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“Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo
como a ti mesmo! – Jesus (Lucas 27:10)
“Estar vivo significa que ocupamos a
casa do amor e devemos seguir suas regras.” I.Vanzant – Enquanto o Amor Não
Vem!
A vida humana, como em todo o
Universo, se manifesta através de leis imutáveis, se processando nos âmbitos
físico, psicológico e espiritual, com cada esfera regendo-se conforme suas próprias
normas.
Na área dos relacionamentos o
Amor é quem rege todas as regras.
A regra áurea estabelecida por
Jesus determina: o amor a Deus, o amor a si próprio e o amor ao próximo. Todo
sofrimento humano é causado justamente por se desrespeitar estas determinações.
Podemos então inferir que o Amor Próprio (que é a nossa capacidade
de nos amar), transborda de nós e alcança o Amor
Incondicional (que é a nossa capacidade de amar um outro fora de nós) que, continuando
a transbordar de nós, atinge o Amor
Universal (que é a nossa capacidade de amar a Natureza e a Deus).
Aprendemos sobre o Amor vendo
como o Amor se manifesta em nossos lares, principalmente o da infância e adolescência.
Através da nossa visão pessoal de como nossos genitores, ou responsáveis, se ama
um ao outro, criamos conceitos, valores, crenças, convicções e paradigmas
pessoais que, ao serem vividos em nossas experiências relacionais, criam enorme
confusão e sofrimento.
Tal sofrimento nos faz perceber o
quanto nossa visão está distorcida e perniciosa em relação ao verdadeiro Amor, daí
o convite inevitável para re-significar o nosso conceito sobre o Amor.
O primeiro passo para
re-significar o conceito de Amor dentro de nós é justamente resgatar a nossa
capacidade de nos amar.
O resgate do amor-próprio exige de
nós diversas percepções e descobertas:
- que amamos, apaixonamos, admiramos
no outro exatamente o que nos falta, aquilo que devemos nos dar por nossas
próprias mãos. O outro não consegue nos dar aquilo que não damos a nós mesmos;
- que ficamos irritados,
incomodados, aborrecidos e até mesmo odiamos no outro tudo aquilo que odiamos
em nós, tudo aquilo que fugimos ou negamos de nós, mas que temos o trabalho pessoal
de corrigir e resolver. O outro apenas nos mostra o que necessita ser resolvido
em nosso interior;
- que somente seremos amados pelo
outro se nos amarmos primeiramente. O outro só pode nos dar o que nos damos.
Questão: o que devo ter em mim para eu
poder amar esta pessoa do jeito que ela é?;
- que compartilhamos com o outro
exatamente o que temos! Se falamos que temos Amor, mas no mais profundo de nós
reina solidão, vazio de amor e de prazer, faremos escolhas baseadas nestes
sentimentos mais profundos. Isto quer dizer que a forma com que o outro nos
tratar estará denunciando o que somos de verdade, não estamos em condições nem de
dar e nem de receber amor;
- que se temos solidão, significa
que falta a nossa própria presença em nossa própria vida, assim, desenvolvemos
uma busca frenética por companhia, diversão e distração. Ao projetarmos esta
busca no outro, nos tornamos “pesados” para que ele nos possa amar.
- que dizemos que acreditamos no
Amor, mas de forma inconsciente manifestamos o Desamor, os resultados deste
paradoxo nos mostram que estar numa relação com o outro significa estar numa
relação com nós mesmos;
- que se estamos num relacionamento
e não experimentamos o Encantamento da Vida, algo está errado com a nossa
convicção sobre o que é o Amor. Se acreditarmos no Amor e não estamos recebendo
o Amor, há algo errado com a nossa identidade afetiva. É hora de saber quem
somos realmente e o que desejamos verdadeiramente.
- que há um paradigma
interessante sobre o Amor, que infelizmente desconheço a autoria, que diz:
“Seja feliz por ser quem você é, assim fará exatamente o que deve ser feito e
como conseqüência terá tudo o que quiser”,.
Estamos nos sentindo felizes em todas as áreas da nossa vida?
Veja bem, todas ao mesmo tempo. Então nossas crenças pessoais estão em
conformidade com o Amor. Nossas escolhas, decisões e atitudes estão sendo
influenciadas pelo que conhecemos de nós. Estamos seguindo as regras do Amor,
não importando o tipo de vida que estamos tendo.
Mas se estamos experimentando
conflitos, sofrimentos, tristezas, enfermidades, pobreza psíquica, física,
espiritual, então, não estamos seguindo as regras do Amor. Estas coisas estão nos
acontecendo para que aprendamos sobre o que é o Amor verdadeiro. É desta forma
que o Amor trabalha a nosso favor, pelo sofrimento ele reajusta as nossas
crenças pessoais e nos enquadra nas verdadeiras regras do Amor.
Por Silvio Farranha Filho - psicnalise
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