Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Estar Apaixonado!

"Que animal você se transforma quando está apaixonado?" Joyce Pereira - 22/11/2016


ESTAR APAIXONADO!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

“Me apaixonei pelo que eu inventei de você”- Marilia Mendonça – Música: “De Quem é a Culpa?”

Quando estamos apaixonados por uma pessoa, na verdade, não estamos apaixonados pela pessoa(objeto de amor). Estamos apaixonados por aquela face de nós que o outro reflete, ou “puxa” de nós.
Estamos encantados por um lado nosso que a outra pessoa gratifica emocionalmente.
Vejamos esta situação:
Um homem idoso se apaixona por uma jovem, metade de sua idade. Na relação ele se sente jovem, orgulhoso de si, cheio de vida. Ele está apaixonado por este lado dele que ela dispara. Como ele não tem consciência deste fenômeno dentro dele, ele então projeta nela(objeto de amor) esta paixão. O que ele percebe é que ele está realmente apaixonado por ela.
Uma vez apaixonados, criamos um significado com o objeto de amor, e nos próximos quatro anos, tempo que a química da paixão corre em nosso sangue, vamos nos relacionar com o significado que atribuímos ao outro. No caso o homem pode significar a moça como sendo a “fada” da vida dele. Ele está apaixonado pelo lado jovem dele, mas ele projeta este amor para a “fada”.
Processo semelhante também acontece com ela; ele ao entrar na vida dela, disparou um lado dela que é apaixonante para ela e ela atribuiu um valor a ele. Ela se relaciona com o valor dado a ele e não com a pessoa dele.
É isto, quando estamos apaixonados, estamos na idealização; idealizamos o outro conforme nossas necessidades e amamos a imagem que o outro reflete de nós.
E quando a paixão acaba?
É quando descobrimos que o outro não se enquadra na imagem idealizada que criamos dele. É quando cada um enxerga o outro como ele é. Frustração, decepção e muito provavelmente o fim da relação. Mas quando os parceiros lidam com esta frustração e a relação prossegue, aí sim, começa a construção do amor entre eles.
Vejamos esta situação:
O homem idoso descobre na relação que ele se aprisionou à beleza dela. O lado jovem, orgulhoso de si, cheio de vida dá lugar ao ciumento, possessivo, controlador. O seu pior lado e que ele odeia. No processo de projeção, ele lança a ela esta raiva que ele sente dele, ele passa a odiá-la, porque ela lhe mostra este lado sombrio da personalidade dele. Em contrapartida ele também destrói o lado dela que ela gostava.
Quando alguém entra em nossa vida, é chegada a hora de entrarmos em contato com as características em nós de que o outro é portador. Se o outro ama a si mesmo, chegou  a hora de experimentarmos o nosso amor próprio através daquela relação. Se somos racionais e entra em nossa vida um parceiro emocional, é chegada a nossa hora de trazermos à nossa consciência o nosso lado emocional, enquanto para o outro é chegada a hora dele lidar com seu próprio lado racional. 
Estarmos apaixonados é estarmos em contato com a boa imagem que temos de nós, refletida pelo outro. O Objeto de amor pode ser pessoas, acontecimentos, coisas.

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