Você que é mulher
experimente responder estas questões: O que é ser menina? O que é ser moça? O
que é ser mulher? O que é ser esposa? O que é ser mãe? o que é ser amante? O
que é ser feminina? Em quais destas faces, de você mesma, você tem mais
afinidade?
Você É MULHER só
porque pertence ao sexo feminino? É companheira só porque tem um parceiro? É
mãe só porque pariu filhos? É profissional só porque tem um emprego ou porque executa
um trabalho? É espiritual só porque segue uma religião? Agora, ser companheira,
mãe, profissional, espiritual são papéis sociais que você ocupa na sociedade
por um tempo determinado, estes papéis são os resultados de suas próprias
escolhas. Eles de alguma forma deixam de existir, desobrigando você de
cumpri-los, tal como o profissional, quando chega a aposentadoria. Nos papéis
você representa, você não é o papel. Se identificar com o
papel, então você transfere para ele algo que está faltando em sua vida. A
funcionária foi promovida a gerente. Ela atua como gerente, ela não “é” gerente.
Ela “está” gerente. E como gerente recebe muitos prêmios. Ao perder a gerência,
ela pode cair em depressão. O sofrimento a faz descobrir que os prêmios que ela
recebia eram dados ao cargo que ela ocupava, e não para ela própria, pois sua
identidade com o cargo era uma forma de receber prestígio, valorização, coisas
essas que faltavam em sua vida.
Todos os papéis
sociais são conflitantes por natureza. O seu lado filha conflita com o seu lado
esposa. Então, o que sustenta todos estes papéis conflitantes? É a sua
identidade feminina: o conceito de mulher que você construiu dentro de si
mesma, através da relação com a sua própria mãe. É o poder feminino que emana
de dentro você, poder este que ama, nutre, cuida, acolhe, aquece, reflete.
Poder da receptividade e criatividade transformadora, que faz de você, mulher,
um ser humano maravilhoso capaz de transformar uma cabana num lar aconchegante
e construir dentro do seu homem escolhido os conceitos de marido, pai, amante,
avô. A integração de todos estes papéis em sua vida depende muito do quanto
você despertou para a mulher que há dentro de você e, do quanto você está
harmonizada com sua mãe. Se sua mãe não tinha identidade feminina, você tem
problemas com sua feminilidade. Seja a partir da relação com sua mãe e depois
através das relações com as demais mulheres em sua vida sua tarefa é construir
a sua identidade feminina, sempre feita através do amor a si própria mesmo estando
desarmonizada com sua mãe, você pode reconstruí-la através da ajuda
profissional. O psicoterapeuta irá conduzi-la na arte de interrogar-se a si
mesma auxiliando-a na percepção de quem é você e do que quer de fato. Sabemos o
quanto é difícil a construção de novos conceitos sobre os conceitos antigos.
Também é difícil ser esposa, quando só se sabe ser mãe. A reconstrução da
identidade feminina exige criatividade, amor a si mesma, contato com a
espiritualidade que vai além da religião. Ser mulher é ser mais que o papel que
representa. É ir ao encontro do feminino e da espiritualidade, dentro de cada
papel que vier a representar, é viver sua missão pessoal de vida, é ter uma
afirmação de positividade e pautar-se em seus padrões de integridade.
Por Silvio Farranha Filho,
psicanalista
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