UM
PANORAMA DA PANDEMIA
Por
Silvio Farranha Filho – psicanalista
Neste ensaio
apresentamos 16 lâminas para os momentos de reflexões a fim de ajudar as
pessoas a enxergar o cenário em que estão envolvidas e a se posicionarem de
acordo com as suas emoções. Estes pontos foram extraídos de uma pequena
pesquisa que realizamos junto aos clientes nos primeiros dias da quarentena,
onde buscamos saber como elas estavam se sentindo dentro de suas casas e na sua
vida doméstica.
Partimos do ponto em
que o confinamento social exigiu ficar em casa. Ficar em casa é voltar para
casa, para a vida íntima, para a convivência com familiares e para as ligações
íntimas. Ficar em casa é lidar com diversos conflitos emocionais. Nesta
turbulência, perguntamos, como o período de confinamento pode ser positivo e
beneficiar as pessoas? Que organização interna a pessoa pode ter para a
retomada da sua vida? Que lições, são possíveis de se extrair dos conflitos
emocionais vivenciados no ambiente doméstico? Uma coisa é certa, o que se aprende
sobre si dentro de casa, no convívio familiar, é o que se leva para a vida
externa.
Como aproveitar este
ensaio? Os numerais indicam os aspectos dos conflitos, a seguir a mensagem e por
último a lâmina para a reflexão e ajuda da psicoterapia.
Ofereço-lhes, então,
estas lâminas!
1- O que é a pandemia?
Cenário: Em 2019, final
do ano, a China descobriu uma doença respiratória com altíssimo poder de
transmissão, extremamente perigosa, gerando óbitos, provocada pelo vírus
denominado de coronavirus-Covid19. O planeta inteiro, em pouquíssimo tempo, deparou-se
com milhões de infectados e milhares de
mortos. Esta realidade foi chamada de pandemia. Como nenhum país estava
preparado para tal fenômeno, surgiu uma busca frenética por salvar vidas. Enquanto
se procurava dar uma resposta ao problema, foi decidida uma medida radical:
suspender a vida social reduzindo-se, ao máximo, todos os eventos que permitam
a circulação e reunião de pessoas. Foi, então, implantado o confinamento das
pessoas em suas residências, podendo ser adotado o confinamento total, chamado
de lockdown e/ou o confinamento parcial, denominado de “quarentena”. As
autoridades médicas assumiram o controle da pandemia orientando a população de
acordo com as suas localidades. No Brasil, foi adotado o confinamento parcial. Todas
as pessoas foram orientadas a permanecerem em suas casas, a fim de se evitar a
propagação do vírus. Cada pessoa, então, teve sua liberdade de ir e vir
bloqueada, a suspensão da sua vida externa, fora de casa e, ainda, foi alterada
completamente a sua realidade emocional.
Medo, ansiedade, tensão,
angústia, tristeza, depressão, tudo isto perante a possibilidade de se infectar
e morrer. Os conflitos emocionais enfrentados no ambiente doméstico
constituíram-se em outro agravante. O pânico, por fim, tornou-se o panorama
inicial da pandemia.
Na busca de auxiliar as
pessoas a lidarem com o seu emocional, suas emoções, cientistas sociais,
psicólogos, psicanalistas, antropólogos, terapeutas, professores, pensadores,
filósofos, etc., se empenharam profundamente na compreensão da doença e
apresentar linhas de orientações à população. Neste estágio inicial da pandemia
uma linha de orientação é comum a todos: a importância de cada pessoa gerenciar
suas próprias emoções!
Os governos locais
preocupados com a pandemia e a economia, de forma planejada e por etapas, estão
liberando o retorno das pessoas à vida externa. Nossa preocupação reside na direção
em que bagagem emocional adquirida está seguindo: se está ajudando a pessoa a
ficar com ela, se conectar consigo mesma, utilizando a dor para se construírem,
ou se está ajudando a pessoa a se desconectar de si própria, utilizando a dor
para se destruírem.
Reflita: qual o seu
nível de consciência sobre a pandemia?
A psicoterapia tem por
objeto orientar a tua razão, a amparar os teus sentimentos e a iluminar a tua
consciência. Ela te ajudará a se posicionar dentro do conflito emocional, isto
é, saber quem você é e o que você realmente quer dentro da questão. Ela te
ajuda a dissolver a emoção negativa construindo uma linha de raciocínio, um pensamento
independente com uma lógica imparcial. Para isso, se requer um ponto de
partida, o contexto maior. Neste caso o contexto maior é a pandemia. Então
partimos da pandemia para chegar-se à questão emocional do momento. É por este
motivo que colocamos o que é a pandemia?
como ponto de partida, a lâmina no. 1. Um
exemplo: percebo-me inseguro. O que está me causando este sentimento é a
pandemia. O que é a pandemia para mim? A partir desta resposta desenvolvo uma
linha de raciocínio até chegar na emoção negativa que me incomoda.
Para cada lâmina a
seguir, comece com 1ª. lâmina o logicar de suas questões.
2-O confinamento
obrigou você a ficar em casa, a olhar para si, para a sua vida, para sua realidade
interna, para a sua verdade, para as suas crenças e valores. Deu-lhe aquele tempo
tão desejado para você ficar com você. Permitiu aquela oportunidade de você
olhar para o cenário que te envolve e/ou envolveu a fim de você entender o que
está acontecendo, entender o que fazer e entender como fazer. Um espaço para
você descobrir o que você faz e não deve mais fazer e para o que você não faz e
deve fazer.
Reflita: Como você está
lidando com a possibilidade de estar contigo, dentro de casa, num confinamento social
e com uma pandemia ao seu redor? A psicoterapia te ajuda a tirar a sensação do
“estar sem chão” , sem rumo, te direcionando a um prumo.
3-O confinamento tirou
a sua liberdade de movimentar-se tanto dentro, quanto, fora de casa, sua
liberdade de ir e vir. Isto mostrou que a
organização da sua vida mudou, que as coisas não são ou não estão no mesmo
lugar de antes. A pandemia apresenta o verdadeiro significado da palavra
“mudança”, pois ela está promovendo uma mudança radical em todos os níveis da
sociedade. Isto quer dizer que o mundo que você conhecia não existe mais.
Reflita: Como você lida
com MUDANÇAS em sua vida? A psicoterapia te ajuda a lidar com mudanças, a enxergar
a tua prisão interna, a despertar sua consciência sobre o teu conceito de
liberdade e a te capacitar para lidar com o diferente.
4-O confinamento, a
suspensão da vida externa e os conflitos domésticos, podem ou estão te levando
a um tormento: quando será que tudo isto vai acabar? Quando será que tudo voltará
ao normal? Veja, se você já vivia em
ansiedade e depressão antes da pandemia, agora estes sentimentos se tornam um
verdadeiro terror. Sim! Porque o vírus está no ar, ainda não se tem vacina,
remédio, o parque ambulatorial ainda em precárias condições de socorrer
pessoas. Se você não produzir a sua própria calma, paciência e confiança, você
corre o risco de “enlouquecer”. Ou pior, estes recursos internos já deveriam ter
sido adquiridos antes da pandemia.
As autoridades médicas
anunciam que conviveremos com o vírus por muito tempo. Primeiro será preciso encontrar
um remédio, uma vacina e depois, então, partir para a erradicação da doença.
Isto levará anos! Portanto, tenha em mente que a pandemia não “vai acabar”!
Quando ocorrer a
liberação do confinamento, o que você encontrará na sua vida? Desemprego?
Redução de jornada? De salário/receita? Trabalho em casa(home office)? Aulas?
Aulas em casa(on line)? Seus negócios? Falecimentos? Seu lugar de oração? Os
“points” (lugar onde você vê pessoas e também é visto por pessoas)que você
frequentava estarão nos mesmos lugares? Funcionando do mesmo jeito? Então, tenha
em mente que, sim, a quarentena, o confinamento, este, sim, vai acabar! Tenha
em mente que se as coisas foram alteradas, com um novo jeito de funcionar, quer
dizer que o “normal” que era antes, não será mais.
Reflita: Você enxerga
que o “normal antigo” não voltará mais e que você está caminhando para um “novo
normal”? A psicoterapia te ajuda a eliminar a tensão emocional do “quando vai
acabar?”, desenvolvendo internamente a tua calma, confiança e paciência, por
fim, te preparando emocionalmente para lidar com os desdobramentos do teu cenário
que estará por vir.
5-Ficar em casa! Cada
membro da família foi afetado pela pandemia de alguma forma e a maior
probabilidade é que cada pessoa tem e/ou terá algum tipo de perda. A realidade
varia de pessoa para pessoa. Alguns trabalhando em casa ao lado de pessoas que
necessitam sair, ao lado de filhos que precisam ficar em casa, ou com idosos
saudáveis ou enfermos, etc., tornando cada pessoa um ser individual, vivendo
sua individualidade dentro de um coletivo.
No caso, por exemplo,
do parceiro que tem que ficar em casa ao lado o parceiro que necessita sair,
não há mais consenso e isto altera a vida conjugal. Agora, cada um é
responsável por sua própria escolha e decisão, não mais dependendo do outro. Nasce
um novo tipo de parceria. Um não pode obrigar o outro a ficar, o outro não pode
obrigar o um a sair.
Reflita: Você enxerga
que a pandemia te obrigou a reconhecer o seu poder de fazer escolhas? O seu
poder de escolher? A psicoterapia te ajuda a reconhecer e a respeitar a sua
individualidade, a enxergar o seu papel e o seu próprio valor dentro da vida
coletiva, resgatando, por fim, o teu poder de escolher.
6-Ficar em casa ou
sair! O segundo nível de escolha é: a sua decisão entre você estar com saúde
(aquela esperada pelo governo, para organizar o parque ambulatorial) e você estar
infectado(a) (contrair a doença, obter diagnóstico, evoluir para tratamento em
casa ou no hospital. Uma vez internado(a), evoluir para cura ou para óbito). Se
você ficar em casa e não se contaminar, você faz parte da solução do Estado. Se você se contaminar, fará parte
do problema do Estado.
Reflita: Qual o seu
nível de consciência sobre as medidas de higienização contra a doença? Você
enxerga que sua escolha faz a diferença entre você estar com sua saúde e/ou
estar enfermo (a)? A psicoterapia te ajuda a se posicionar corretamente no
ponto de escolha e a decidir conforme os seus princípios.
7-Ficar em casa ou
sair! O terceiro nível de escolha é: Você se tornar um agente infeccioso ou
não! Você entra em contato com alguma pessoa que faz parte do chamado “grupo de
risco”? Isto torna você um agente infeccioso! O seu nível de consciência sobre
a pandemia melhora ou piora a condição de agente infeccioso. Você
pode ser portador do vírus e não se manifestar em você, isto é chamado de assintomático.
Consideremos este exemplo: Uma pessoa assintomática tem contato com uma
criança. As crianças são consideradas assintomáticas. Esta criança tem contato
com o avô dela (grupo de risco). O avô se infecta e vem a falecer. Em caso de isto acontecer percebemos que a
escolha da tal pessoa fez a diferença entre a vida e a morte de outra pessoa
que ela nem conhece.
Reflita: Você enxerga
que sua consciência sobre a pandemia e sua escolha pode fazer a diferença entre
a vida e a morte de uma pessoa? A psicoterapia te ajuda no seu despertar consciencial!
8-A vida dentro de
casa, a vida em família, as ligações íntimas, mostram a nossa capacidade de
estabelecer relações, sejam elas afetivas, fraternais, familiares e
interpessoais.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de criar, estabelecer e fortalecer relações? A
psicoterapia te ajuda no desenvolvimento da sua capacidade de se relacionar e neste
caso você pode, também, se beneficiar da capacitação terapêutica Curso
“Relações Interpessoais”, antigo “Curso Espelhos da Alma” que eu ministro.
9-A vida dentro de cada,
a vida doméstica, nos mostra a nossa capacidade de compartilhar. A palavra compartilhar,
nos dicionários significa: ter ou tomar parte de, partilhar com. O
individualismo, o narcisismo(olhar somente para o próprio umbigo), a crença do
ter e reter, não dividindo, o levar
vantagem, serão completamente extintos da vida das pessoas.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de compartilhar? De partilhar? A psicoterapia
te ajuda a compreender a importância do desapego.
10-A vida dentro de
casa mostra nosso potencial para a solidariedade, ou seja, a nossa capacidade de
doar, de enxergar o outro ao nosso lado, de olhar para a necessidade do outro e
dar algo de nós para o outro a fim de melhorar tanto a nossa vida quanto a vida
do outro. Surge então um novo paradigma: ganharmos, somente, se o outro ganhar.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de solidariedade? A psicoterapia te ajuda a
despertar o seu lado participativo.
11-A vida dentro de
casa mostra nosso espírito de cooperação. Nos dicionários a palavra ‘cooperar’
significa: atuar, juntamente com
outros, para um mesmo fim; contribuir com trabalho, esforços, auxílio;
colaborar. Vejamos este exemplo: Um náufrago aporta a uma ilha e lá tem um
coqueiro com apenas um coco. Ele come a fruta. Quando é resgatado, deixa a ilha
sem uma fruta a oferecer a outro náufrago. Outro náufrago aporta à ilha,
saboreia a fruta e planta a semente. Quando é resgatado, a ilha tem vários
coqueiros com várias frutas a oferecer a outros náufragos. Viver sempre
atendido, servido, sem oferecer nada em troca, sem fazer nada para merecer
(algo do tipo só “venha a nós”) são práticas entre as pessoas que a pandemia
veio por um fim
Reflita: O que você descobriu a respeito do
seu espírito de cooperação? A psicoterapia te ajuda a compreender a Lei
Espiritual da Compensação e da Troca.
12-A vida dentro de casa mostra o nosso espírito
de conteúdo, nossa criatividade. Aquela idéia criativa que melhora a vida de
alguém, diminuindo o sofrimento. A nossa capacidade de criar algo que alavanca
algum tipo de progresso ou algo que simplesmente faça uma diferença positiva na
vida de alguém. A “idéia” criativa nasce quando observamos as necessidades das
pessoas. A pandemia está gerando uma gigantesca rede de necessidades entre
pessoas e instituições.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de gerar conteúdos que façam uma diferença
positiva na vida das pessoas? A psicoterapia te ajuda a superar o sentimento de
inutilidade.
13-A vida dentro de casa,
na pandemia, mostra exclusivamente o nosso espírito do agora. Estar presente na
nossa própria vida. A ansiedade que é o grande vilão do sistema emocional
encontra nesta pandemia o seu grande inimigo: o hoje, o presente, o aqui, o
agora! Não há mais o amanhã, o futuro, o depois, o quando... A vida acontece
hoje, aqui, agora!
Reflita: O que você
descobriu da sua capacidade de estar presente em sua própria vida, do quanto
está eliminando preocupações com o futuro? A psicoterapia te ajuda a lidar
melhor com os sentimentos de solidão e de depressão, trabalhando o vazio
interior e a tristeza profunda.
14-A vida dentro de
casa mostra a nossa capacidade de Amar, do quanto compreendemos sobre o Amor. O
valor do Amor. Mostra o quanto amamos a nós próprios, o quanto amamos o outro
fora de nós, o quanto amamos a Natureza, o quanto amamos a Deus. Não importa o
nível de turbulência doméstica, este aprendizado é exigido, seja num lar de
suavidade e amor, seja num lar de tensões, discórdias e desarmonias. O Amor
Universal surge quando alcançamos a compreensão. Despertamos para o Amor ao compreender
as pessoas e as coisas aceitando-as como são.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de amar? A psicoterapia te ajuda a resgatar a
sua autoimagem, a sua autoafirmação e a sua autoestima através da erradicação
do comportamento perigoso de criticar e de julgar.
15-A vida dentro de
casa mostra a nossa capacidade de agradecer, do quanto somos gratos por tudo
que temos ou somos. Espírito de gratidão! Cabe aqui também o ato de celebrar
conquistas! Na verdade é o ato de ficarmos felizes com aquilo que pedimos e
conquistamos. Quantos de nós ficamos realmente felizes com nossos desejos
atendidos? Gratidão decorre da Devoção, da nossa crença em algo maior que nós,
que elegemos como Divino. Popularmente damos a isto o nome de espiritualidade.
A pandemia está sinalizando um caminho onde colocaremos o espiritual a serviço
da nossa vida cotidiana.
Reflita: O que você
descobriu sobre a sua capacidade de agradecer, de celebrar, de devotar-se e de se
conectar com o Universo? A psicoterapia te ajuda a se sentir feliz com tudo que
tem e abre as portas para a tua espiritualidade,
16-A vida dentro de
casa mostra a nossa capacidade de adaptação. A palavra “adaptar” nos
dicionários significa: ajustar(-se),
acomodar(-se) ou encaixar(-se) [uma coisa a outra]. modificar (algo) para que
se acomode, se ajuste ou se adeque (a uma nova situação, um determinado fim, um
meio de comunicação etc.). Adaptação está ligada à aceitação. A palavra
“aceitar” nos dicionários indica consentir em receber, estar de acordo ou
conformar-se. A pandemia é revolução, exigindo de nós aceitarmos a realidade e
fazer o melhor, aceitarmos o caos e dar nossa contribuição para a ordem. No
livro “Quem Mexeu No Meu Queijo” a orientação que o duende nos dá é: “Mudou?
Mude também”!
Reflita: O que você
descobriu da sua capacidade de aceitar e adaptar-se? A psicoterapia te ajuda a
aceitar a si mesmo(a).
E assim, estamos todos nós
mergulhados nesta pandemia, mas, será que nós entraríamos numa floresta sem a
ajuda de um guia? A psicoterapia torna-se uma bússola de fundamental
importância ajudando-nos a gerenciar
nossas emoções a fim de trafegarmos com mais segurança entre as árvores de uma
nova realidade.
E você, mergulhado(a)
na turbulência, não suportando mais a vida doméstica, mergulhado(a) na
ansiedade e depressão, querendo o retorno da vida antiga que tinha o mais
rápido possível, que tal gerenciar as suas emoções através da nossa ajuda?
Tendo em vista que os
atendimentos presenciais estão suspensos temporariamente, estamos prestando
atendimentos via on line. Agende, conosco, uma consulta ou pelo Skype (meu ID é
Farranha60) ou pelo Whatsapp (chat ou vídeo) enviando um mail para farranha@uol.com.br
Desejo-lhe boas
reflexões!
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