Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

DOMINAR OS OUTROS!

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Temos uma necessidade inconsciente de dominar os outros, de controlar o comportamento alheio. Entramos em conflito emocional quando constatamos que as coisas não estão saindo do jeito que queremos, o que na verdade é que o outro não está fazendo do jeito que eu quero.

A forma como somos educados contribui para esta questão. No nosso estágio de infância, nossos pais ou responsáveis têm um peso fundamental sobre o nosso comportamento, mas, também, liberam este peso quando alcançamos a maioridade. Porém, o aprendizado de nos tornarmos policiais uns dos outros já foi concluído.

Tudo o que é tem a sua importância, se é assim, é porque é necessário, mas, há um momento em que podemos interferir sem causar prejuízos ao processo: quando conquistamos a consciência!

Os relacionamentos são destinados ao encaixe de uns com os outros e não ao jogo de domínio e poder de um sobre o outro. O problema surge quando desconhecemos a regra do livre-arbítrio e do contexto ao qual estamos inseridos.

Nossos desejos, vontades e necessidades impõe algo a alguém, que por sua vez, tem o arbítrio de aceitar ou não o que estamos lhe impondo. O que será que acontece com a nossa felicidade quando ela está formatada sobre o comportamento do outro? Uma coisa é certa, precisamos saber a diferença entre convidar e impor. Convites são sempre bem-vindos, as imposições não.

Um pai combina com seu filho, que ele deve chegar tal hora em casa, para não ficar exposto à violência urbana e que estará em estado de tensão até a sua chegada. O filho, porém, se atrasa e chega depois da hora marcada. O pai lhe recebe com uma briga por não ter obedecido à ordem. Tendo em vista que o filho chegou são e salvo, haveria o motivo da briga? Qual o contexto que gerou a briga? O do filho ter chegado são e salvo fora de hora ou o do poder que o pai não teve sobre a vontade do filho?

Num evento social, um parceiro está entretido numa entrevista. O outro parceiro pede-lhe que lhe sirva uma bebida. Isto implica ao parceiro deixar de fazer o que está fazendo para servir o outro. Solicita-lhe, então, um tempo para lhe atender. Quando lhe serve a bebida recebe uma bronca. Qual o contexto da bronca? A bebida que não foi servida no tempo desejado ou o poder sobre o parceiro em lhe interromper? O que o pedinte queria realmente?

Quando formatamos nossa felicidade sobre nossas próprias mãos, oferecemos ao outro convites gentis, generosos, de se encaixar conosco. Temos a dimensão exata do que estamos impondo e ao que nos está sendo imposto. O paradigma antigo é: sou feliz porque tenho o poder de fazer ao outro o que eu desejo. Esta crença leva a feridas e distanciamentos emocionais nas relações.

Já o novo paradigma é mais divertido: Sou feliz porque o outro só pode fazer o que deve fazer se eu fizer o que eu tenho que fazer. Como o outro conseguirá realizar o que deseja, se eu não realizar o que devo realmente fazer?

A escola eneagramática prega que as pessoas esquecem de si mesmas. Penso que pode ser este o motivo de nos precipitarmos sobre o outro. Se eu esqueço de mim, então, eu só me lembro do outro. Quando estamos fora dos relacionamentos, dizemos que relacionar é compartilhar, trocar, mas quando entramos ficamos presos ao jogo aceitar as imposições do outro ou impor as nossas condições.

Para conquistarmos a consciência, necessitamos fugir da tentação de controlar o comportamento alheio. Por mais que tentemos, não conseguiremos dominar por muito tempo o que uma pessoa pensa e sente. Devemos questionar a verdade das nossas intenções por detrás dos nossos desejos e vontades, pois os relacionamentos são regidos pela Lei Espiritual da Compensação e da Troca. Devemos, por fim, estarmos conscientes dos nossos próprios comportamentos e como eles afetam o outro.

Por Silvio Farranha Filho – Psicanalista


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AUTOCONHECIMENTO!

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Autoconhecimento é o conjunto de informações que temos a nosso respeito.

Questões:
Para quê estas informações servem?
Ter informações a meu respeito é o mesmo que ter autoconhecimento?
Após ler um perfil psicológico onde eu me enquadro é a garantia de que eu já me conheço?

É possível que, o que entendemos por autoconhecimento seja algo diferente do que realmente é.

Sim! Há milhares de fontes de informações a nosso respeito no ar e todas elas são absolutamente verdadeiras. Porém dependendo do que entendemos por ser autoconhecimento podemos nos tornar simplesmente uma enciclopédia, com informações teóricas minimamente vividas. Novamente, para que as informações a nosso respeito servem?

Todas as pessoas fazem escolhas, sejam da hora que acordam até a hora que adormecem, do dia primeiro ao ultimo dia do ano, do momento que nascem até o ultimo suspiro de vida. Isto nos leva a crer que  nascer nos dá uma missão de aprender a fazer a escolha certa, durante toda a existência. Ao final da vida, iremos constatar que nossa vida foi o resultado de nossas escolhas. Escolhas conscientes ou inconscientes, pensadas ou automáticas, de boa vontade ou forçadas, sempre fazemos uma escolha.

O autoconhecimento, então, influencia as nossas escolhas. Tomar uma decisão, baseada no que sabemos sobre nós é muito melhor do que tomar uma decisão estando cegos de nós. O que sabemos sobre nós faz uma diferença positiva no momento da escolha e a conseqüente decisão trará resultados sempre positivos.

Como disse mais acima, podemos ter muitas fontes de informações e basta acessá-las para estarem disponíveis. Penso que o mais interessante é o modo como obtemos as informações. O jeito interessante é a nossa capacidade de extrair lições das nossas próprias experiências. Após a vivência de uma experiência devemos nos perguntar quais foram as lições que tiramos dela, verificar o que realmente aprendemos sobre nós.

Antes de fazermos uma escolha, podemos fazer algumas perguntas a nós mesmos: quem sou eu nesta questão? O que eu quero realmente ao tomar esta ou aquela decisão? O que estou realmente disposto a fazer para ter o que desejo? O que estou sentindo nesta situação? como eu estou me sentindo? O que estou realmente fazendo com o que estou sentindo? As respostas nos levarão ao melhor posicionamento na questão e a escolha correta se apresenta tranquilamente. Os resultados, além de satisfatórios, podem nos trazer ainda mais lições.

Qual a diferença, então?
A diferença está na fonte. A fonte interna! Buscamos informações a nosso respeito em nossa própria fonte, que somadas, às informações externas, o nosso processo de escolha torna-se imbatível. Somos felizes por sermos quem somos, fazemos o que realmente devemos fazer e temos sempre o que desejamos.

A fonte interna nos mostra nossa VERDADE! Conhecendo a nossa verdade nos libertamos do nosso processo inconsciente de fazer escolhas.

As fontes internas enchem o nosso cérebro de material. No processo de escolha (que é escolher por uma das possibilidades, rejeitando-se a outra) o nosso cérebro tem mais recursos para trabalhar, flui melhor. E para trabalharmos com a nossa fonte interna será necessário revisarmos o nosso conceito de autoconhecimento.

Autoconhecimento é a nossa capacidade de extrairmos informações a nosso respeito e vivenciá-las; é descobrir nossos potenciais; é a nossa capacidade de reservarmos um tempo para nos dedicarmos ao estudo dos nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos; é a coragem que temos de nos olharmos abaixo da superfície e entrar em contato real com a nossa Verdade; é a capacidade de nos fazer perguntas para nos enxergarmos além das nossas máscaras; é a capacidade de vivermos com nós mesmos, do jeito que somos; é integrar o que pensamos ao que sentimos, e também é a sabedoria de não eliminar o que já somos e, sim, nos  completar com o que ainda não somos.

Por Silvio Farranha Filho – psicanalista


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SELF !

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“Seres humanos são os únicos que podem criar um self.”- Debbie Ford – ‘O Efeito Sombra’

Self  é uma construção interna com a qual lidamos no mundo. É a nossa identidade pessoal. É o que nos classifica como um ser individual. O “Eu”, Ego, a nossa forma particular de ser, de agir e de pensar. Também conhecido como “psique”.

Esta estrutura interna é formada pelos nosso desejos, necessidades, vontades, crenças, experiências e aprendizados, etc.

Uma pessoa vê o mundo encantador e outra pessoa vê o mesmo mundo como hostil. O mundo apenas é, mas cada pessoa o vê conforme sua estrutura ou seu self.

Todos nós temos self e compartilhamos o nosso self com o self das outras pessoas.

Tudo o que fazemos ou sofremos afeta diretamente o nosso self, ou seja, afeta a  forma como vemos e como reagimos ao que vemos. Para uma pessoa que sofreu um acidente, o fato apenas destruiu o seu sentido de mundo, e não o mundo. A recuperação nada mais é do que o tempo de reconstrução do self.

O self pode ser reconstruído a cada instante, daí a recomendação de se extrair lições de toda e qualquer experiência. A Psicologia recomenda que diante de toda e qualquer escolha organizemos o nosso self com as seguintes questões:
-         quem sou eu?
-         O que quero realmente?
As escolhas feitas influenciadas por estas informações são sempre satisfatórias, não causam arrependimentos, nem culpas.

Self é o nível de compreensão que a pessoa tem de si mesma. Nenhum self é melhor que o outro, o que existe são níveis de consciência. Se uma pessoa se declara perdida é porque o seu self está profundamente abalado. Com ajuda do processo terapêutico, ela mergulha profundamente nas fundações de sua psique, identifica e erradica as crenças perniciosas que foram responsáveis pela perda da identidade e reconstrói novo self.

As nossas crenças pessoais formam a base do nosso self. Quanto mais estivermos identificados com elas, mais difícil, lenta e dolorosa se torna a nova significação  do self.

Tudo o que entra no nosso sistema corpo-mente passa pelo crivo de nossas crenças, valores, conceitos, paradigmas internos e daí damos nossa resposta ao mundo. O que é desconhecido para o nosso sistema na maioria das vezes é rejeitado e quase sempre ficamos com o que é conhecido, familiar. È porisso que atraímos doenças, acidentes, por serem as melhores formas de mudarmos o nosso self.

Jung estabeleceu o processo de individuação, propôs como caminho conhecer a própria Sombra. Isto quer dizer que devemos conhecer os conteúdos que formam a nossa personalidade. Em termos mais simples, tornar conhecido o que está no nosso inconsciente. Com este autoconhecimento é possível construir um self de qualidade impar, capaz de proporcionar relacionamentos maravilhosos conosco próprios e com os outros.

Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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