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INFLUENCIANDO
O COMPORTAMENTO DO OUTRO!
Por
Silvio Farranha Filho – psicanalista
Entramos nos
relacionamentos afetivos acreditando que vamos viver uma troca equilibrada de
atitudes. Mas, o que acontece conosco quando percebemos que o comportamento do
outro não está de acordo com o que queremos? Entramos na infelicidade! E volta
a velha crença: mudar o comportamento do outro!
Utilizamos de diversas
técnicas, ferramentas, recursos para voltarmos a ser felizes na relação, porém
o objetivo é o mesmo: o outro deve mudar para eu me sentir feliz! Até mesmo no
seting terapêutico os parceiros chegam esperançosos de que o processo irá mudar
o outro. Muitas vezes nos valemos das famosas DR’s (discutir a relação) que
nada mais faz do que levar as pessoas a se abrirem e se destruírem, promovendo
profundas feridas e distanciamento emocional. Sempre o mesmo resultado: o outro
não muda, permanece insensível às nossas queixas e lamentações.
Há um caminho, porém,
para ser trilhado, deve ser compreendido primeiramente. Como você se sente
diante desta questão? O outro apresentará
mudanças em seu próprio comportamento a nosso favor quando nós mesmos
apresentarmos verdadeiras mudanças em nossas ações e atitudes!
A resposta não é tão
simples. Muitas pessoas dizem “sim”, mas durante o processo se frustram,
alegando que já fizeram de tudo e o outro não mudou. Outros se revoltam
dizendo: “- porque eu é que tenho que
mudar?”
Para trilharmos esta
proposta de caminho o primeiro ponto a observar é que tudo é relacionamento e
todo relacionamento é projeção. Nós desconhecemos nossas atitudes e nos
projetamos nas atitudes do outro.
Nos relacionamentos as
ações se encaixam. Ex. Ele fala, Ela ouve. Quando Ela fala, Ele ouve. Outro
ponto: é sempre a energia masculina que dá o tom, a feminina busca o encaixe.
No exemplo quando Ele ou Ela está na polaridade masculina(falar) promove o
encaixe do outro na polaridade feminina(ouvir).
As nossas ações promovem
na outra pessoa reações correspondentes opostas e complementarem às que geramos.
Os nossos desejos e vontades impõe algo ao outro, que por sua vez, tem o livre
arbítrio de aceitar ou não. Se o desejo for ir ao cinema, o nosso convite impõe
que o outro mude suas rotinas, reorganize o seu tempo, a sua emoção e a sua
mão-de-obra para nos atender. Mas, de posse do seu arbítrio, pode não querer processar
as mudanças em sua vida e, assim, não temos como viver o que desejamos.
Nós não percebemos
nossas micro-ações, e como elas afetam o comportamento do parceiro. Elas são
inconscientes para nós e totalmente visíveis ao outro. Só conseguimos perceber
as reações do outro e nos orientamos por elas, acreditando que é uma coisa
dele, do arbítrio dele. O parceiro não se orienta por nossas palavras e sim
pelas ações nossas que desconhecemos. Entramos na projeção, saindo do compartilhar
para nos tornarmos policiais do comportamento alheio.
A questão não é mudarmos para
mudar o outro! É compreender como agimos
e como o outro está se encaixando às
nossas ações.
Agora o caminho fica
mais claro: Diante de uma atitude do outro que nos desagrada, devemos nos
perguntar: O que estamos sentindo nesta
relação? Quem somos nós nesta relação? O que queremos exatamente nesta relação?
Quais as nossas atitudes sejam passadas ou presentes que contribuem para a
relação estar do jeito que está?
As respostas, sendo
sinceras, nos colocarão diante de nós mesmos e da nossa verdade. Enxergar
nossas ações, atitudes e seus verdadeiros motivos, sempre nos perguntando: porque estamos agimos assim? São
exclusivamente as nossas ações pessoais que podemos e devemos mudar para o bem
da relação, e não o outro. Por sua
vez o parceiro sentirá o desencaixe das ações, se perturbará, buscará dentro de
si e da sua própria verdade nova forma de se encaixar
Há, portanto, um caminho. Compreender que o que fazemos,
o que não fazemos ou o que deixamos de fazer tem consequências no parceiro,
assim, devemos corrigir e mudar em nós o que vemos de errado. A mudança real das nossas atitudes influencia o comportamento do outro.
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