Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Feridas Emocionais!

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FERIDAS EMOCIONAIS!
Por Silvio Farranha Filho – Psicanalista

Toda experiência que tivemos com os nossos genitores ou responsáveis por nossa formação, dos zero a quatorze anos, fica gravada em nosso subconsciente, principalmente até os sete anos onde somos mais vulneráveis.

Diante de qualquer estímulo (imagem, cor, som, cheiro, expressão corporal,lembranças, semelhanças, etc) as experiências armazenadas são ativadas e passamos a sentir as mesmas emoções que sentimos quando foram gravadas.

Tendo em vista que nossos genitores não são pessoas inteiras, completas, realizadas e resolvidas, absorvemos deles todo lixo emocional(ansiedades, vida não vivida, apegos, frustrações, medos, insatisfações) e da mesma forma quando nos tornamos pais, incompleto que somos, transferimos nossas emoções negativas como “mensagens” ao subconsciente dos nossos filhos.

Das “mensagens” transferidas ao nosso subconsciente, duas são as mais fundamentais: a dor de nos sentirmos oprimidos e a dor de nos sentirmos abandonados pelo outro.

Se nossos genitores foram invasivos, impositores, controladores, dominadores, punitivos, a ferida gerada em nosso subconsciente é a dor de nos sentirmos subjugados e oprimidos pelo outro.Se tivemos genitores que foram incertos, ausentes, misteriosos, imprevisíveis, evasivos, negligentes,  a ferida gerada é a dor de nos sentirmos abandonados.

No período infantil a relação do bebê com a mãe ou zeladora é construída por total dependência do outro. O outro se torna preponderante. O bebê não tem consciência de “si mesmo” e se apaixonamos por quem lhe dá o seio e de forma incondicional cuidados, segurança e satisfação. Esta relação é gravada no subconsciente do bebê e as  feridas emocionais geradas serão sempre  revividas dentro dos relacionamentos a vida toda.

Nossa criança interna  quando “estacionada” no período infantil terá uma percepção muito fraca de si mesma e total projeção no outro. Irá transferir ao outro a total responsabilidade por lhe dar cuidado, satisfação e segurança.

Isto quer dizer que entramos nos relacionamentos sem identidade, carentes, solitários, possessivos, ciumentos, policiais do comportamento do outro. Não conseguimos dar amor, só a pedir, exigir, receber, receber, só enxergamos o outro. O outro por sua vez tem sua criança interna nas mesmas condições tornando o relacionamento uma tarefa extremamente pesada a dois. Reflita: como a sua criança interna está se comportando em seus relacionamentos?

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