Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

COMO IDENTIFICAR AS NOSSAS PROJEÇÕES AO ASSISTIRMOS TV!

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Este ensaio ficou longo, infelizmente. Não foi tão simples colocar estas idéias no papel, quanto pensei. Porém, a compreensão deste tema vai facilitar nossa percepção sobre nós próprios. Estou torcendo para isto! Então, vamos lá!
Quando estamos diante da tv assistindo um programa que mexe com as nossas emoções, tais como, filmes, novelas, esportes, algo mágico está acontecendo no momento. Desfrutamos da experiência que o evento nos proporciona, e vivenciamos uma réplica daquele mesmo programa no nosso mundo emocional.
É o nosso inconsciente desejando passar uma mensagem importante sobre algum aspecto da nossa vida. Utiliza-se do programa para se fazer visível, reconhecido. As emoções experimentadas no evento estão, também, presentes na nossa vida cotidiana.
O destaque deste ensaio fica por conta daquelas emoções que nos afetam profundamente de forma positiva ou negativa. A identificação com as  emoções propostas pelo evento, algo do tipo, um torcedor não vai sorrir ao ver seu time perder, mas, sofrer demais mais ou ficar insensível à perda, é a questão.
A identificação com as emoções é chamada de projeção ou transferência. Algo que está escondido dentro de nós se transfere para o programa. Graças a esta dinâmica, podemos descobrir a mensagem e integrá-la em nossa vida. Ex. o jogador deixou a bola escapar e ficamos furiosos, o nosso inconsciente está nos dizendo que não estamos agindo com firmeza em alguma área da nossa vida.
O tratamento consiste de um trabalho interessante e divertido. Vamos tomar como exemplo a novela, pois ela envolve uma trama. Nas tramas hollyoodianas mais antigas, os elementos mais comuns eram: A Donzela, O Vilão, O Herói, A Saga:
A donzela - Geralmente vive despreocupada até ser raptada pelo vilão. Subjugada, sofre muito e deseja com desespero ser salva. Está sempre em perigo. O seu clamor atrai um salvador. Uma vez salva, casa-se com o seu salvador ou lhe dá o beijo compensador.
O vilão - Quem dá origem à saga, é audacioso, ambicioso, inteligente, mau-caráter. Deseja dominar o mundo. Rapta a donzela seja para si ou para exibí-la como troféu. Obtém notoriedade. Enfrenta o perigo e depois se torna o próprio perigo. Cai fatalmente diante do seu maior obstáculo: o herói.
O herói - É quem finaliza a trama. Também audacioso, inteligente, mas bom-caráter. Sensibilizado pelo clamor da donzela arquiteta um plano para salva-la. No desdobramento das ações sofre derrotas parciais, mas para alcançar a vitória final vem a matar o vilão e como prêmio conquista a donzela e vão viver felizes.
A saga - Mais conhecida como a jornada do herói é o caminho que o herói traça para impedir que o vilão conquiste o mundo e resgatar a donzela.
Vejamos os personagens íntimos:
O nosso lado-vilão - quele lado que encarna os nossos desejos abomináveis, ambiciosos, pecaminosos, perturbadores. Promove  ações das quais nos envergonhamos. Na telinha é aquele personagem quem lançamos nossas críticas e julgamentos, pois mostra tudo aquilo que não queremos ver ou reconhecer. O nosso lado-vilão é a nossa Sombra.
O nosso lado donzela-em-perigo - Aquele lado que não deseja ter problemas, só quer sossego. É vítima de um ataque promovido pelo outro. Sofre, chora, lamenta, com as emoções sempre em perigo. Deseja a libertação do sofrimento. Na telinha é aquele personagem quem desejamos acolher, identificados com o seu sofrimento. É o nosso lado "coitadinho-de-mim" lamentando que era feliz!
O nosso lado-herói - quele lado que tem as condições necessárias para resolver a situação, mas que não confiamos o suficiente. Quer matar a todo custo a causa dos nossos sofrimentos. Na telinha é aquele personagem que tem tudo de bom que nos falta e nele transferimos nossos sentimentos de coragem, bravura, inteligência, etc.
Identificando as projeções - Os personagens masculinos representam o lado masculino nos homens ou o animus nas mulheres. Os personagens femininos representam o lado feminino nas mulheres ou a anima nos homens.
Observemos quais personagens nos encantam ou que nos incomodam, e como nos sentimentos em relação às tramas, confortáveis ou desconfortáveis.
Se a vitória desejada não aconteceu, pode ser que estamos carentes de vitórias pessoais e transferimos a sensação de vitória para a trama. A derrota na trama nos faz sofrer duas vezes. O personagem não agiu conforme queríamos, talvez não estamos aceitando as nossas próprias ações. Queremos que o personagem faça o que não estamos conseguindo fazer. Se as cenas parecem violentas demais, chegou o momento de olhar para a própria violência interna que está secretamente escondida dentro de nós. São imorais? É o momento de lidarmos com a falsidade e hipocrisia das nossas convicções pessoais! É tudo aquilo que gostamos? Olhar honestamente nossa pobreza interna, escassez, privações e carências. É apaixonante? Olhemos para as necessidades emocionais e eróticas que nos assolam. São perturbadoras e difíceis? Um olhar para o que está mal resolvido em nós.
Ofereço estes questionamentos para auxiliar nas percepções:
Em relação ao herói - Com o quê eu me identifico com o herói do evento? Quem é a vítima que devo salvar e quem é o vilão que devo atacar? O que admiro em mim? O que rejeito? O que vai me compensar emocionalmente?
Em relação à donzela em perigo: Quem é o herói que vai me salvar, quem é o vilão que me ameaça? Cuido de mim ou desejo ser cuidado? Que liberdade almejo ou que prisão me encontro? Como vou compensar a minha vitória?
Em relação ao vilão - Onde me sinto vilão? Quem estou atacando e quem irá salvar? Onde sou ameaçador? Que sentimentos me movem?Com quem ou o quê vou fatalmente me defrontar?
Em relação à trama - Onde na minha vida estou vivendo esta trama? Vivo perigosamente? Estou enfrentando os conflitos ou simplesmente fugindo? Como lido com as mudanças, aceito ou resisto?
Em relação à jornada do herói - Para onde vou? De onde venho? O que faço aqui? É possível chegar lá? Quais as soluções reais a separação, o prêmio de loteria, a demissão do emprego vão trazer? Devo realmente matar ou conversar com o vilão? É possível a integração do vilão?
Assim, a trama que está se desenvolvendo na novela, é um reflexo da trama da nossa vida, ela está nos convidando a refletir e aprender sobre nós próprios. Como extrair lições? Escreva para você os finais das tramas, faça suas modificações nos capítulos, o que você fizer à novela, serão as suas próprias propostas na vida real. Aceite o final dado pelo autor, mas viva o final que você der.
Quanto mais pudermos dar asas à nossa imaginação, melhores ficam as respostas. Como resultados obtemos aumento da capacidade de percebermos a nós próprios, de nossas escolhas, resolver problemas complicados com soluções simples, reconhecer anossa identidade real.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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GRATIDÃO!

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Agradecer significa mostrar ou manifestar gratidão, mostrar-se grato (benefício recebido).

Como você se mostra grato a você mesmo?  à Natureza? à Vida? a Deus/Deusa? Tem  o hábito de agradecer por um favor que pediu? Como você se mostra diante de benefícios que lhe são, ou foram, concedidos a você sem que você aparentemente tenha solicitado?

Agradecer é uma relação. É como nos relacionamos com os benefícios que recebemos. Podemos nos relacionar de duas formas: mercado ou comunhão. Uma relação de mercado é aquela do tipo toma lá dá cá, isto é, eu só agradeço se recebo. Uma forma comum de expressão desta crença é pedir a Deus uma graça e junto com o pedido vai a forma de pagamento, geralmente, uma promessa. Ao receber a graça, corre-se para pagar a promessa. Uma vez paga fica-se quites com Deus. Se a graça não é alcançada, a promessa também não é paga. Daí não se fica quites com Deus. Uma relação de comunhão é aquela do tipo pede e recebe. É a capacidade interna da pessoa se permitir receber o que está pedindo. É a crença interna de ser merecedora da abundância existente no Universo, é viver a sincronicidade, o estar no lugar certo, na hora certa. A relação de comunhão torna a pessoa ecológica, sempre haverá mais de um beneficiado em seus pedidos à vida. Um exemplo de uma relação de comunhão: Um náufrago aporta-se numa ilha onde há somente um pé de abacate. Mostra-se agradecido a si mesmo, por ter tido uma confiança absoluta em sua capacidade de sobreviver; mostra-se agradecido à ilha e pelo pé de abacate. Mostra-se agradecido a Deus por tudo isso que recebeu. Passa então a plantar toda semente de abacate que comer, crendo que se a ilha o serviu, poderá servir a outro também, e confiando a Deus o seu destino. Qualquer que seja o seu destino, deixará a ilha com muitos pés de abacates.

A pessoa que não agradece é considerada por muitos como uma pessoa ingrata. Não agradece a vida que tem, não agradece a saúde que tem, não agradece o trabalho que tem. Já viram pessoas que muito foram beneficiadas e não tem uma mínima manifestação de gratidão a quem as beneficiou? Isto acontece, porque a pessoa tem seu orgulho ferido em não conseguir ter o que deseja, e sente-se humilhada em receber ajuda. Enquanto é ajudada, luta por conter a raiva dentro de si mesma. Tão logo vê-se em condições de dar a si o que deseja, parte em disparada, não tendo o menor gesto de reconhecimento pelos benefícios recebidos. Daí a importância de sabermos como ajudar, se a pessoa deseja realmente nossa ajuda, se ela se permite ser ajudada. Não pelo retorno do agradecimento dela, mas, pelo ato de agradecer a Vida por podermos ajudar.

Se você não agradece ao seu corpo os benefícios da saúde que lhe proporciona, se você não agradece à Natureza pelos bens que ela lhe concede, se você não agradece à Vida pelos benefícios que ela te dá, se você não agradece a Deus/Deusa por ser quem você é, chegou o momento de você despertar para a relação de sincronicidade com o Universo, revendo sua crença interna na limitação e na escassez e se permitir tornar-se merecedor de viver a Lei da Gratidão e da Abundância do Universo.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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BALANÇO FINANCEIRO EMOCIONAL!

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Lembram-se das aulas de Contabilidade? Análise de balanço? O objetivo deste ensaio é transportar para o nosso lado emocional, alguns princípios desta maravilhosa ciência, a fim de auxiliar-nos a perceber nossos padrões emocionais e ritmo de vida, projetados na nossa vida financeira.

Vamos criar um balanço financeiro hipotético. Uma pessoa está insatisfeita com sua situação financeira e deseja realizar mudanças.
Em determinado mês, ela escreve como utilizou o seu dinheiro.

Mês 01
R$   450,00    +  Conta A
R$   280,00    +  Conta B
R$   185,00    +  Conta C
R$     85,00    +  Conta D
===============   
R$ 1.000,00   =  Total

Vamos transportar estas informações para percentuais. Abriremos a coluna % para identificar o quanto cada conta corresponde ao total pago. Para isto, divide-se o valor de cada conta pelo total geral.

Mês 01                                %
R$   450,00 + Conta A      45,0%
R$   280,00 + Conta B      28,0%
R$   185,00 + Conta C      18,5%
R$     85,00 + Conta D        8,5%
===============   
R$ 1.000,00 = Total         100%

A leitura da tabela é feita assim. A Conta “A” representa 45% do total pago. A Conta “B” 28%, a Conta “C” 18,5% e a Conta “D” 8,5%.

Para iniciar a análise emocional vamos criar uma nova coluna, que chamaremos de P/E, onde “P” é igual a Prazer e “E “é igual a Estresse. O objetivo é avaliar a sensação/sentimento no exato momento de se efetuar cada pagamento, classificando em P ou E ao lado de cada conta. A classificação ficou assim:

Mês 01                                 %          P/E
R$   450,00 + Conta A       45,0%       P
R$   280,00 + Conta B       28,0%       E
R$   185,00 + Conta C       18,5%       E
R$     85,00 + Conta D         8,5%       E
===============   
R$ 1.000,00 = Total          100,0%

Faremos, agora, análise vertical. O objetivo é identificar “focos” emocionais. A análise vertical é feita analisando cada conta em relação ao total.
Vamos atribuir uma base para os 100%. Neste caso 100% = Emoção, também pode ser Energia, Tempo, Dinheiro, Criatividade, etc., desprezando-se a coluna valor. A tabela fica assim.

Mês 01          %         P/E
Conta A      45,0%      P
Conta B      28,0%      E
Conta C      18,5%      E
Conta D        8,5%      E
===============   
Emoção       100%

Refletindo:
A pessoa consome 45% da sua emoção, pagando a Conta “A” em caráter prazeroso.
Já a Conta “B” consome 28% da emoção, e é a mais estressante. Tem-se aqui um foco. Ela é a ofensora do emocional da pessoa.
As três contas classificadas como estressantes (Conta “B”, Conta “C” e Conta “D”) juntas formam 55% do total da emoção da pessoa. Isto indica que ela não vive no prazer, pois gasta menos da metade de sua emoção (45%) em pagamentos prazerosos.
O resultado dessa análise é: Ela trabalha o mês todo e gasta 55% da sua emoção pagando contas estressantes.

Se ela continuar utilizando sua emoção desta maneira, podemos projetar que em um ano, permanecendo estes pontos percentuais, apenas 45% do ano será no prazer e os restantes 55% vividos no estresse. Ela correrá o risco de atrair uma entre duas possibilidades: criar gastos extras para compensar a instabilidade emocional, com sérios prejuízos financeiros, ou atrair doenças.
A título de exemplo, a Conta “B” foi classificada como a ofensora da emoção, assim, esta conta se torna o desafio para ela, em como torná-la prazerosa. Esta é uma das mudanças que poderá fazer.
Em caso de se atingir tal objetivo o quadro fica assim:

Mês 01        %           P/E
Conta A     45,0%       P
Conta B      28,0%       P
Conta C      18,5%       E
Conta D        8,5%       E
===============   
Emoção       100%

O resultado aponta que 73% do emocional (45% de “A” + 28% de “B”) está no prazer. Então, a atividade de pagar as contas torna-se extremamente prazerosa e, como conseqüência, a pessoa terá mais saúde emocional. Vejamos que é saudável emocionalmente ter uma parcela de estresse, neste caso 27%.

No segundo mês a classificação das contas ficou assim:
Mês 02                           %
R$ 350,00 + Conta A   35,0%
R$ 365,00 + Conta B   36,5%
R$ 185,00 + Conta C   18,5%
R$ 100,00 + Conta D   10,0%
===============   
R$ 1.000,00 = Total

Faremos, agora, uma outra análise, a análise horizontal. O objetivo é identificar “padrões” e “ritmos” emocionais. A análise horizontal é feita através de um comparativo de cada conta dentro dos meses apontados, tendo o Mês 01 como referência. Subtrai-se o Mês 01 do Mês 02 e divide-se o resultado pelo Mês 01. Se o valor da diferença for positivo, ocorreu uma redução emocional. Se for negativo ocorreu um aumento emocional.
A tabela fica assim:
Contas       P/E          Mês  01         Mês 02
Conta A      P              45,0%          35,0%          
Conta B      E              28,0%          36,5%          
Conta C      E              18,5%          18,5%          
Conta D     E                 8,5%          10,0%          
===============   
Emoção       100%

Refletindo:
Houve uma redução de 22%  da Conta “A” no Mês 02 em relação ao mês 01. Esta redução sinaliza que ocorreu uma perda da capacidade de sentir prazer. As mudanças podem ocorrer através dos questionamentos.
O que provocou esta redução?
A Conta “B” continuou ofensora e apresenta um aumento de estresse na ordem de 30% do Mês 02 para o Mês 01. O que está mantendo esta conta ofensora? O que provocou este aumento? Mantendo-se os mesmos pontos percentuais, em três meses, a vida emocional da pessoa estará crítica, com risco de precipitação de doenças.
A Conta “C” permanece estável. O que está mantendo esta estabilidade?
A Conta “D” apresenta um aumento de 18% no nível de estresse. O que provocou este aumento?
As três contas estressantes, que no Mês 01 representaram 55% da emoção da pessoa, no Mês 02 elas passaram a representar 65%. Houve, então, um aumento de estresse na ordem de 18%. É um fator alarmante, pois um incêndio nunca começa grande, é sempre pequeno. Este percentual indica que está nascendo um “ritmo”, que algo está acontecendo e precisa ser identificado com urgência, sob pena da pessoa atrair uma séria somatização em pouco tempo.
Uma vez que a depressão é a perda gradual da capacidade de sentir prazer, este aumento está sinalizando que talvez haja um padrão depressivo se expressando no ato de pagar contas.
O resultado é este: a pessoa, do Mês 01 para o Mês 02 perdeu 18% da sua capacidade de sentir prazer quando foi pagar a suas contas.

Cada conta tem um fator emocional atrelado a ela. Outra proposta de mudança é avaliar este fator emocional, não no ato de pagá-la, mas no exato momento de se contraí-la.

Continuamos com o foco na Conta “B” por ser a ofensora da emoção. 
Imaginemos que esta conta seja o pagamento da fatura do cartão de crédito.

Emocionalmente o cartão de crédito atua da seguinte forma. A pessoa tem desejos. Se depender exclusivamente do seu contra-cheque, levará 30 dias para atendê-los, e neste período ficará exposta à instabilidade emocional. Então, o cartão de crédito vem para reduzir ou eliminar este tempo de exposição, tempo zero de dias na necessidade, com a vantagem do pagamento de uma pequena parcela, sem afetar o desempenho financeiro.
Acontece que no mesmo período de tempo, outras necessidades aparecem. Daí o estresse na hora de fazer o pagamento da fatura.

Uma vez feita a conta, ela deve ser paga, mas pode-se refletir sobre a necessidade escondida atrás do ato de fazer a compra, antes do uso do cartão. Ao se comprar algo, também se compra uma compensação emocional. Se a pessoa compra algo de valor, no seu subconsciente, ela pode estar comprando valorização pessoal, através daquela compra. Se for algo de status, pode estar comprando auto-estima. A questão é refletir no ato da compra: O que ela está comprando através dessa compra? Ela pode adquirir a mesma compensação emocional de outra forma? A compensação emocional que busca está também afetando outros itens do balanço?

Como vimos, este ensaio hipotético baseou-se na emoção experimentada no ato de se efetuar o pagamento de uma conta, pois o pagamento de conta reflete a compensação emocional pelo trabalho que se realiza a cada mês. Muitas vezes se reclama do quanto se trabalha, mas o fator que coloca pessoas doentes é a forma como se paga a conta.

O balanço emocional é uma maravilhosa ferramenta para o nosso autoconhecimento, ver a nós próprios através do nosso comportamento com o dinheiro. Uma vez que o dinheiro é emocional e está presente em todas as áreas da nossa vida, o balanço financeiro emocional permite conhecer nossa vida espiritual, financeira, profissional, corporal e afetiva. Ele é muito rico em informações permitindo um sem-número de cruzamentos, com vantagem de ser uma atividade muito prazerosa.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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ESPIRITUALIDADE E O SET TERAPÊUTICO!

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Todos nós, enquanto filhos da Criação, escolhemos fazer nossa evolução espiritual através do meio humano. Uma vez criados, nosso destino é a evolução. Saímos do Nada para alcançarmos a condição de co-criadores do Universo. Somos humanos por escolha. Poderíamos escolher a nossa evolução através de outros reinos da Natureza, como os cristais, por exemplo.

Viver num mundo de terceira dimensão, como o planeta Terra, por exemplo, é aprender a lidar com a dualidade. O planeta é dual, isto é, é composto de dois pólos opostos e complementares. É aprender a lidar com a escolha. Estar sempre diante de duas alternativas e fazer a escolha por uma. Vive-se primeiro a alternativa escolhida, depois vive-se a outra. Ao se viver uma, cria-se a necessidade de se viver a que foi preterida, esta necessidade é o conflito que todos experimentamos. Fazemos escolha o tempo todo, porisso, aprendizado é a obtenção das lições ao se viver as duas faces da mesma realidade. Ser perfeito é a ciência de viver a dualidade sem fazer uma escolha errada sequer. É o aprendizado máximo de criar e se relacionar. Adquirida esta condição a pessoa fica isenta de viver no meio humano, ou pode escolher continuar vivendo neste mesmo meio, porém na condição de co-criador da Natureza.

Assim, somos seres de natureza espiritual vivendo a dualidade através do mundo material, ou mundo da forma.  Nossa alma se expressa no mundo da forma através da atividade. Ajudamos a construir o Planeta para que a Vida se expresse. Saímos da condição de primitivos para a condição de civilizados. Toda expressão humana no planeta submete-se ao paradigma Bem e Mal.

No seting terapêutico a espiritualidade tem o nome de necessidade. Somos seres com necessidades. As empresas surgem para atender necessidades das pessoas. Nossa alma tem necessidades, portanto, saúde e doença são dois pólos da mesma realidade, assim, a doença ou a saúde não estão na vida material, estão na alma, são necessidades da alma. Lidar com a espiritualidade é entrar em contato com as necessidades espirituais, ou seja, sentimentos.

As sensações de conforto e desconforto, prazer e desprazer na vida cotidiana indicam que a alma está em conflito consigo mesma. Há algo nela que precisa ser identificado, reconhecido e tratado. No set este algo tem o nome de neurose. Nas palavras de um grande terapeuta, neurose implica em ser o que não se é, a fim de se obter o que não existe. Uma pessoa que teve sua necessidade de amamentação mal atendida, quando era bebê, traz tem dentro de si uma necessidade de procurar por comida. São pessoas que toda sensação de satisfação ou insatisfação está ligada à comida. Até reconhecer que a necessidade de ser alimentada está na alma. Todo sentimento emana da alma, mas é através das formas do mundo material que podemos identificar as necessidades da alma. Se o sofrimento é por causa da solidão, isto indica que a alma está solitária de si mesma. Este sentimento desaparece quando a alma encontra a sua própria companhia, mesmo que no mundo da forma ela viva solitária. Nas palavras de Ghandi: você estará bem, se estiver bem dentro de ti, mesmo que tudo à sua volta esteja ruim. Espiritualidade é a conexão com o Sagrado. Fora desta conexão a alma experimenta uma busca frenética por satisfações ilusórias, tais como prazer, trabalho, sexo, vícios de toda ordem, parceiros, para atenuar sentimentos terríveis como o vazio interior, a pobreza psíquica, a solidão, a depressão, etc. Porém, todas estas coisas são profundamente alteradas para melhor, quando a alma se conecta novamente com o seu dom natural, ou seja com a sua espiritualidade.

Muitos experimentam o caminho espiritual, mas, em determinados momentos, são orientados a buscarem suas respostas dentro de si mesmos, como se fosse o fim da linha. A pessoa, então, se dirige ao set terapêutico e vai lidar com todo material que desconhece em si mesma. Através do mecanismo de Projeção de Sombra, trata de seus sentimentos perturbadores, ilumina sua consciência, orienta a sua razão, erradica suas crenças perniciosas e aproxima-se do perdão a si mesma. Ela encontra a Luz! Assim, a jornada no set terapêutico é também uma jornada espiritual. Também no set terapêutico se desenvolve a espiritualidade, ficando com a pessoa, a liberdade de escolher em qual religião irá expressar sua espiritualidade.
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista


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PSICANÁLISE? EU?? EU,NÃO! EU NÃO ESTOU LOUCO!

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Esta é a reação mais comum das pessoas quando convidadas a fazerem terapia analítica através da Psicanálise. É coisa para quem está doido, louco, etc. Talvez seja pelo fato da pessoa não conhecer o que seja a Psicanálise. Nestas linhas não vamos dizer o que a Psicanálise é, mas dar uma noção sobre ela.

Ao receber um convite a fazer terapia através da Psicanálise, a pessoa está sendo convidada a entrar no mundo de suas próprias emoções para descobrir a si mesma.

Psicanálise é um conjunto de métodos destinados a investigar as experiências emocionais vividas pela pessoa, situações que envolvem os sentimentos de dores, mágoas, ressentimentos, frustrações, raivas, na busca das crenças nocivas, maldosas e perigosas, que vivem secretamente escondidas na sua intimidade, bem como, verificar como elas estão perturbando sua vida mental e erradica-las.

As crenças são invisíveis para a pessoa e são formadas na infância. Crença não é o que a pessoa acredita ou o que ela acha. É o que ela materializa, expressa ou manifesta na sua vida. Elas agem disfarçadas através dos sentimentos difíceis, perturbadores e inconfessáveis que a pessoa mantém para si mesma. As crenças têm suas raízes nos desejos negados, reprimidos, recalcados ou mal-vividos. Esses desejos reprimidos escondem duas coisas: um prazer que não foi vivido e jamais o será e a dor/raiva decorrente disso.  Estas duas coisas são recalcadas ao inconsciente, não desaparecem e se projetam na vida cotidiana. Podemos citar um exemplo de crença nociva. A pessoa deseja e trabalha arduamente para ser feliz e atrai sempre acontecimento infeliz em sua vida. Esses acontecimentos estão materializando sua crença na infelicidade e não na felicidade, conforme pensa acreditar.

O(a) psicanalista, também conhecido como analista ou psicoterapeuta é o especialista que auxilia a pessoa a identificar essas crenças internas, fornecendo-lhe informações sobre o mundo psicológico.

 E como é feito isso?

A pessoa estabelece seu objetivo de vida. Ao dar o primeiro passo, o seu Eu Interior inicia também a sua jornada interna ou a jornada psíquica. Atingido o objetivo alcança duas compensações: a material e a emocional, ambas lhe trazem a sensação de realização. Mas ao perceber que os seus desejos não estão saindo conforme espera, ou que, do seu jeito não está mais funcionando, ela se desorganiza emocionalmente e perde a sua identidade pessoal, surgindo, então, os conflitos emocionais. Está diante das dificuldades em sua jornada psíquica.

Ao procurar a Psicanálise não está louca, conforme a crendice popular, também não é uma paciente! Ela é uma cliente que está contratando uma consultoria para lidar com suas emoções.

Diferente dos outros profissionais, o psicanalista não diz o que a pessoa tem, não dá opinião pessoal, não faz julgamentos de valor, não critica, não condena, não responde suas perguntas e não faz discriminação de qualquer tipo. Ele auxilia a pessoa a lidar com as dificuldades da jornada psíquica. É um condutor, seja auxiliando a pessoa a abrir ou fechar portas emocionais, seja auxiliando na busca de novas janelas ou saídas emocionais. Tendo em vista que o diálogo é o mecanismo de condução, o psicanalista ministra as medidas terapêuticas através de perguntinhas, pois está treinado na arte de questionar.

Assim no set terapêutico é fundamental à pessoa falar do que lhe dói, entrando em contato com os seus paradoxos, inconsistências, contradições, incoerências e incompatibilidades. Deve estar atenta aos questionamentos, tanto seu próprio quanto do analista, ouvindo real e honestamente suas próprias palavras.

Ao buscar as respostas dentro dos seus conteúdos negativos e responder para si própria (jamais para o terapeuta), a pessoa dá o exato flagrante na crença nociva que está sustentando sua dor. Neste momento a cura é promovida, pois um sentimento de reconhecimento emerge, algo do tipo: Sim! É isto!, gerando um novo espaço  interno e, por tabela, nasce o observador de si mesma, que jamais a deixará cometer o mesmo delito. O novo espaço está pronto para as novas experiências.

Outro fator fundamental que promove a cura é a RELAÇÃO estabelecida entre o cliente e o analista, daí a importância do cliente conhecer a metodologia do profissional.

São muitos os resultados encontrados nesta relação, podemos destacar alguns:
O cliente consegue:
-         amparar os próprios sentimentos;
-         orientar a sua própria razão;
-         iluminar a sua consciência;
-         desenvolver a arte de perguntar-se a si mesmo;
-         descobrir suas próprias crenças e convicções pessoais;
-         perceber os seus próprios padrões de ser, de agir e de pensar, por detrás das suas escolhas, tomadas de decisão e atitudes.

Muitas pessoas reclamam que fizeram um tempo de terapia (análise) e não alcançaram os resultados desejados. Há um equívoco. Quando chegou o momento do cliente deixar o set terapêutico, seja qual for o motivo, sua questão inicial foi elaborada. Houve, sim, um resultado, talvez não o esperado, porém o cliente não saiu mais o mesmo. Talvez fixado no que esperava, não percebeu o resultado diferente obtido e não pôde aproveitar a oportunidade.

A Psicanálise é uma ferramenta para autoconhecimento. No seu primeiro estágio é de limpeza emocional, o mais difícil e dolorido, pois leva a pessoa a reviver suas dores, mas depois passa a ser de autodesenvolvimento, estágio bem mais gostoso, e sem fim.
Psicanálise? Eu, não! ... Não?... Por que não?...
Então, seja bem-vindo(a)!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista


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RESGATE DO SAGRADO FEMININO!

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Muito se fala sobre o sagrado feminino, mas o que de fato é isso?

Sagrado feminino é a centelha mágica que habita na essência de cada mulher, é a auto segurança e a auto confiança, sua capacidade de moldar o mundo positivamente ao seu redor.
Está diretamente ligada com a imagem que a mulher tem de si mesma e com a imagem que é transmitida as pessoas ao seu redor.
Se formos fazer uma viagem no tempo, vemos que em torno da Pré- história que a mulher era vista e também representada como sagrada, uma confirmação disso é a estátua da Vênus de Willendorf. Nesta fase os homens viam as mulheres como as doadoras da vida, a vida crescia dentro delas. Naquela época ninguém associava o ato sexual como causador da gravidez, eles acreditavam que só um ser abençoado seria capaz de desenvolver e gerar a vida em seu próprio ventre. As mulheres tomavam banho de Lua, estavam conectadas com a sua espiritualidade, era entendido então que as divindades abençoavam as mulheres com a gravidez.  Sendo assim as mulheres eram sagradas e muitíssimo aceitas na sociedade.
O fato de ser sagrada foi se tornando para a mulher uma fonte de poder, pois outras habilidades dela foram sendo desenvolvidas, as mulheres foram se tornando poderosas dentro de seus próprios limites, detentora dos conhecimentos mágicos, ervas, emoção e assim todo este poder foi visto como uma ameaça.
Tem um conto Yorubá que retrata muito bem isso. Todas as Yas (orixás femininas) decidiram se reunir para ter um momento mágico só de mulheres e para garantir que só elas entrassem, as Yas ingressavam em seu círculo, apenas com as saias, permitindo que os seios ficassem a mostra.
Elas rezavam, conversavam e recitavam encantamentos,  a magia que elas geravam era tão grande, tão poderosa que elas atraíram uma divindade muito acima delas, elas que por si só já eram poderosas.
Os orixás (homens) enciumados com o poder que elas foram capazes de gerar e temendo que tamanho poder fosse projetado contra eles, bolaram um plano para que elas deixassem de ser a potencia que eram , infiltraram através da vaidade a inveja entre elas e onde haviam Yas unidas, se tornou local de competitividade. Elas não mais se reuniam para rezar ou entoar cânticos, pois agora elas se tornaram rivais. E a paz dos orixás masculinos foi preservada.
A partir do momento em que as mulheres se desuniram, se tornaram rivais elas automaticamente permitiram desenvolver em suas almas chagas e feridas, as primeiras feridas foram causadas pelo masculino, mas quem dá manutenção em todas estas feridas são as próprias mulheres, que não conseguem ter mais credibilidade em outras mulheres, não conseguem mais ter amizade genuína. Está no inconsciente feminino de tantas mulheres feridas causadas por outras mulheres e também por outros homens.
Com este texto não faço apologia contra os homens, pois os homens também tem suas feridas que precisam ser curadas, encontrar o sagrado neles também para que suas ações e seus pensamentos sejam voltados para o equilíbrio entre homens e mulheres, masculino e feminino.
Espero que minhas palavras possam, especialmente, tocar o coração de cada mulher e conduzi-las ao caminho de vota para casa, um caminho de volta ao resgate do sagrado feminino, um caminho de cura, uma jornada pessoal de resgate da sua própria beleza, individualidade, convívio social equilibrado, espiritualidade, independência e principalmente poder.
Abençoadas sejam todas as mulheres em suas jornadas caminhando em direção ao centro de seus inconscientes e emoções, descobrindo a essência de quem realmente são.


Lumina Eterna
Psicologa
Sacerdotisa de Hécate

Sacerdotisa Iniciada da Tradição Caminhos das Sombras


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O SABER QUE MUDA NOSSAS VIDAS!

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“Conheça-te a ti mesmo! – Sócrates
Conheça a Verdade e ela vos libertará – Jesus

Quando crianças nossos pais insistiam que devíamos primeiramente estudar. Já ouvimos comentários do tipo: aquela pessoa com o estudo que tem não poderia ter agido daquela maneira. Muitas pessoas comentam se tivessem estudado teriam uma vida melhor. Estes fatos têm uma coisa em comum: a crença no saber que melhora a qualidade de vida.

Passamos o tempo todo fazendo escolhas e tomando decisões. Nossas escolhas determinam nossas atitudes. Nossas atitudes promovem os nossos resultados sendo favoráveis ou desfavoráveis. Os nossos resultados afetam a qualidade da vida das pessoas à nossa volta. É desta forma que todos nós buscamos o conhecimento técnico sobre a vida.

Temos diversos tipos de conhecimentos: conhecimento espiritual, profissional, financeiro, corporal, afetivo, técnico, e cada um em diversos estágios. Há pessoas que não acreditam no conhecimento ou não fazem uso do conhecimento que possuem em suas vidas particulares.

Temos muitas informações a nosso respeito, mas o que faz a diferença é o conhecimento. Ao término de um livro, temos informações. Quando experimentamos essas informações, aí, sim, temos conhecimento. A partir daí, esse conhecimento influenciará as nossas escolhas. O fato é que somente a vivência de uma informação transforma a mesma em conhecimento, pois a nossa emoção é o agente que opera a mudança.

Nós, terapeutas preconizamos o conhecimento sobre nós próprios a partir das nossas emoções, conhecer as nossas emoções, cada um com sua metodologia particular. Eu sabendo sobre mim! Você conhecendo você!

Temos um jeito de ser, de agir e de pensar. Olhamos, ouvimos, sentimos, cheiramos, comemos, etc., sempre do mesmo jeito, este jeito se torna num padrão. Não fazemos nada diferente do nosso padrão de fazer. Como conseqüência temos sempre os mesmos resultados.

Os resultados falam dos nossos padrões, sobre o que, de dentro de nós, contribuiu para eles. Assim, tudo o que há a nossa volta fala de nós, é a materialização do que sentimos.
O objetivo maior é conhecer o nosso próprio padrão. Exemplo, sobre o meu padrão de olhar: o que vejo? Como vejo? O que faço com o que vejo? Assim eu olho a vida, olho o mundo, olho os fatos e com base neste olhar faço as minhas interpretações, e delas vêm as minhas atitudes.
Mas, se conheço bem como eu olho, se percebo as minhas tendências no meu olhar; se percebo o mesmo sentimento, as minhas crenças secretas, minhas carências, oculto em cada olhar, então, eu mudo as minhas escolhas. Saio do padrão, entro no diferente.

Tenho insistido que o conhecimento sobre mim muda a natureza das minhas escolhas. Ao conhecer o meu padrão de olhar, minhas atitudes para comigo mesmo mudam. Essa mudança é percebida pelas pessoas à minha volta, que por sua vez, vão buscar uma nova maneira de se relacionar com a minha nova atitude, dando-me a impressão que foram elas que mudaram. Conhecer os meus padrões me torna uma pessoa melhor.

E se eu conhecer os meus verdadeiros sentimentos e como eles se manifestam? E se eu conhecer o verdadeiro motivo das minhas ações e como eu ajo? E se eu conhecer a base das minhas interpretações dos fatos, como eu interpreto e o que faço com elas? E se eu conhecer os meus desejos secretos e como influencio as pessoas?

Estudar e acreditar no conhecimento sobre mim. Conhecer o meu jeito de ser e aceitar o que eu tenho. Fazer escolhas, tomar decisões e agir conforme o que eu sei sobre mim. Aprender sobre mim a partir das pessoas, situações e coisas à minha volta. Este conhecimento sobre mim me libertará dos meus próprios padrões nocivos, melhorando a mim, o outro, o mundo e a qualidade da Vida.
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista


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SOMBRA - O JOGO DOS OPOSTOS!

bem versus mal - coisasdobardo.blogspot.com

Antes de desenvolvermos este ensaio apresentamos o conceito de opostos complementares. Um pólo é ligado a um outro pólo completamente diferente, seu oposto, mas que se complementam. Um depende do outro para existir. Se um for eliminado, o outro também será. Quanto mais um pólo ficar ativo, mais o outro tenciona, até que ocorra a precipitação ao pólo oposto. Exemplo: guerra e paz.

Apresentamos também a outra pilastra deste ensaio, a informação obtida nos manuais científicos e esotéricos de que o nosso cérebro rejeita a dor e busca o prazer, que também, rejeita o desconhecido e se fixa no que é conhecido.

Assim, desenvolveremos o jogo dos opostos, Sombra e Luz, no passo-a-passo, sendo Luz o pólo onde há tudo o que eu quero, que está no meu consciente e Sombra, seu pólo oposto, sendo tudo o que eu não quero e que está no meu inconsciente.

Observe este desejo: Eu quero ser feliz! No primeiro momento há algum problema com este desejo? Vejamos este mesmo desejo de uma outra forma. Eu quero... se eu quero, é porque eu quero algo, quero ser ou ter. Se quero é porque não tenho ou não sou. Então, neste caso, eu quero ser feliz! Este desejo está no pólo Luz.

Se eu quero ser feliz é porque eu não sou feliz. Se eu não sou feliz, então, quem eu sou?

Pronto, eu me precipitei para o pólo oposto.
EU SOU INFELIZ!
Este sentimento está no pólo Sombra.

Se o cérebro rejeita o desconhecido e fica no conhecido, então, no pólo Luz o desejo de ser feliz NÃO EXISTE, pois estou querendo ser o que eu não sou. Ser feliz é algo que o meu cérebro não conhece. Já no pólo Sombra existe o quem eu sou realmente e tudo que sempre faço para me tornar uma pessoa infeliz!

No pólo Luz, aceito o desejo de querer ser quem eu não sou. No pólo Sombra eu rejeito a idéia de ser quem eu sou verdadeiramente.

Se no pólo Luz estou querendo ser quem não sou, então, minhas escolhas, decisões e atitudes JAMAIS alcançarão o desejo de ser feliz, pois este desejo é irreal, uma ilusão. Se é uma ilusão, então é uma PROJEÇÃO! Uma projeção mental que me faz viver sempre nela. Esta projeção se transforma na minha MÁSCARA! Aquilo de mim que eu mostro aos outros. Eu minto a mim mesmo que sou feliz!

No pólo Sombra, ao rejeitar quem sou, então, minhas escolhas, decisões e atitudes REFORÇAM ainda mais a minha infelicidade, pois a infelicidade é a minha REALIDADE, algo de que não posso fugir, pois eu só sei ser infeliz e isto eu não desejo mostrar a ninguém.

Se no pólo Luz as minhas atitudes não trarão os resultados desejados, então minhas atitudes são uma busca frenética por prazer, anestésicos, satisfação, coisas substitutas, distrações. Estou numa NEUROSE, sendo quem eu não sou, procurando por algo que não existe.(*) No pólo Sombra minhas atitudes são para negar, recalcar, reprimir, sublimar o que de fato existe, isto me levará ao constante comportamento de fuga. Fugir do que é conhecido. Fugir da infelicidade, FUGIR DO VAZIO!

Se no pólo positivo vivo uma busca frenética por prazer, então, no pólo negativo minhas ações são para fugir da DOR! Ser quem eu sou dói! A minha realidade é composta por sentimentos de mágoa, decepção, frustração, ressentimentos, desejos de vingança, intolerância, “raivinhas” e ódio. Estes sentimentos são sustentados por crenças perniciosas, secretamente escondidas, tais como: crença na falta e na escassez, crença num mundo hostil e perigoso, crença no abrigo, proteção e porto seguro, crenças estas nascidas no ambiente familiar da infância. A crença mais difícil de se erradicar, a mãe de todas as outras, é a crença no sofrimento, a identificação com o sofrer. Estes sentimentos não criam a menor disposição para se mexer neles.

Se no pólo Luz, ao alcançar-se um desejo, a sensação de prazer não for total, não “zerar o cronômetro”, não preencher um vazio interior, é indicativo de um conflito e todo conflito nasce quando percebemos que as coisas não estão saíndo do jeito que queremos. O problema pode estar ou no objetivo desejado ou na sensação esperada. O prazer a ser atingido deve ser total, pleno, assim como o desejo de beber água quando se está com sede. Ao beber a água a sensação de sede acaba. A busca se torna frenética quando o seu objetivo é para evitar os momentos vazios, a ausência de prazer, a distância entre um prazer e outro.

No pólo Sombra, justamente quando se experimenta o prazer que a projeção proporcionou, o que é rejeitado se manifesta mostrando que o prazer alcançado não é suficiente. Tenta nos chamar a atenção escapando-se nos intervalos entre os prazeres ou mesmo na saciedade. É quando alcançamos o prazer que a Sombra se manifesta. É sempre um tormento, tanto na Luz quanto na Sombra! Se no pólo Luz a busca frenética não dá a sensação de saciedade, na Sombra o descaso aos sentimentos difíceis nos faz enlouquecer. Quanto mais tento ser quem não sou, mais reforço quem sou.

Se no pólo Luz a busca frenética termina na depressão, ansiedade e frustração. No pólo Sombra o descaso leva ao acidente, à doença e à morte. É porisso que a Sombra é extremamente perigosa enquanto não for enxergada, pois suas conseqüências sociais são: ou hospital, ou cadeia  ou cemitério.

No pólo Luz, a saída deste pólo é responder com muita sinceridade duas questões fundamentais: 1a.- Quem sou eu? – 2a. o que desejo, realmente? É a oportunidade que o pólo Sombra aguarda com tanto desejo para se apresentar. Já a saída do pólo Sombra é através do verbo ACEITAR. Aceitar o que é! Encarar frente a frente os sentimentos difíceis. Conversar com a realidade e JAMAIS, jamais tentar MATAR a Sombra! Assim a Sombra se integra à Mascara, porque a realidade é transformada. A Máscara vai reinando até que a Sombra se manifeste, provocando mudança. A Sombra passa a reinar até que nova Máscara venha a se manifestar. Neste jogo, neste ritmo, Jung denominou alcançar a “ideação” e os esotéricos de alcançar a iluminação.

Se a escolha pessoal for a de permanecer indefinidamente no pólo Luz, uma das conseqüências a ser enfrentada é a rota de colisão com a ansiedade, a frustração, a depressão e às constantes repetições. Se a escolha for a de permanecer sempre no pólo Sombra, negando-o, a conseqüência direta é o desespero. Em muitos casos, este sintoma, leva a pessoa a buscar o set terapêutico.

Vejamos, se um pólo está muito excitado, provoca a manifestação do pólo oposto. Assim, mesmo que a escolha for permanecer no pólo em que se está, há, no entanto uma forma de se viver bem com ele. O atalho é justamente este: ACEITAR! Ou aceite a sua máscara ou aceite a sua sombra, em outras palavras, viva bem com a vida que tem, com o dinheiro que tem, com o cônjuge que tem, com a religião que tem, com o corpo que tem, com o trabalho que tem. Aceite o que é, aceite o que tem! Viva “desencanado”!

Já a permanência perniciosa no pólo Luz é percebida pelas frases: Eu quero..., pois tudo o que vem depois desta frase não existe. Eu não aceito..., demonstra intolerância! Eu não consigo.. no fundo Eu não quero. É difícil... no fundo Eu não quero! A permanência no pólo Sombra se percebe através das sensações de desconforto, incômodos, irritação e insatisfação. Quando estes sintomas começam a ser percebidos na vida da pessoa, é chegada a hora dela entrar em contato com o que é rejeitado, escondido, negado. O pólo Sombra está se manifestando.

Então o caminho da Sombra é a resolução?
Vejamos: Eu sou infeliz! Quais as vantagens de eu me tornar uma pessoa infeliz? Estou recebendo mais atenção, amor, dinheiro por ser infeliz? Se uma pessoa através de sua doença recebe mais afeto, deve-se, então curar sua doença? Qual o sentimento central que sustenta a minha infelicidade? Qual sua origem? Estou realmente interessado em abrir mão dele? Tenho identidade no sofrimento? Em qual situação eu fiz a escolha real pelo prazer? Agora o outro caminho: Vou viver realmente quando me aposentar! Quando alcançar a renda de ... não precisarei mais trabalhar! Ainda não encontrei a pessoa certa!

Finalizando, para iniciar a percepção deste jogo dentro de nós, será identificar primeiro o pólo Luz e depois identificar o seu oposto complementar. Se a paridade não ocorrer, o desenvolvimento estará comprometido, sob o risco de não se chegar ao que se é a partir do que se quer.
Experimente, então, responder estas questões: Quem é você? O que você deseja realmente?
(*)Arthur Janov em “O Grito Primal”
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista


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