Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PSICANÁLISE? EU?? EU,NÃO! EU NÃO ESTOU LOUCO!

psicanalise011 - www.setead.com.br

Esta é a reação mais comum das pessoas quando convidadas a fazerem terapia analítica através da Psicanálise. É coisa para quem está doido, louco, etc. Talvez seja pelo fato da pessoa não conhecer o que seja a Psicanálise. Nestas linhas não vamos dizer o que a Psicanálise é, mas dar uma noção sobre ela.

Ao receber um convite a fazer terapia através da Psicanálise, a pessoa está sendo convidada a entrar no mundo de suas próprias emoções para descobrir a si mesma.

Psicanálise é um conjunto de métodos destinados a investigar as experiências emocionais vividas pela pessoa, situações que envolvem os sentimentos de dores, mágoas, ressentimentos, frustrações, raivas, na busca das crenças nocivas, maldosas e perigosas, que vivem secretamente escondidas na sua intimidade, bem como, verificar como elas estão perturbando sua vida mental e erradica-las.

As crenças são invisíveis para a pessoa e são formadas na infância. Crença não é o que a pessoa acredita ou o que ela acha. É o que ela materializa, expressa ou manifesta na sua vida. Elas agem disfarçadas através dos sentimentos difíceis, perturbadores e inconfessáveis que a pessoa mantém para si mesma. As crenças têm suas raízes nos desejos negados, reprimidos, recalcados ou mal-vividos. Esses desejos reprimidos escondem duas coisas: um prazer que não foi vivido e jamais o será e a dor/raiva decorrente disso.  Estas duas coisas são recalcadas ao inconsciente, não desaparecem e se projetam na vida cotidiana. Podemos citar um exemplo de crença nociva. A pessoa deseja e trabalha arduamente para ser feliz e atrai sempre acontecimento infeliz em sua vida. Esses acontecimentos estão materializando sua crença na infelicidade e não na felicidade, conforme pensa acreditar.

O(a) psicanalista, também conhecido como analista ou psicoterapeuta é o especialista que auxilia a pessoa a identificar essas crenças internas, fornecendo-lhe informações sobre o mundo psicológico.

 E como é feito isso?

A pessoa estabelece seu objetivo de vida. Ao dar o primeiro passo, o seu Eu Interior inicia também a sua jornada interna ou a jornada psíquica. Atingido o objetivo alcança duas compensações: a material e a emocional, ambas lhe trazem a sensação de realização. Mas ao perceber que os seus desejos não estão saindo conforme espera, ou que, do seu jeito não está mais funcionando, ela se desorganiza emocionalmente e perde a sua identidade pessoal, surgindo, então, os conflitos emocionais. Está diante das dificuldades em sua jornada psíquica.

Ao procurar a Psicanálise não está louca, conforme a crendice popular, também não é uma paciente! Ela é uma cliente que está contratando uma consultoria para lidar com suas emoções.

Diferente dos outros profissionais, o psicanalista não diz o que a pessoa tem, não dá opinião pessoal, não faz julgamentos de valor, não critica, não condena, não responde suas perguntas e não faz discriminação de qualquer tipo. Ele auxilia a pessoa a lidar com as dificuldades da jornada psíquica. É um condutor, seja auxiliando a pessoa a abrir ou fechar portas emocionais, seja auxiliando na busca de novas janelas ou saídas emocionais. Tendo em vista que o diálogo é o mecanismo de condução, o psicanalista ministra as medidas terapêuticas através de perguntinhas, pois está treinado na arte de questionar.

Assim no set terapêutico é fundamental à pessoa falar do que lhe dói, entrando em contato com os seus paradoxos, inconsistências, contradições, incoerências e incompatibilidades. Deve estar atenta aos questionamentos, tanto seu próprio quanto do analista, ouvindo real e honestamente suas próprias palavras.

Ao buscar as respostas dentro dos seus conteúdos negativos e responder para si própria (jamais para o terapeuta), a pessoa dá o exato flagrante na crença nociva que está sustentando sua dor. Neste momento a cura é promovida, pois um sentimento de reconhecimento emerge, algo do tipo: Sim! É isto!, gerando um novo espaço  interno e, por tabela, nasce o observador de si mesma, que jamais a deixará cometer o mesmo delito. O novo espaço está pronto para as novas experiências.

Outro fator fundamental que promove a cura é a RELAÇÃO estabelecida entre o cliente e o analista, daí a importância do cliente conhecer a metodologia do profissional.

São muitos os resultados encontrados nesta relação, podemos destacar alguns:
O cliente consegue:
-         amparar os próprios sentimentos;
-         orientar a sua própria razão;
-         iluminar a sua consciência;
-         desenvolver a arte de perguntar-se a si mesmo;
-         descobrir suas próprias crenças e convicções pessoais;
-         perceber os seus próprios padrões de ser, de agir e de pensar, por detrás das suas escolhas, tomadas de decisão e atitudes.

Muitas pessoas reclamam que fizeram um tempo de terapia (análise) e não alcançaram os resultados desejados. Há um equívoco. Quando chegou o momento do cliente deixar o set terapêutico, seja qual for o motivo, sua questão inicial foi elaborada. Houve, sim, um resultado, talvez não o esperado, porém o cliente não saiu mais o mesmo. Talvez fixado no que esperava, não percebeu o resultado diferente obtido e não pôde aproveitar a oportunidade.

A Psicanálise é uma ferramenta para autoconhecimento. No seu primeiro estágio é de limpeza emocional, o mais difícil e dolorido, pois leva a pessoa a reviver suas dores, mas depois passa a ser de autodesenvolvimento, estágio bem mais gostoso, e sem fim.
Psicanálise? Eu, não! ... Não?... Por que não?...
Então, seja bem-vindo(a)!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista


#quemevoce #oquevocequer #boasreflexoes #autoestima #psicanalise #autoanalise #autodesenvolvimento #autoajuda #projecaodesombra #impressoes  #opinioes  #olhar

Nenhum comentário:

Postar um comentário