nossa vida com base no sentimento de segurança, tais como: seguro de vida, convênio médico, morar em condomínio fechado, etc. Pensamos na segurança, mas de fato, cremos na destruição. Nossas convicções determinam nossas escolhas. Temos a vida na qual acreditamos.

Quando estamos diante de um resultado negativo, nossa primeira atitude é fugir do olhar honesto sobre o verdadeiro sentimento que motivou a escolha. A segunda atitude é a de negar que fomos os responsáveis pela escolha feita.

Um fato é apenas um fato. Sobre ele pesam as nossas interpretações, que representam 90% . Onde se interpreta, se faz uma escolha. Escolhemos as sensações que vamos sentir: conforto ou desconforto. As sensações denunciam sentimentos secretos. Tais sentimentos encobrem as convicções.

Aprendemos que a felicidade é um sentimento que já existe dentro de nós e que podemos acessá-lo. Sabemos que a alegria é a maior compensação emocional que nosso coração reconhece. Uma pia cheia de louças sujas encobre a pia limpa que só ressurgirá quando a última louça for tratada. A nossa felicidade está no seio dos nossos pensamentos negativos que devem ser tratados e suas crenças erradicadas.

Nossa vida é feita de escolhas. O autoconhecimento nos auxilia a fazer a escolha certa. Descobrimos algo sobre nós ao examinarmos nossos sentimentos. Esta descoberta vai influenciar nossas futuras escolhas. Estas, por sua vez determinam nossas decisões, que por sua vez resultam nas nossas atitudes. Nossas atitudes levam aos nossos resultados que por último trazem a compensação emocional: a alegria por ter feito a escolha certa. Aquele sentimento de orgulho sobre nós próprios, algo do tipo:”Gostei da minha decisão”! “Foi o melhor a fazer!” , “Este sou eu!”.

Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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NOSSA SOMBRA E OS ESPORTES!

copa sombra - escrevalolaescreva.blogspot.com

Nossas crenças mais profundas determinam o modo como vivemos nossa vida. Decidem as doenças que temos, nossas profissões e nossa prática esportiva.

Pessoas que não admitem o lado doce da vida, identificadas com o lado amargo, atraem diabetes, pessoas que têm o seu lado criança mal desenvolvido tenderão a atrair atividades que lidem com crianças, pessoas que necessitam lidar com suas emoções, por exemplo, procuram esportes aquáticos.

Pode acontecer também de pessoas com dificuldades em se relacionar preferirem atividades esportivas solitárias ou grupais.

Por detrás de nossas escolhas, existe a nossa Sombra. Se a conhecemos, temos o poder da mudança em nossas mãos, mas se a ignoramos atraímos acidentes, doenças e morte.

Vejamos um exemplo. Um maratonista está se preparando para disputar uma importante Maratona, se acidenta nas pernas, ficando imobilizado e impossibilitado de participar da corrida.

Este fato apresenta três situações: a primeira, o acidente interrompe os seus treinamentos, incitando-o parar o que estava fazendo; a segunda, fica imobilizado, isto é, se vê obrigado a fazer uma outra coisa; e a terceira, leva-o a refletir sobre sua vida, enxergando sua vida abaixo da superfície, encontra o motivo do acidente.

O resultado foi uma mudança, mudou algo em si, que refletiu em mudanças à sua volta, pois percebeu que em determinada situação estava indo na direção errada.

Outro exemplo: um jogador de futebol durante a partida sofre uma pancada de outro jogador ficando impossibilitado de continuar na partida. A Sombra atuou nos dois jogadores. No jogador que provocou a contusão, sua sombra está materializando a rota de colisão de seu emocional Ao provocar o acidente, vem a dar-se conta do que vinha fazendo e dos sinais que lhe foram dados. Quanto ao jogador contundido, acontece coisas semelhantes ao do maratonista.
É fundamental olharmos para os nossos sentimentos mais profundos e descobrir quais convições estão associados a eles.

Ficar alegre e contente pela vitória e triste, aborrecido nas derrotas, são emoções saudáveis ao nosso sistema emocional. Um torcedor que não está obtendo suas vitórias pessoais, pode transferi-las ao seu time preferido. Quando o time vence, sua alegria é dupla, alegria pela vitória do time e a sensação de alegria pessoal. Porém quando o time perde, seu emocional lhe revela o quanto está pobre de vitórias pessoais. A dor é tão forte, que leva o torcedor à loucura, descarregando esse sentimento na violência.

Qual a diferença entre um medalhista de ouro e um medalhista de prata no mesmo esporte? A diferença é o detalhe. O medalhista de ouro teve um detalhe a seu favor.

Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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FELIZ ANO NOVO!


A coisa mais importante numa passagem de ano é emplacar o Ano Novo com saúde e alegria ao lado de quem amamos!
   Eu, particularmente, considero o Revellion como a Festa de Sísifo, pois completar o ano é colocar finalmente a pedra no topo da montanha.
   Muitas são as dicas para o sucesso na vivência do Ano Novo e sem pretensões, apresento algumas em que realmente acredito.
   Eu desejo a todos:

1- Calma, paciência e absoluta confiança em Deus/Deusa!
Confiar no Universo é dar uma oportunidade ao nosso Eu Superior se expressar na nossa vida.

2- Darmos mais atenção ao nosso sistema emocional!
Julgamos muitas vezes que o problema é de ordem espiritual, mental, física. A Psicologia mostra que 99% dos nossos problemas são de ordem emocional.

3- Acreditarmos, cada vez mais, que o conhecimento sobre nós mesmos é capaz de melhorar a qualidade das nossas vidas! Assim, ofereço a todos o método da Projeção de Sombra como uma ferramenta para adquirir autoconhecimento!
Ao lermos um livro, adquirimos informação. Vivenciando essas informações, obtemos conhecimento. Este conhecimento, então, passa a influenciar nossas escolhas, tomadas de decisões e atitudes, daí nossos resultados conforme nosso saber. Mas, onde encontrar informações a meu respeito? A seu respeito? As informações sobre nós próprios estão dentro de nós e porisso necessitamos de ferramentas para extrair tais informações. Todas as ferramentas são poderosas e “conversam” entre si, assim, temos a Astrologia, Numerologia, Tarô, I Ching, Eneagrama, PNL, etc.

4- Sermos felizes com as nossas próprias escolhas!
Nossa trajetória pela existência é aprendermos a fazer a escolha certa. Fazemos escolhas da hora em que acordamos até o momento de dormir. Fazer, não fazer ou deixar de fazer escolhas traz conseqüências à nossa vida. Felicidade ou infelicidade é resultado das nossas escolhas.

5- Caminharmos conforme o nosso jeito, nosso tempo, nosso ritmo, conforme a nossa emoção e no passo-a-passo!
É muito difícil, sabemos disso! Entramos em conflito quando percebemos que as coisas não estão saindo do jeito que queremos. Passamos maior parte do nosso tempo tentando ser quem não somos, procurando por algo que não existe, negando a nossa realidade e negligenciando quem somos verdadeiramente.

6- Diante de cada conflito, perguntar a si mesmo: Quem sou eu nesta questão? e em seguida: O que desejo realmente nesta questão?!
Posicionar-se corretamente dentro das questões é um grande passo para a vitória! No sistema emocional o melhor posicionamento é obtido através do se fazer a pergunta certa. Não existem respostas definitivas, mas a busca pelas respostas promove a cura.

7-Que todos nós juntos tenhamos a coragem de fazer uma mudança radical na nossa forma de ver a vida: reconhecer que o outro não tem a menor responsabilidade em nos fazer felizes!
Quem realmente pode cuidar verdadeiramente de nós mesmos?

8- Que tal olharmos o nosso lado mais sombrio com outra perspectiva? Ele tem tudo para ser o nosso Mestre Interior!
O convite é para valorizarmos o que temos de negativo em nós, isto é, ver o lado positivo das nossas qualidades consideradas negativas.

9-Um lembrete: todos nós somos escravos das nossas convicções: temos a vida na qual acreditamos. Isto significa que nossa vida jamais mudará se não mudarmos as nossas convicções mais profundas. Isto vale também para depressão e ansiedade.
Nossas crenças internas são invisíveis aos nossos olhos. Os resultados das nossas escolhas mostram nossas crenças íntimas. Crença não é o que pensamos acreditar, é o que materializamos ao nosso redor, pois a própria doença já é resultado de crenças internas.

10- Importante; quando chegarmos ao limite: "Não aguento mais!" É chegada a hora de olhar para abaixo da superfície, mergulhar nas águas profundas do nosso ser, entrar em contato com os sentimentos difíceis, perturbadores, pecaminosos e com certeza para aqueles a quem não temos a coragem de confessar a nós próprios.
Olhar para os nossos sentimentos e pensamentos mais profundos a fim de erradicar nossos padrões emocionais.
   Assim, levantar a taça de champanhe no primeiro minuto do novo ano está implícita a recomendação de John Lennon: “... e que seja feliz quem souber o que é o bem”!

FELIZ ANO NOVO!

Por Silvio Farranha filho - psicanalista



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DE PAI PARA FILHO!

pai-e-filho - cantinhoprofetico.wordpress.com

O que acontece conosco quando recebemos uma ofensa? Independente das nossas reações, dois sentimentos-relâmpagos afloram na hora: dor e raiva! Porém, estes dois sentimentos são imediatamente recalcados ao nosso subconsciente e no lugar deles advém a mágoa que toma conta do nosso coração.

Ficamos, então, ocupados com a mágoa. Ela passa a comandar as nossas atitudes, seja para com o ofensor, seja para com nós mesmos. Dirigimos nossos esforços para remove-la do coração e nem sempre alcançamos resultados positivos.

Diante das nossas atitudes em lidar com a mágoa, o médico alemão T. Dethlefsen(*) aponta o processo que ela se utiliza para chamar a nossa atenção sobre ela.
1o. Expressão psíquica (idéias, desejos, fantasias)
2o. Distúrbios funcionais.
3o. Distúrbios físicos agudos (inflamações, ferimentos e pequenos acidentes)
4o. Distúrbios crônicos.
5o. Processos incuráveis, modificação de órgãos, câncer.
6o. Morte (por doença ou por acidente).
7o. Deformações congênitas e perturbações de nascença (karma).

Uma das formas que recorremos para eliminar a mágoa é através do perdão da ofensa, perdoar o ofensor. Muita vez conseguimos aceitar o ofensor, sem conseguir, no entanto, erradicar a mágoa.

Por quê os esforços parecem não dar resultados?

Talvez pelo processo que utilizamos para compreender a mágoa, compreensão, esta, que pode estar sendo passada de geração a geração.

Do ponto de vista emocional, a mágoa é a mascara que encobre duas coisas:
a-     uma dor profundamente enraizada;
b-    uma raiva secretamente escondida.

Dor profundamente enraizada.
Quando nascemos, temos uma importante missão: aprender a lidar com os acontecimentos difíceis da vida. Aprender a lidar com casamentos, separações, familiares, parentes difíceis, morte de entes queridos, desilusões, empregos, desempregos, vitórias, fracassos, escolhas certas ou erradas, riquezas, perdas financeiras, saúde e doença, etc.
As bases destes aprendizados começam com os nossos pais e vamos completando os ensinamentos com tudo o que aprendemos através das nossas experiências pessoais com pessoas, situações e coisas que nos envolvem.
Nossos pais também aprenderam com os nossos avós, e estes com os nossos bisavós e por aí vai. Então, a forma como se aprende as lições da vida pode formar um padrão emocional familiar, ou seja, um único jeito de se lidar com dada situação, que passa de pai para filho.

Então a dor que o ofensor nos promoveu pode estar sendo vivida desde os nossos antepassados da mesma forma. Isto quer dizer que estamos possivelmente ensinando nossos filhos o mesmo padrão de dor, e eles ensinarão aos nossos netos.

Raiva secretamente escondida.
Duas energias são naturais no ser humano o amor e a raiva. A raiva é uma energia canalizada para a produção da forma física na vida. Ela bem canalizada gera o progresso. Mas, mal direcionada, ou voltada contra nós próprios é imensamente cruel e prejudicial. A raiva deve ser reconhecida e liberada e cabe ao nosso poder de escolha decidir qual a melhor forma. O nosso poder de escolha pode, também, ser um padrão herdado de nossos antepassados. Um exemplo: os nossos antepassados tinham o padrão de fugir dos problemas reprimindo a raiva, por outro lado, seus membros estavam sempre envolvidos com ferimentos e pequenos acidentes. Analogamente, o mesmo ramo familiar atual tem o mesmo histórico de saúde.
É difícil reconhecer que podemos estar alimentando uma raiva secreta por um dos nossos genitores, mas podemos ver, por exemplo, a presença do câncer em diversos membros do mesmo grupo familiar.

Então, no momento da ofensa, a maldição de família vem nos convidar a uma importante tomada de decisão: estancar sua trajetória ou dar-lhe continuidade.

Percebemos que muitas estruturas familiares quebram a maldição de família através da religião, filosofia, ou mesmo pela psicoterapia. O que todas essas formas têm em comum?

A organização mental. A deliberação lógica e imparcial. A mente independente. Todas elas oferecem uma estrutura de resolução de problemas, cada uma com suas propriedades, mas com a mesma base: aprender a raciocinar de forma lógica, coerente, imparcial, eliminando definitivamente a crítica e o julgamento de valor.

Apresento um roteiro para exercitar o pensamento independente, ciente de que cada pessoa irá encontrar o seu próprio jeito.

1o. Reconhecer qual sentimento que está visível e focar a atenção ao sentimento que está escondido. É sempre uma crença perniciosa que precisa ser reconhecida e erradicada, pois ela se esconde atrás da dor e da raiva. Como os nossos pais são as primeiras pessoas que conhecemos na vida, é interessante investigar como, quando e onde estes dois sentimentos surgiram na relação com eles. Podemos fazer o seguinte, observar quem nos ofendeu: se homem ou mulher. Se for homem, investigar se a dor e a raiva foram originadas na relação com o nosso pai ou figuras masculinas que nos ajudaram na nossa formação. Se for mulher, investigar nossa relação com a nossa mãe ou figuras femininas. Isto indica a possibilidade de estar ocorrendo projeção ou transferência de sentimentos.
2o. Observar o comportamento do clã familiar diante da mesma questão. Isto permite identificar a presença de possíveis padrões emocionais.
3o. Submeter o nosso jeito de fazer as coisas aos critérios propostos por pela ciência, filosofia e religião, na busca por paradoxos, incoerências, incompatibilidades, inconsistências. Vamos nos dar uma chance em perceber que do nosso jeito as coisas não estão funcionando.
4o. Agora munidos de todas essas informações, vamos para o exercício da mente. Promover elaborações mentais. Uma forma de sabermos se estamos no caminho certo é perceber a intensidade dos sentimentos. Se a forma que estamos utilizando mantém ou aumenta a intensidade da raiva ou a dor, então, estamos no caminho errado, pois está havendo julgamento de valor. Por exemplo: se o nosso clã familiar se identifica com o sofrimento, então, o nosso lado “coitadinho de mim” é quem está fazendo a análise, por conseqüência, a dor sempre aumenta. O caminho certo é a erradicação da dor ou da raiva através da elaboração mental honesta, lógica e imparcial.

O resultado esperado é a erradicação das crenças perniciosas, que vem, de forma invisível, sendo passada de pai para filho. Eliminada a crença, vai-se abrir um novo portal, tanto para nós quanto para as nossas gerações futuras, para o nascimento de um novo jeito de aprender as questões da vida, quebrando em definitivo a maldição de família.
(*)Fonte: “A Doença Como Caminho” - pág.83
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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CRENÇAS PERNICIOSAS!


alen3 - apenas1.wordpress.com

Reflitamos por instantes sobre esta frase: “A pessoa tem a vida na qual acredita!”

A frase está indicando que a pessoa tem o tipo de vida de acordo com suas convicções internas. Por mais que ela tente mudar sua vida, não conseguirá, pois todos os seus esforços serão inúteis e terá sempre os mesmos resultados, o mesmo tipo de vida. Isto porque as mudanças estão focadas nas atitudes externas e não nas crenças íntimas.

Crença não é o que se acredita. É o que se manifesta ou se materializa em resultados.  Crenças são as manifestações do que realmente acreditamos.  As crenças são as raízes dos conflitos emocionais. Elas criam a Sombra. Identifica-las e erradicá-las é o objetivo maior do processo de projeção de Sombra. Uma vez erradicadas, promovem a extinção total dos conflitos.

Por serem invisíveis aos nossos olhos, estando mais próximas ao nosso sentir do que ao nosso pensar, elas nos obrigam, em muitos casos, a procurar por ajuda profissional para identifica-las. As crenças nascem de diversas maneiras, as nascidas do nosso poder de observação, interpretação dos fatos e formatação de diálogos internos, as originadas de mensagens subliminares (mensagens ocultas passadas diretamente ao inconsciente), herança familiar, cultural, etc.

Um exemplo de invisibilidade da crença.
Uma pessoa se define como próspera, mas corre ao mercado quando ouve que haverá falta de produtos. Julgando-se crer na prosperidade, sua atitude denuncia a crença na escassez.

Um exemplo de crença através de mensagem subliminar.
Um conselho dado por uma mãe ao seu filho: “Você é muito jovem para namorar, estude primeiro!”. A mensagem subliminar passada é a de que a mulher é má e poderá destruir sua carreira, instalando na psique do jovem a crença na destruição. O jovem manifestará essa crença vendo as mulheres apenas como diversão, não se envolvendo seriamente ou vive de encontros e desencontros, onde as parceiras se queixam que quando elas pensam que a relação vai acabar ele se aproxima, quando pensam que a relação vai se firmar, ele se afasta. Inconscientemente ele está tentando preservar-se até o final dos estudos.

Um exemplo de crença adquirida através de interpretação de fatos.
A criança acorda à noite chamando pela mãe, mas é o pai quem lhe atende. Sem saber do acordo feito entre eles, começa chamar a sua atenção a vinda do pai. As repetições criam diálogos internos que instalarão a crença na rejeição, tais como: “Toda vez que chamo minha mãe, é meu pai que vem!”, “Se toda vez que chamo por minha mãe é o meu pai que vem, então, acho que minha mãe não gosta de mim!”, “É sempre a mesma coisa! Minha mãe não gosta de mim mesmo!”, “Eu sei que minha mãe não gosta de mim, e tenho a certeza de que jamais gostará!”. A crença na rejeição fica enraizada e escondida na Sombra e se manifestará na vida adulta quando essa pessoa exigir que o outro lhe atenda de prontidão ao seu chamado. Esta atitude causa transtornos ao parceiro e suas reações provocam a queixa da pessoa que não está se sentindo amada. Inconscientemente é a criança reagindo contra sua mãe por não lhe atender aos chamados.

Somos escravos das nossas convicções. Temos a vida no qual acreditamos, na qual atraímos. Nossas crenças atraem a vida que temos. Se nossas crenças internas são saudáveis, temos uma vida próspera e feliz, já as crenças perniciosas são as responsáveis pelas doenças, criminalidade, morte, guerras, etc. Um músico vive da música. Ele acredita na música. A música é a sua verdade, mas se, ao se declarar músico, mas viver de outra coisa, significa que ele não acredita que possa viver da música; Ele acredita em outra coisa, menos na música.

Alguns tipos:
Crença
na inferioridade,                                          na limitação;
na falta e escassez,                                      no não merecimento;
na resistência a compromissos;                   no abrigo e proteção;         
na perda do senso da ação e prioridade;     no ressentimento,
na raiva, na rejeição,                                   na  culpa, na destruição,
no medo e desconfiança;                              na defensiva,
no desejo de estar indo em outra direção;    no mundo hostil e ameaçador.

Podemos perceber a presença das nossas crenças nas seguintes situações: nas palavras que pronunciamos, nas nossas atitudes, nos nossos diálogos internos. Erradicar crenças é a chave, mas não nos iludamos, não é tarefa tão fácil.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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MANIFESTAÇÕES!

precipitação da chuva - quimicadashotoko.blogspot.com

Vejamos a relação entre a terra e a nuvem. A terra recebe, por obrigação, os pingos de chuva vindos da nuvem. Os pingos caem por toda a sua extensão. Então, a nuvem se manifesta na terra, ela faz acontecer regando, represando, inundando. Por outro lado, a nuvem recebe,  por fatalidade, a água em forma de vapor vinda da terra através do calor, consolidando-se em si mesma, nos variados tipos de nuvens. A terra se manifesta na nuvem. Tanto terra e nuvem se relacionam através da água e as respectivas manifestações são compulsórias.

Transportado este exemplo para a nossa vida emocional, temos a terra como a nossa vida cotidiana, que recebe obrigatoriamente situações e os acontecimentos, a nuvem como o campo energético formado pelos conteúdos emocionais e a chuva, tanto quanto o vapor dágua formam as ocorrências. Os conteúdos emocionais são formados pelos pensamentos, sentimentos, desejos e emoções.

O ciclo se forma. Os conteúdos emocionais são emanados da vida diária para o campo energético. No campo energético, estes conteúdos se materializam e despencam na vida cotidiana em forma de acontecimentos, situações, ocorrências e experiências das quais não se podem escapar, sejam elas agradáveis ou dolorosas.

Os agricultores anunciam que jamais se pode plantar laranjas e desta colheita obter-se mangas. A terra produz conforme o plantio, sendo o fruto a conseqüência inevitável da semente. Assim, torna-se inútil alguém reclamar que está colhendo abóbora quando afirma ter plantado couve.

Não é diferente na nossa vida emocional. Temos o hábito de reclamar que somente praticamos o bem e colhemos como conseqüência coisas ruins, ou de que somos justos e só recebemos injustiças. É preciso reconhecer que são os sentimentos (e estes apoiados em crenças) que fazem o ciclo acontecer. Uma vida cheia de sentimentos negativos, perturbadores, difíceis vão provocar situações trágicas, como acidentes, doenças, mesmo debaixo da crença de que está se tendo atitudes “boas”.

Uma maneira de se quebrar o ciclo é a observação atenta às nossas palavras, pois nossas palavras são carregadas de sentimentos. Se uma pessoa diz de forma constante que não sabe o que fazer em determinada situação e vibra um secreto sentimento de medo de perder, suas palavras vão manifestar diversas ocorrências de pegar objetos, eles caírem e se quebrarem, na tentativa de dizer à pessoa olhar com honestidade para suas incertezas, dúvidas em todas as áreas de sua vida. O mesmo se dá com a cozinheira que está sempre se queimando, cujas ocorrências estão lhe chamando a atenção para os seus sentimentos inflamados e perigosos, a fim de evitar o dito popular: “Se plantar vento, colherá tempestade”.

Observe a sua vida. Onde estão ocorrendo “coisinhas” corriqueiras? Quais têm sido as suas falas? Que sentimentos secretos estão por detrás destas ocorrências?
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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