Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

IDENTIDADE FEMININA




Você que é mulher experimente responder estas questões: O que é ser menina? O que é ser moça? O que é ser mulher? O que é ser esposa? O que é ser mãe? o que é ser amante? O que é ser feminina? Em quais destas faces, de você mesma, você tem mais afinidade? 
  Você É MULHER só porque pertence ao sexo feminino? É companheira só porque tem um parceiro? É mãe só porque pariu filhos? É profissional só porque tem um emprego ou porque executa um trabalho? É espiritual só porque segue uma religião? Agora, ser companheira, mãe, profissional, espiritual são papéis sociais que você ocupa na sociedade por um tempo determinado, estes papéis são os resultados de suas próprias escolhas. Eles de alguma forma deixam de existir, desobrigando você de cumpri-los, tal como o profissional, quando chega a aposentadoria. Nos papéis você representa, você não é o papel. Se identificar com o papel, então você transfere para ele algo que está faltando em sua vida. A funcionária foi promovida a gerente. Ela atua como gerente, ela não “é” gerente. Ela “está” gerente. E como gerente recebe muitos prêmios. Ao perder a gerência, ela pode cair em depressão. O sofrimento a faz descobrir que os prêmios que ela recebia eram dados ao cargo que ela ocupava, e não para ela própria, pois sua identidade com o cargo era uma forma de receber prestígio, valorização, coisas essas que faltavam em sua vida.  
  Todos os papéis sociais são conflitantes por natureza. O seu lado filha conflita com o seu lado esposa. Então, o que sustenta todos estes papéis conflitantes? É a sua identidade feminina: o conceito de mulher que você construiu dentro de si mesma, através da relação com a sua própria mãe. É o poder feminino que emana de dentro você, poder este que ama, nutre, cuida, acolhe, aquece, reflete. Poder da receptividade e criatividade transformadora, que faz de você, mulher, um ser humano maravilhoso capaz de transformar uma cabana num lar aconchegante e construir dentro do seu homem escolhido os conceitos de marido, pai, amante, avô. A integração de todos estes papéis em sua vida depende muito do quanto você despertou para a mulher que há dentro de você e, do quanto você está harmonizada com sua mãe. Se sua mãe não tinha identidade feminina, você tem problemas com sua feminilidade. Seja a partir da relação com sua mãe e depois através das relações com as demais mulheres em sua vida sua tarefa é construir a sua identidade feminina, sempre feita através do amor a si própria mesmo estando desarmonizada com sua mãe, você pode reconstruí-la através da ajuda profissional. O psicoterapeuta irá conduzi-la na arte de interrogar-se a si mesma auxiliando-a na percepção de quem é você e do que quer de fato. Sabemos o quanto é difícil a construção de novos conceitos sobre os conceitos antigos. Também é difícil ser esposa, quando só se sabe ser mãe. A reconstrução da identidade feminina exige criatividade, amor a si mesma, contato com a espiritualidade que vai além da religião. Ser mulher é ser mais que o papel que representa. É ir ao encontro do feminino e da espiritualidade, dentro de cada papel que vier a representar, é viver sua missão pessoal de vida, é ter uma afirmação de positividade e pautar-se em seus padrões de integridade. 
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista 



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