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Autoconhecimento
é o conjunto de informações que temos a nosso respeito.
Questões:
Para
quê estas informações servem?
Ter
informações a meu respeito é o mesmo que ter autoconhecimento?
Após
ler um perfil psicológico onde eu me enquadro é a garantia de que eu já me
conheço?
É
possível que, o que entendemos por autoconhecimento seja algo diferente do que
realmente é.
Sim!
Há milhares de fontes de informações a nosso respeito no ar e todas elas são
absolutamente verdadeiras. Porém dependendo do que entendemos por ser
autoconhecimento podemos nos tornar simplesmente uma enciclopédia, com
informações teóricas minimamente vividas. Novamente, para que as informações a
nosso respeito servem?
Todas
as pessoas fazem escolhas, sejam da hora que acordam até a hora que adormecem,
do dia primeiro ao ultimo dia do ano, do momento que nascem até o ultimo
suspiro de vida. Isto nos leva a crer que
nascer nos dá uma missão de aprender a fazer a escolha certa, durante
toda a existência. Ao final da vida, iremos constatar que nossa vida foi o
resultado de nossas escolhas. Escolhas conscientes ou inconscientes, pensadas
ou automáticas, de boa vontade ou forçadas, sempre fazemos uma escolha.
O
autoconhecimento, então, influencia as nossas escolhas. Tomar uma decisão,
baseada no que sabemos sobre nós é muito melhor do que tomar uma decisão
estando cegos de nós. O que sabemos sobre nós faz uma diferença positiva no
momento da escolha e a conseqüente decisão trará resultados sempre positivos.
Como
disse mais acima, podemos ter muitas fontes de informações e basta acessá-las
para estarem disponíveis. Penso que o mais interessante é o modo como obtemos
as informações. O jeito interessante é a nossa capacidade de extrair lições das
nossas próprias experiências. Após a vivência de uma experiência devemos nos
perguntar quais foram as lições que tiramos dela, verificar o que realmente
aprendemos sobre nós.
Antes
de fazermos uma escolha, podemos fazer algumas perguntas a nós mesmos: quem sou
eu nesta questão? O que eu quero realmente ao tomar esta ou aquela decisão? O
que estou realmente disposto a fazer para ter o que desejo? O que estou
sentindo nesta situação? como eu estou me sentindo? O que estou realmente
fazendo com o que estou sentindo? As respostas nos levarão ao melhor
posicionamento na questão e a escolha correta se apresenta tranquilamente. Os
resultados, além de satisfatórios, podem nos trazer ainda mais lições.
Qual
a diferença, então?
A
diferença está na fonte. A fonte interna! Buscamos informações a nosso respeito
em nossa própria fonte, que somadas, às informações externas, o nosso processo
de escolha torna-se imbatível. Somos felizes por sermos quem somos, fazemos o
que realmente devemos fazer e temos sempre o que desejamos.
A
fonte interna nos mostra nossa VERDADE! Conhecendo a nossa verdade nos
libertamos do nosso processo inconsciente de fazer escolhas.
As
fontes internas enchem o nosso cérebro de material. No processo de escolha (que
é escolher por uma das possibilidades, rejeitando-se a outra) o nosso cérebro
tem mais recursos para trabalhar, flui melhor. E para trabalharmos com a nossa
fonte interna será necessário revisarmos o nosso conceito de autoconhecimento.
Autoconhecimento
é a nossa capacidade de extrairmos informações a nosso respeito e vivenciá-las;
é descobrir nossos potenciais; é a nossa capacidade de reservarmos um tempo
para nos dedicarmos ao estudo dos nossos sentimentos, pensamentos e
comportamentos; é a coragem que temos de nos olharmos abaixo da superfície e
entrar em contato real com a nossa Verdade; é a capacidade de nos fazer
perguntas para nos enxergarmos além das nossas máscaras; é a capacidade de
vivermos com nós mesmos, do jeito que somos; é integrar o que pensamos ao que
sentimos, e também é a sabedoria de não eliminar o que já somos e, sim,
nos completar com o que ainda não somos.
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista
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