Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SÓ ACONTECE A QUEM TEM QUE ACONTECER!



Um fato me chamou a atenção em um noticiário sobre o comercio da região da Rua 25 de Março, no centro da capital paulista, no final de 2008, informando a freqüência de um milhão de consumidores por dia, que geraram a receita de 17,6 bilhões de reais. Outra noticia foi a preocupação da polícia militar em melhorar a segurança pública, tendo em vista que no ano anterior as operações policiais abordaram 1.269 batedores de carteiras na região.

Façamos um cálculo grosseiro, consideremos que esses malfeitores assaltaram 10 pessoas cada um e cada vítima tivessem 100 reais. Como resultado teremos 12.690 pessoas agredidas representando 0,01269% do total de pessoas/dia. Perderam R$1.269.000,00 que representa 0,000....% de 17 bi. Por mais que os malfeitores vitimassem pessoas, os prejuízos não chegaram a arranhar o faturamento total. Então, quem são estas pessoas vitimadas? Por que exatamente elas?

Porque estas pessoas trazem dentro de si o estigma para o assalto, ou seja, elas trazem internamente uma marca que gera a necessidade de aprenderem através desta experiência. Os larápios existem por conta destas marcas e para elas, eles são atraídos e somente a elas é que podem e devem assaltar. Larápios e vítimas ligados por conta de suas escolhas e de suas verdades, de suas marcas internas, muitas vezes trazidas de outras vidas.
Do total restante, os outros novecentos e tantos mil, dentre eles, quantas outras pessoas desavisadas dos critérios de segurança, até abusaram dos descuidos, expuseram-se a riscos desnecessários, ainda assim nada aconteceu? As pessoas vitimadas, de alguma forma, fazem o mesmo contra elas próprias.

Assaltam sejam de si mesmas ou de outras pessoas o tempo, a energia, a emoção, a amizade, a criatividade, a vitalidade física, a alegria, o apoio dos amigos, o dinheiro. Praticam pequenos delitos diante dos impostos ou ficam com o troco dado a mais, omitem a despesa cobrada a menos, mantém falas internas de que neste país não se deve ser pessoa honesta, barganham valores acima do necessário, minam a energia dos parceiros, impõem condições às pessoas próximas, vampirizam energias, fazem apropriações indébitas, etc.

Aparentam pessoas normais, politicamente corretas e aceitas na sociedade. Então, os assaltantes fazem com elas o mesmo que elas fazem a si próprias.



Se você já foi vítima de assalto, quais foram as lições de vida que você aprendeu com a experiência? Aprendeu na primeira ou precisou de repetições? Mesmo assim aprendeu? Você poderia ter aprendido de uma outra forma? Prestou atenção aos sinais? Psicologicamente, roubo está associado à falta, necessidade, julgamento. Questione-se: o que tenho medo de não poder ter ou de não merecer, ou o que eu tenho medo de perder? Faça uma avaliação honesta: como você está “batendo” a própria carteira? Nada acontece por acaso, pois só acontece a quem tem que acontecer.

Por Silvio Farranha Filho, psicanalista


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NOSSAS VERDADES PESSOAIS E A REENCARNAÇÃO


 Em algum momento ouvimos falar de que as causas do nosso sofrimento atual foram originadas por nossas ações cometidas em outras existências, como também ouvimos que a quem prejudicamos no passado faz a respectiva cobrança, seja ao nosso lado, como pessoas difíceis de se conviver ou como espíritos obsessores em que se transformaram, por ainda não nos perdoarem. Confesso que tais informações geram muitas dúvidas por não termos a menor lembrança. Porém, não vejo importância em saber se fomos príncipes ou mendigos em outras vidas. O que mais importa saber é quais foram “as razões e emoções” que determinaram nossas ações enquanto príncipes, ou mendigos. O destaque fica por conta do estado emocional em que nos encontrávamos, quais eram as crenças e valores que admitimos como verdades pessoais nos referidos contextos, enfim, que convicções que motivaram nossas ações. O vínculo com o passado se dá através das nossas verdades pessoais, que mesmo com as modificações dos cenários, através das reencarnações, permanecem e se expressam as mesmas, porque somos escravos das nossas próprias convicções. Todos nós temos registros espirituais ou akashicos de todo processo reencarnatório, contendo informações de todas as experiências e emoções vividas durante as existências. Estas emoções compõem o acervo do nosso Inconsciente Pessoal, também conhecido como Sombra. Então, estes registros ou memórias akashicas são acionados através das nossas verdades expressadas através das atitudes, fazendo com que vivamos a partir de nossa Sombra. Iniciamos nossa trajetória no planeta Terra na condição emocional de simples e ignorantes em relação à manifestação da Vida e suas Leis Espirituais. O fim do processo reencarnatório se dá quando se alcança a compreensão total sobre as mesmas. Insto quer dizer que alcançaremos a condição de Iluminados, tal como Buda, Mestres Ascencionados, etc. Desta forma estamos sempre vivendo nossas verdades do momento, toda a conquista pessoal adquirida até então, constituindo-se nas Verdades relativas. Cada jornada, de forma lenta, se alcança um nível maior de compreensão e os conhecimentos adquiridos dentro deste nível são incorporado à verdade pessoal. O objetivo da existência é a transformação da nossa verdade pessoal, através da reforma emocional para erradicar de dentro de nós as crenças perniciosas que não estão de acordo com a Manifestação Positiva da Vida, da Luz e do Amor. Rever de forma constante o nosso emocional, observando e combatendo a presença das crenças antigas, obsoletas, na vida cotidiana, porque assim como nós, nossas verdades pessoais também migram através das reencarnações. Um exemplo de migração de crenças através da reencarnação é uma pessoa que foi informada que em existência anterior chefiou uma gangue de assaltantes cruéis que saqueavam caravanas, e hoje padece a influência de espíritos obsessores. Seus registros akashicos revelaram que ela viveu numa aldeia subdesenvolvida, sob regime feudal à beira da extinção, decidindo lutar pela da sobrevivência da aldeia atacando as caravanas, o seu bando era composto de pessoas que tinham o mesmo pensamento e seguiam sua causa. Sua verdade pessoal era a de tirar de quem tinha muito, que nada vinha de graça, era duro com as vítimas. Suas convicções eram combater o sistema com coragem, bravura. Tornou-se larápio para os caravaneiros e herói para os aldeões. Os registros também informaram que no processo evolutivo, a aldeia beneficiada pela unificação de um estado maior, tornou-se cidade próspera desaparecendo as caravanas e seus sicários.  Os caravaneiros vitimados necessitaram passar pelas experiências dolorosas para aprenderem a lidar com os recursos, tornaram-se economistas que movem o seu progresso, mas a pessoa e seus comparsas mantiveram-se com o mesmo padrão mental, mesma forma de ver as coisas, apesar das oportunidades em outras vidas Então ela renasceu para fazer a reforma de seu emocional e os espíritos obsessores, que a atormentam eram os antigos comparsas atrelados às antigas verdades, válidas somente para aquela época. Necessitam, hoje, reaprender novos conceitos, através da mudança do mental da própria pessoa. Tendo em vista que nossas atitudes transportam nossa verdade pessoal, esta pessoa, na existência atual, vive influenciada por sua Sombra, mantêm as mesmas falas mentais de acusação do governo como corrupto, repete as mesmas frases sistemáticas de que não se pode ser honesto neste país, continua acreditando na escassez, que os recursos são para poucos privilegiados, pratica pequenos delitos, como a sonegação de impostos, não devolve troco dado a mais, não informa valores não cobrados nas despesas dos restaurantes, barganha preços abusivamente, trata sem a menor educação prestadores de serviços, resolve todas as questões através da violência. Mudou-se o cenário, através das vidas sucessivas, mas o emocional antigo ainda permanece, expressando-se da mesma maneira.  Continua nos dias de hoje o mesmo corsário de ontem, tirando de quem, ela “acha” que, tem. A importância de saber quem fomos no passado é para auxiliar na identificação do “como pensávamos”, e como este pensar está expressando nas atitudes de agora os resquícios das verdades antigas. É possível, sim, identificar qual foi o nosso emocional vindo de outras existências. A primeira forma é avaliar o quanto nossas ações estão embasadas nestes dois paradigmas. Qual deles faz parte da nossa verdade: Ser feliz por ter dinheiro para fazer o que deseja ou Ser feliz por ser quem você é, fazer o que deve ser feito e ter o que deseja. Outra forma é observar os adjetivos que usa de forma corriqueira, pois os adjetivos indicam a projeção da sombra, Exemplo se você acha o governo corrupto, é porque você traz uma parcela de corrupção dentro de si. Esta parcela é resquício da crença na escassez. Se você acredita na escassez nesta existência, é porque já acreditou nela nas vidas passadas e veio para esta existência para aprender sobre a Lei da Abundância. Também pode-se observar através das falas internas, aquele diálogo intimo de si para consigo. O que se fala internamente aparece nos acontecimentos que nos atingem. O que nos acontece traz em sua estrutura exatamente aquilo que repetimos para nós próprios. Se você se queixa que não tem amigos verdadeiros, verifique nas suas ações os resíduos da crença na solidão e no abandono. E por fim, observe aquele pensamento-relâmpago quando for iniciar uma nova relação, atente para a primeira impressão, exatamente no primeiro segundo, no primeiro contato. A impressão obtida mostra a verdade anterior que vai se expressar durante aquela relação.

Por Silvio Farranha Filho, psicanalista



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VIVENDO ANSEIOS PROFUNDOS



O que dizer de um homem maduro, casado, com uma filha adolescente, deixa a família, para viver com garotas de programa, tornando a esposa alcoólatra e a filha, drogada?

Das respostas encontradas, destaca-se a palavra anseio.

Importamos conteúdos das palavras “desejo”, “vontade” e “necessidade” para a classificarmos a palavra anseio. Então anseio é um desejo intenso de preencher um sentimento de falta, transformado numa força interna capaz de levar o indivíduo a atingir exigências mínimas para a manter o seu equilíbrio emocional.

Assim, inferimos, que esta pessoa está vivendo um anseio profundo, fora de época, pois em sua juventude não pode se relacionar com algumas garotas que desejava e também fora de lugar, pois acabou com um casamento, atirando a família ao desequilíbrio e desespero

Anseio que foi escondido, negado, reprimido, recalcado, talvez pela cultura do lar, da sociedade, da religião, levando-o a vive-lo agora, com prejuízo de todos, de forma violenta, pervertida, perniciosa.

É importante aceitarmos o fato de que um anseio, quando profundo, será vivido seja de um jeito ou de outro. O seu poder é tão grande, que é capaz de levar uma pessoa, que o sofre, a reencarnar só para vivê-lo. Não medirá esforços, nem conseqüências. Uma vez vivido, esgotada aquela energia, a pessoa caminha para a morte, por estar vazia de desejos. E o próprio Universo conspira para tal, fazendo que os anseios escondidos venham à tona dentro dos relacionamentos.

Se a vivência de um anseio profundo fora de época e local já trás conseqüências prejudiciais e perniciosas, o pior acontece, se não for vivido. A pessoa vítima deste sentimento vai-se contrair sérias doenças. 

Nem sempre os desejos, vontades ou necessidades, serão atendidos, e tudo se vive apenas uma única vez na vida, e, no entanto, pode-se fazer escolhas melhores.

A primeira coisa a ser feita é olhar com honestidade para os verdadeiros sentimentos escondidos, para que as atitudes não sejam guiadas por eles. Identificar de que forma a vivência afetará as pessoas ao redor, a Natureza e a Vida, evitando-se um preço muito alto a se pagar. Aceitar as limitações e erradicar as crenças que tornam os anseios perniciosos. Dar novos significados aos anseios, e para isso, a psicoterapia é uma ótima ferramenta. Por fim, ser criativo na vivência, pois o anseio quando é visível e disciplinado é fator de muita realização emocional.


Por Silvio Farranha Filho, psicanalista


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