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Esta é a reação mais comum das pessoas quando convidadas a
fazerem terapia analítica através da Psicanálise. É coisa para quem está doido,
louco, etc. Talvez seja pelo fato da pessoa não conhecer o que seja a
Psicanálise. Nestas linhas não vamos dizer o que a Psicanálise é, mas dar uma
noção sobre ela.
Ao receber um convite a fazer terapia através da
Psicanálise, a pessoa está sendo convidada a entrar no mundo de suas próprias
emoções para descobrir a si mesma.
Psicanálise é um conjunto de métodos destinados a
investigar as experiências emocionais vividas pela pessoa, situações que
envolvem os sentimentos de dores, mágoas, ressentimentos, frustrações, raivas,
na busca das crenças nocivas, maldosas e perigosas, que vivem secretamente
escondidas na sua intimidade, bem como, verificar como elas estão perturbando
sua vida mental e erradica-las.
As crenças são
invisíveis para a pessoa e são formadas na infância. Crença não é o que a
pessoa acredita ou o que ela acha. É o que ela materializa, expressa ou
manifesta na sua vida. Elas agem disfarçadas através dos sentimentos difíceis,
perturbadores e inconfessáveis que a pessoa mantém para si mesma. As crenças
têm suas raízes nos desejos negados, reprimidos, recalcados ou mal-vividos.
Esses desejos reprimidos escondem duas coisas: um prazer que não foi vivido e
jamais o será e a dor/raiva decorrente disso.
Estas duas coisas são recalcadas ao inconsciente, não desaparecem e se
projetam na vida cotidiana. Podemos citar um exemplo de crença nociva. A pessoa
deseja e trabalha arduamente para ser feliz e atrai sempre acontecimento
infeliz em sua vida. Esses acontecimentos estão materializando sua crença na
infelicidade e não na felicidade, conforme pensa acreditar.
O(a)
psicanalista, também conhecido como analista ou psicoterapeuta é o especialista
que auxilia a pessoa a identificar essas crenças internas, fornecendo-lhe
informações sobre o mundo psicológico.
E como é feito isso?
A pessoa
estabelece seu objetivo de vida. Ao dar o primeiro passo, o seu Eu Interior
inicia também a sua jornada interna ou a jornada psíquica. Atingido o objetivo
alcança duas compensações: a material e a emocional, ambas lhe trazem a
sensação de realização. Mas ao perceber que os seus desejos não estão saindo
conforme espera, ou que, do seu jeito não está mais funcionando, ela se
desorganiza emocionalmente e perde a sua identidade pessoal, surgindo, então,
os conflitos emocionais. Está diante das dificuldades em sua jornada psíquica.
Ao procurar a
Psicanálise não está louca, conforme a crendice popular, também não é uma
paciente! Ela é uma cliente que está contratando uma consultoria para lidar com
suas emoções.
Diferente dos
outros profissionais, o psicanalista não diz o que a pessoa tem, não dá opinião
pessoal, não faz julgamentos de valor, não critica, não condena, não responde
suas perguntas e não faz discriminação de qualquer tipo. Ele auxilia a pessoa a
lidar com as dificuldades da jornada psíquica. É um condutor, seja auxiliando a
pessoa a abrir ou fechar portas emocionais, seja auxiliando na busca de novas
janelas ou saídas emocionais. Tendo em vista que o diálogo é o mecanismo de
condução, o psicanalista ministra as medidas terapêuticas através de
perguntinhas, pois está treinado na arte de questionar.
Assim no set
terapêutico é fundamental à pessoa falar do que lhe dói, entrando em contato
com os seus paradoxos, inconsistências, contradições, incoerências e
incompatibilidades. Deve estar atenta aos questionamentos, tanto seu próprio
quanto do analista, ouvindo real e honestamente suas próprias palavras.
Ao buscar as
respostas dentro dos seus conteúdos negativos e responder para si própria
(jamais para o terapeuta), a pessoa dá o exato flagrante na crença nociva que
está sustentando sua dor. Neste momento a cura é promovida, pois um sentimento
de reconhecimento emerge, algo do tipo: Sim! É isto!, gerando um novo
espaço interno e, por tabela, nasce o
observador de si mesma, que jamais a deixará cometer o mesmo delito. O novo
espaço está pronto para as novas experiências.
Outro fator
fundamental que promove a cura é a RELAÇÃO estabelecida entre o cliente e o
analista, daí a importância do cliente conhecer a metodologia do profissional.
São muitos os
resultados encontrados nesta relação, podemos destacar alguns:
O cliente
consegue:
-
amparar os
próprios sentimentos;
-
orientar a sua
própria razão;
-
iluminar a sua
consciência;
-
desenvolver a
arte de perguntar-se a si mesmo;
-
descobrir suas
próprias crenças e convicções pessoais;
-
perceber os
seus próprios padrões de ser, de agir e de pensar, por detrás das suas
escolhas, tomadas de decisão e atitudes.
Muitas pessoas
reclamam que fizeram um tempo de terapia (análise) e não alcançaram os
resultados desejados. Há um equívoco. Quando chegou o momento do cliente deixar
o set terapêutico, seja qual for o motivo, sua questão inicial foi elaborada.
Houve, sim, um resultado, talvez não o esperado, porém o cliente não saiu mais
o mesmo. Talvez fixado no que esperava, não percebeu o resultado diferente
obtido e não pôde aproveitar a oportunidade.
A Psicanálise é
uma ferramenta para autoconhecimento. No seu primeiro estágio é de limpeza
emocional, o mais difícil e dolorido, pois leva a pessoa a reviver suas dores,
mas depois passa a ser de autodesenvolvimento, estágio bem mais gostoso, e sem
fim.
Psicanálise? Eu,
não! ... Não?... Por que não?...
Então, seja
bem-vindo(a)!
Por Silvio Farranha Filho –
psicanalista
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