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FERIDAS EMOCIONAIS!
Por Silvio Farranha Filho – Psicanalista
Toda
experiência que tivemos com os nossos genitores ou responsáveis por nossa
formação, dos zero a quatorze anos, fica gravada em nosso subconsciente,
principalmente até os sete anos onde somos mais vulneráveis.
Diante
de qualquer estímulo (imagem, cor, som, cheiro, expressão corporal,lembranças,
semelhanças, etc) as experiências armazenadas são ativadas e passamos a sentir
as mesmas emoções que sentimos quando foram gravadas.
Tendo
em vista que nossos genitores não são pessoas inteiras, completas, realizadas e
resolvidas, absorvemos deles todo lixo emocional(ansiedades, vida não vivida,
apegos, frustrações, medos, insatisfações) e da mesma forma quando nos tornamos
pais, incompleto que somos, transferimos nossas emoções negativas como “mensagens”
ao subconsciente dos nossos filhos.
Das
“mensagens” transferidas ao nosso subconsciente, duas são as mais fundamentais:
a dor de nos sentirmos oprimidos e a dor de nos sentirmos abandonados pelo outro.
Se
nossos genitores foram invasivos, impositores, controladores, dominadores,
punitivos, a ferida gerada em nosso
subconsciente é a dor de nos sentirmos subjugados e oprimidos pelo outro.Se tivemos genitores que foram incertos,
ausentes, misteriosos, imprevisíveis, evasivos, negligentes, a ferida
gerada é a dor de nos sentirmos abandonados.
No
período infantil a relação do bebê com a mãe ou zeladora é construída por total
dependência do outro. O outro se torna preponderante. O bebê não tem
consciência de “si mesmo” e se apaixonamos por quem lhe dá o seio e de forma
incondicional cuidados, segurança e satisfação. Esta relação é gravada no
subconsciente do bebê e as feridas
emocionais geradas serão sempre
revividas dentro dos relacionamentos a vida toda.
Nossa
criança interna quando “estacionada” no
período infantil terá uma percepção muito fraca de si mesma e total projeção no
outro. Irá transferir ao outro a total responsabilidade por lhe dar cuidado,
satisfação e segurança.
Isto quer dizer que entramos nos relacionamentos sem
identidade, carentes, solitários, possessivos, ciumentos, policiais do
comportamento do outro. Não conseguimos dar amor, só a pedir, exigir, receber,
receber, só enxergamos o outro. O outro por sua vez tem sua criança interna nas
mesmas condições tornando o relacionamento uma tarefa extremamente pesada a
dois. Reflita: como a sua criança interna está se comportando em seus
relacionamentos?
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