CONFLITOS
EMOCIONAIS
Por
Silvio Farranha Filho – psicanalista
Somos seres emocionais,
vivemos escravos das nossas emoções. A base das nossas emoções são exatamente os
nossos desejos e anseios profundos. Os nossos anseios têm origem em nossas próprias
crenças e convicções.
O conflito emocional
surge quando temos a percepção de que as coisas não estão saindo conforme desejamos. Por consequência temos a
polaridade desejos/anseios vividos x desejos/anseios não vividos.
Quando adoecemos não
temos a percepção clara do que está nos fazendo sofrer, se é a vida que estamos
vivendo ou se é a vida que não estamos vivendo.
O caminho que nos faz
enxergar a verdade é justamente a somatização, ou seja, quando o anseio se
manifesta fisicamente no corpo. Sabemos claramente que doenças, acidentes ou
problemas são toques do inconsciente. Somos, então, compelidos a fazer uma
imersão em nosso subconsciente a fim de olhar para aquilo que está abaixo da
superfície.
A psicoterapia, seja
analítica ou espiritual, é um bom método para acessar o subconsciente, pois a função do subconsciente é trazer para a
consciência aquilo que está inconsciente para nós.
A somatização, através
da dor, tem o poder de vencer dois comportamentos que temos diante das coisas
que estão dentro de nós e que nos incomodam: a fuga e a negação! Fugimos ou
negamos da verdade dos nossos anseios mais profundos até que o sintoma nos faça
parar e compreender a sua mensagem.
Se não dermos atenção
aos toques, nossa vida está em rota de colisão com a morte. Assim, temos que
olhar para as coisas que escondemos dos outros e também e de nós próprios por
medo e vergonha, aquilo que reprimimos, negamos, recalcamos.
A Psicossomática diz
que quando estamos vivendo o que desejamos não temos conflitos emocionais, por
mais dificuldades que nosso corpo físico venha a experimentar, mas quando, as
coisas não saem do jeito que queremos, é chegada a hora de um encontro verdadeiro
com nossos sentimentos mais profundos, a fim de identificar e erradicar as
crenças que os governam. É bom lembrarmos de que nossas crenças e convicções
não residem nas nossas mentes, mas, sim, em nosso subconsciente, soterradas
pelos nossos sentimentos e emoções.