“O medo do fim não faz mais efeito em mim o prazer
de recomeçar paira sobre um clima sublime que está sobre o ar”, este é um verso
da musica “Medo do Fim” da banda Aliados 13, que nos trás em sua essência uma
importante mensagem: cultuar a vida, respeitando a sua transitoriedade.
Via
de regra cultua-se o fim. O que nós mais tememos é a morte, o fim do que é
conhecido, sofremos ao lado da presa, nos documentários sobre a vida dos
animais na selva, porque estamos presenciando o fim da vida para ela. Temos
imenso horror ao que acaba, ao que passa. Sofremos indescritivelmente quando
perdemos o apego e a ilusão, fim do que eu era, fim do que eu tinha, fim do que
eu fazia.
Pregamos que amamos a vida, a beleza, o amor, mas
quais são os verdadeiros sentimentos, pensamentos, emoções que sentimos quando
o nosso vizinho demonstra que está realmente feliz? Quando o sol surge no
horizonte o que cultuamos, o fim da noite ou a graça da oportunidade de viver
mais um dia? Quando o sol se põe, o que cultuamos, o fim do dia ou a
oportunidade de gozarmos a noite? Dizemos sempre: “- eu não estava preparado
para o fim da religião, ou do trabalho, do dinheiro, da saúde, ou do
relacionamento, etc. Em que realmente não estamos preparados? para o início?
para o fim? para o “enquanto dure”? Talvez, o nosso vizinho esteja desfrutando
das oportunidades que pairam no ar para ele.
A vida nos acontece, nela tudo é transitório, tudo
se renova, tudo se transforma, ou seja, TUDO MUDA e muito pouco podemos fazer a
vida acontecer, então vamos mudar a
nossa atitude diante do nosso momento presente mudando a nossa convicção
interna de que tudo tem um fim, para “- agora, é hora de...” e viver com
intensidade entre o que se iniciou e o seu inevitável fim, porém, se quisermos
realmente cultuar o fim, que tal, cultuarmos o fim dos nossos sentimentos e
pensamentos arcaicos, cristalizados, antigos ou obsoletos?
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista
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