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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

A Capacidade de Nos Amarmos!

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A CAPACIDADE DE NOS AMARMOS!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

    O lar da infância é a nossa base de vida.
    No período infantil, até os seis anos, vivemos na polaridade feminina, onde o mundo da mãe é fundamental. Neste período recebemos a carga para lidarmos com relacionamentos, espiritualidade, maternidade, paternidade, sensualidade e prazer.
   Já no período entre sete e 14 anos, adentramos na polaridade masculina, onde o mundo do pai é essencial. Neste período recebemos a carga para respeitar a autoridade, a disciplina, a ordem, o dever e também como lidar com trabalho(produzir) e dinheiro.
Em se tratando de lar da infância, na ausência dos genitores, as polaridades são consteladas pelas figuras masculinas e femininas, ou as pessoas que constelam estas polaridades.
  Entre quatorze e quinze anos, estamos com nossa identidade pessoal pronta, temos as primeiras noções de quem somos, do que queremos e do que valemos, e ainda com a nossa escolha ou identificação pela polaridade masculina ou feminina.
  A vida que temos ou tivemos com os nossos genitores ou responsáveis por nossa formação afeta diretamente a nossa identidade pessoal e a forma como vivemos. Tudo aquilo que foi vivido ou que ainda vivemos com nossos pais, de bom ou de ruim, tem impacto direto na nossa vida adulta.
 Ao alcançarmos a maioridade, desejamos ter a nossa própria vida e mais cedo ou mais tarde partimos para a conquista dos nossos sonhos e objetivos de vida. Porém a forma como deixamos o lar da infância, ou o mundo psicológico/emocional dos nossos pais, nos permite voar livremente, ou nos aprisiona emocionalmente.
 Quando estamos aprisionados a sentimentos negativos oriundos da infância, não temos identidade própria, mesmo estando com nossa estrutura construída, com nossa carreira, patrimônio, família, etc., ficamos próximos deles numa busca frenética do amor materno/paterno que faltou ou não foi suficiente no período infantil. Uma das causas disso é o fato de não aceitarmos os nossos pais.
Quando trazemos do lar da infância desejos e anseios não vividos, dores, mágoas, frustrações, principalmente ressentimentos e raivas secretamente guardadas em relação aos pais, conforme diz J.G. Bacardi, afetam diretamente a nossa capacidade de nos amarmos, principalmente se viemos de lares onde imperavam o desrespeito e o abuso. Estes conteúdos negados, reprimidos e recalcados ao nosso inconsciente, formam um dos aspectos da nossa Sombra, uma espécie de “natureza”, afetando  diretamente a nossa forma de ser, de agir e de pensar e dificultando a nossa percepção sobre  nós mesmos.

A conquista da nossa autoaceitação, do nosso amor próprio, aceitando nossos pais como são ou foram, constitui uma tarefa trabalhosa, difícil e muito dolorosa, a qual exige  muita coragem e disposição para olhar nossos sentimentos difíceis, perturbadores, inconfessáveis, pecaminosos que residem dentro de nós.
A reconstrução da identidade própria exige um profundo processo terapêutico, cuja fase inicial é a mais difícil e dolorosa pois é realizada uma faxina emocional, culminando com a eliminação das crenças perniciosas.
Vencidas estas etapas experimentamos serenidade, autoestima, integridade, amorosidade e aprimoramento das nossas relações pessoais e afetivas.
Estar bem na vida adulta é estarmos com maturidade emocional sendo capazes de nos amarmos, para isso é indispensável estarmos harmonizados com os nossos genitores e com um novo significado do lar da infância.
Silvio Farranha Filho é psicanalista no Spaço Natureza & Terapias e desenvolve a Terapia Lux, um processo terapêutico, que promove a harmonização com genitores próximos, distantes ou falecidos.

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