Eu

Eu
O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A Sombra Nas Relações Afetivas!

http://mundodapsi.com/crianca-interior-saiba-como-cura-la/


A SOMBRA NAS RELAÇÕES AFETIVAS!

Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

 Este ensaio é complementação do artigo de minha autoria “Como a Projeção de Sombra Melhora a Qualidade da Relação Afetiva? (1)

A Sombra tem sua origem no período infantil.
A relação do bebê com sua mãe cria uma marca mnêmica que o acompanhará na vida adulta.

A marca mnêmica é resultante da relação de intimidade entre os dois. O bebê não tem consciência de si e a mãe é preponderante. Ele não se conhece, mas reconhece a mãe dentre outras mulheres. Diante das suas necessidades de ser alimentado, acalentado e estimulado, o bebê busca carente, ávido e faminto o seio materno de onde obtém cuidados, satisfação e segurança.

Esta dinâmica se expressa na vida adulta.  Entramos no relacionamento com um grau de consciência sobre nós e sobre o outro. Mas quando a relação alcança o mesmo grau de intimidade vivida na relação do bebê com a mãe, surge então a nossa criança interna alterando a trajetória da relação.

A nossa criança assume o comando da relação, trazendo-nos imaturidade e comportamentos infantis. Ficamos sem identidade, sem consciência própria e nos projetamos totalmente no outro, exigindo que o outro nos dê o mesmo que o bebê exige da mãe. Transferimos para o outro a responsabilidade de cuidar de nós. Buscamos nos impor no relacionamento para garantir que a nossa criança interna seja atendida.

James Hollis Ph.D reflete “até que ponto consigo amar o outro verdadeiramente sem deixar  que minhas próprias necessidades o domine?” (2)
“É possível estarmos numa relação afetiva sem sermos manipuladores do comportamento do outro? Estamos suficientemente dispostos a enxergar as nossas verdades desagradáveis dentro da relação através do outro? Na relação conseguimos enxergar o outro e sua realidade, ou somente enxergamos o nosso próprio umbigo?”

Senão vejamos:
Dizemos que uma relação afetiva é caminhar juntos, com respeito, mas nos tornamos policiais do comportamento do outro. Na relação eu não sei quem eu sou, mas conheço o outro em nível de detalhes. Declaramos que na relação é dar e receber amor, mas nos comportamos de maneira infantil obrigando o outro a nos atender em nossas exigências. Prometemos que iremos cuidar do outro, mas na relação nos tornamos cobradores inveterados. Queremos ser aceitos como somos.

Está na hora de aceitar que numa relação afetiva devemos tirar dos ombros do outro a responsabilidade de cuidar de nós. Nossa tarefa é a de reconhecer a nossa imaturidade dentro da relação, o quanto estamos impedindo a nossa independência e liberdade quanto a do outro, o quanto estamos sendo controladores, o quanto carregamos medo e culpa, o quanto manipulamos. Projetamos no outro os nossos conteúdos internos e transferimos a dinâmica que temos sobre estes conteúdos. Ex. Esta pessoa é igual a fulano(projeção) e lido com ela da mesma forma que lido com fulano(transferência).

A tarefa do outro não é outra, senão disparar gatilhos dos conteúdos que ainda estão mal resolvidos dentro de nós, o mesmo a nós enquanto “outro”. Tudo o que admiramos no outro é o que nos falta e tudo que não aceitamos no outro é o que temos, mas rejeitamos. Por fim, na relação lidamos com nós próprios através do outro. (1)Disponível no blog:silviofarranhafilho.blogspot.com.br  (2)“Agendas Secretas” – A Sombra Interior – pag 104.


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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

A Simbologia do Iceberg!


Estamos vendo um iceberg navegando no oceano. Acima da superfície vê-se apenas 20% do seu tamanho e abaixo estão os 80% restantes. No nível psicológico, tudo aquilo que sabemos sobre nós próprios representa 20% da nossa totalidade (o consciente) e os 80% restantes representam tudo aquilo que não sabemos sobre nós (o inconsciente) navegando no oceano da vida (tudo o que há de se aprender sobre nós).

Acima da superfície, o iceberg é movido pelas correntes de ar e abaixo pelas correntes marítimas. Se as correntes tanto de ar quanto marítimas convergem na mesma direção, o iceberg move-se tranquilamente. Mas se mover contra o vento, isto quer dizer que ele está sob pressão das correntes marítimas devido sua maior parte estar submersa. No nível psicológico, quando o racional e o emocional convergem no mesmo objetivo de vida, a pessoa sente-se plena e caminha determinada rumo à realização. Mas se o racional não está no comando, mesmo desejando estar, é o emocional que está ditando os seus movimentos que podem estar em direção contrária aos seus objetivos.

A Psicologia estuda a relação do comportamento (resposta) frente ao seu motivo (estimulo), definindo que não há estimulo sem sua resposta ou uma resposta sem o seu respectivo estímulo. Em outras palavras, não há comportamento sem a sua causa.  Assim, o que está na superfície (atitudes) é causado que está abaixo (pensamentos, sentimentos e crenças).

As atitudes estão no plano visível, pois vemos nossas ações e reações. Partindo-se do ponto de que as atitudes são as causas de outras atitudes, elas também são conseqüências de uma causa maior.  É o motivo por detrás do motivo. Esta causa reside no plano invisível, num nível mais profundo.

No primeiro nível de profundidade temos os Pensamentos.
O nosso mental influencia as nossas atitudes. Agimos conforme o nosso padrão mental. Nossos pensamentos dão origem às nossas atitudes. Se conscientemente não conseguimos mudar nossas atitudes, precisaremos olhar para os nossos padrões de pensamentos. Se nossos pensamentos são a causa das nossas atitudes, eles também são conseqüências de uma causa maior e mais profunda.

No segundo nível mais abaixo da superfície temos os Sentimentos.
O nosso emocional influencia as nossas atitudes. Os nossos sentimentos difíceis, perturbadores, inconfessáveis são as causas dos nossos pensamentos, que por sua vez, causas das nossas atitudes. O nosso sentir geram os nossos padrões emocionais. Ao percebermos que continuamos a ter sentimentos que não queremos ter, devemos olhar para os nossos padrões emocionais. Se nossos sentimentos são as causas de outros sentimentos, pensamentos e atitudes, eles também são conseqüências de uma causa maior e mais profunda.

No terceiro nível mais abaixo da superfície temos as nossas Crenças e Convicções.
Nossas crenças e convicções são as causas de todas as causas das nossas atitudes. Nossas crenças dão origem aos nossos padrões emocionais, aos nossos padrões mentais e aos nossos padrões de comportamentos. Erradicar uma crença perniciosa é dissolver sentimentos, pensamentos e atitudes que não fazem mais sentido em nossas vidas. Elas foram originadas por diversas formas, seja absorvendo o clima doméstico ou realizando diálogos internos em momentos de dor ou por mensagens passadas pelo clã familiar, etc.

Como estão muito abaixo da superfície, nossa mente consciente não as alcançam e necessitamos do outro para enxergá-las. Assim quando outro iceberg se aproxima através das suas atitudes podemos ver nelas o reflexo das nossas próprias atitudes. Damos o tom e outro reage nos refletindo.
O iceberg derrete-se, reduz o seu tamanho e por fim desaparece no oceano. No nível psicológico os nossos padrões de crenças são dissolvidos quando trazidos à nossa consciência. O que estava inconsciente torna-se consciente. Crenças erradicadas fazem desaparecer toda cadeia de sentimentos, pensamentos e atitudes atreladas a ela. Se na superfície duas pedras de gelo não conseguem se aproximar, a causa está submersa provocada pelas extremidades que se chocam. No nível psicológico, nossas crenças estão impedindo de nos integrarmos ao outro por conta das nossas atitudes extremistas.

Nossas crenças, sentimentos e pensamentos movem a nossa vida, determinam as nossas atitudes e as nossas atitudes geram os nossos resultados. Daí termos a vida conforme nossas crenças. Temos a vida no qual acreditamos, se não temos a vida que desejamos é porque não acreditamos nela. Nossas atitudes revelam as nossas crenças. Nossas doenças revelam as nossas crenças. Uma pessoa que sofre de diabetes acredita que a vida é amarga. Quando as coisas não estão saindo conforme desejamos, chegou a hora de olharmos para abaixo da superfície e buscar qual a crença que nos move. Como vimos, as crenças são invisíveis. Vejamos: Queremos ser felizes, mas não somos, então somos infelizes. A infelicidade é o que se manifesta em nossas vidas, é o que realmente sabemos fazer, então nos projetamos numa busca frenética por alcançar felicidade pensando que estamos acreditando nela. Mas nossos resultados são implacáveis: frustrações! Que no fundo é a permanência da infelicidade. Ser feliz é algo que não acreditamos e a infelicidade é o que manifestamos de fato. Mas ao mergulharmos em nosso íntimo e encontramos a crença na infelicidade, este sublime encontro faz tudo mudar no exato momento, pois faz nascer a crença na felicidade, que vai promover novas atitudes. Assim, diante dos nossos resultados devemos extrair lições e diante delas corajosamente fazer um mergulho em nossas águas mais profundas a fim de localizar nossas crenças intimas.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Verdade Pessoal!

https://www.acbgbrasil.org/julho-verde-projeto-de-lei/

VERDADE PESSOAL!

Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

 A verdade pessoal é uma diretriz interna que seguimos incondicionalmente. Ela é nossa lei e formata o tipo de vida que temos, nos faz ser, agir e pensar mesmo de forma que não queiramos. É tão profunda que a nossa mente não é capaz de percebê-la. O contato com ela se dá pelo nosso sentir, pela percepção das sensações, emoções e sentimentos.

A vida que temos, do jeitinho que ela é, sem tirar e nem por, é o resultado da nossa verdade pessoal. Estando dentro da verdade, por mais que queiramos ou tentamos mudar a nossa vida, ela permanece a mesma, pois as nossas escolhas seguem os ditames do que acreditamos profundamente. A verdade se manifesta na vida e a vida é a conseqüência da verdade.

Nos relacionamentos, o outro vive a sua verdade, enquanto vivemos a nossa. As verdades se encaixam, formando faces de uma mesma moeda. Se desejamos ter a mesma vida do outro e não conseguimos, muito provável é que nós não nos submeteríamos à verdade que o outro segue.

A verdade que nos move é de fato a nossa, ou ela nos foi imposta? Se foi, então, qual é a nossa verdade de fato? Podemos dizer que, se a vida não é do jeito que queremos é porque estamos vivendo fora da nossa verdade?

Jesus nos diz: Conheça a Verdade e ela vos libertará!”
Penso que Ele não nos dava respostas simples para as nossas questões, Ele nos concitava a experimentar o caminho do passo-a-passo nos processos libertadores.

Assim, não basta somente descobrir a nossa verdade pessoal. Ao enxergá-la temos que fazer escolhas, tomar decisões, experimentar, lidar com resultados, para que o nosso sistema corpo-mente reconheça o novo poder no comando.

Se a verdade que seguimos não é nossa, ao descobri-la, temos de pronto, coragem, habilidade, força moral, suficientes, para seguirmos em frente, lidando com a pressão do que foi estabelecido pela verdade anterior?

Um dos obstáculos à conquista da nossa verdade interna é o fato dela doer. A nossa verdade dói, nos causa dor! Para curar essa dor, o processo libertador consiste em olhar para aquilo que dói e se questionar: Quem sou eu? O que quero realmente? As respostas não vem de imediato, vão tomando forma à medida em que nos aprofundamos. O processo libertador não é a resposta, mas, a busca pela resposta, que, uma vez encontrada, nos liberta.

Se a nossa vida está sendo vivida de acordo com a nossa essência, então estamos vivendo de acordo com a nossa verdade pessoal. Isto é plenitude!. Mas, se o bichinho da insatisfação nasceu dentro de nós, iniciou-se o processo libertador. Os conflitos mostram que a verdade que estamos seguindo não faz mais sentido para nossa vida, assim, é chegada a hora do grande confronto com a nossa própria verdade.

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Nossa Natureza Psíquica!

http://www.antroposofy.com.br/forum/a-lei-do-espelho-o-que-ve-nos-outros-e-na-verdade-seu-reflexo/


NOSSA NATUREZA PSIQUICA!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

Saudações! Muito obrigado pela oportunidade que me concedem em expressar-me por este canal. Eu sou apaixonado pelo processo de Projeção de Sombra criado por Jung. Este método permite se conhecer através da observação dos nossos conteúdos internos refletidos em coisas,  pessoas e acontecimentos. Tudo que está fora de nós é um reflexo do que está dentro de nós. O autoconhecimento é adquirido através do processo das associações e da formulação de perguntas feitas a nós mesmos. Assim, temos a Natureza que está fora de nós e temos nossa natureza psíquica, a que está dentro de nós. Ambas se relacionam.

Natureza = Natural. Tudo que é da Natureza é portanto natural e necessário. Os elementos naturais que permitem que haja Vida no planeta, também são encontrados na nossa natureza psíquica. Os elementos principais da natureza psíquica são: crenças/convicções e todos os verbetes ligados, tais como: paradigmas, pressupostos, opiniões, julgamentos, pontos-de-vista, etc., mais as emoções, os sentimentos e os pensamentos. Assim como os elementos terra, ar, fogo e água constituem a base da Natureza, as crenças/convicções constituem a base da natureza psíquica.

O rio corre para o mar. Trazendo para a nossa natureza psíquica, os nossos sentimentos se assemelham aos rios e as emoções ao mar. Nossos sentimentos conduzem nossa vida emocional de forma inexorável. Por mais que desejemos ter um tipo de vida, nossos sentimentos nos levam para outro, o verdadeiro. O processo é simples: as crenças (convicções) geram os sentimentos, estes  geram os pensamentos, os quais geram as escolhas, as escolhas as atitudes e as atitudes os resultados. Ex. uma pessoa que acredita num mundo cruel e hostil alimenta sentimentos de medo e tem atitudes voltadas a uma busca frenética por abrigo e proteção. Por mais que tente ter uma vida diferente ela vai bater de frente com a doença chamada Depressão em sua forma de Doença do Pânico. Daí dizermos que: a pessoa tem a vida na qual acredita; somos escravos das nossas convicções; se uma pessoa deseja algo e este algo não se manifesta em sua vida é porque não acredita no que deseja; se uma pessoa encontra obstáculos em obter o que deseja, é melhor olhar para as suas crenças, pois está tentando fazer algo que não acredita.

Na Natureza, se as condições não estão prontas para ocorrer a chuva, a chuva não se precipitará. Há elementos que não são visíveis a olho nu, ex. oxigênio. Na natureza psíquica as crenças são invisíveis, inacessíveis à mente racional, só podem ser acessadas através do exame de sentimentos. Crença não é o que se diz acreditar. Crença é o que se manifesta física e materialmente ou os resultados. Na Natureza temos a semente e o respectivo fruto, na nossa psique temos a crença e o seu respectivo resultado.

Um exemplo do processo: O vento e a chuva destruíram o telhado da minha casa. Telhado está associado a limites superiores e a reflexão: onde na minha vida estou destruindo os meus limites superiores? É chegada a hora de rever as crenças mais profundas sobre espiritualidade/religiosidade.

Silvio Farranha Filho atua no Spaço Natureza & Terapias tel.(11)3735-0361.
Email: silviofarranhafilho@gmail.com – blog: silviofarranhafilho.blogspot.com.br


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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Aquilo Que Não Conhecemos Sobre Nós!

https://www.pensador.com/frase/MzI3NTc3/


AQUILO QUE NÃO CONHECEMOS SOBRE NÓS!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

Somos possuídos e dirigidos por aquilo que não conhecemos. Aquilo que não conhecemos sobre nós vem de dentro de nós e rege nossa vida. Por conta disso fazemos coisas que não queremos fazer, temos pensamentos que não queremos ter e sensações que não queremos sentir.

De outra forma. Nós não nos conhecemos totalmente. Não temos a coragem de puxar a cortina e nos vermos como realmente somos. Nós nos escondemos de nós mesmos, nós carregamos emoções escondidas.

Aquilo que não conhecemos de nós se apresenta à nossa frente através das pessoas, das coisas, dos acontecimentos. Toda sensação de incômodo e toda sensação de atração. Tudo o que está fora de nós é um reflexo do que está dentro de nós.

Vamos dividir o tempo de um segundo em mil partes, a parte dividida é o tempo que aquilo que não conhecemos está se manifestando, sim, numa fração de milésimo de segundo.

Vimos uma pessoa receber uma menção honrosa. Vamos admitir naquele milésimo de segundo a ocorrência de sensações negativas, tais como inveja, raiva, desprezo, despeito em nosso interior? Uma pessoa de quem não gostamos foi prejudicada. Vamos admitir a passagem das sensações de prazer, vingança e raiva? Outro exemplo: temos a coragem de admitir para nós mesmos que estamos sentindo dor de cotovelo?

Por que estas coisas nos acontecem? Por que experimentamos, sem a nossa vontade, várias sensações indesejáveis e inconfessáveis ao mesmo tempo, no intervalo de um milésimo de segundo?

São os fatos, as pessoas, os acontecimentos que nos provocam diretamente tais sensações? Ou, eles são gatilhos que disparam o que já reside em nós?
 O que acontece é que aquilo que não conhecemos de nós encontrou em tal oportunidade uma forma de se apresentar a nós, tornar-se visível, conhecido. São partes do nosso emocional que precisam ser tratadas, conscientizadas. São sentimentos, pensamentos que nós não enxergamos que temos. Emoções e desejos reprimidos, recalcados e negados, fazendo pressão para vir à tona. Agir sob o comando de tais partes desconhecidas é extremamente perigoso. Hospitais, penitenciarias e cemitérios são as conseqüências inevitáveis de tal procedimento.

As partes desconhecidas da nossa personalidade, seja o nosso potencial criativo quanto o nosso poder destrutivo residem no que é chamado de Sombra. Jung declarou em 1945 que Sombra é o que uma pessoa não deseja ser. Nossas crenças pessoais são as raízes destes conteúdos.

O contato com a Sombra se dá através das sensações que nos incomodam num milésimo de segundo. Ao percebermos uma sensação de desconforto é chegada a hora de iniciarmos um processo interior. Investigar a fundo a origem de tal sensação. Confessar sentimentos secretos. Descobrir o que negamos até mesmo debaixo de tortura. Encontrar a crença perniciosa. Sermos honestos conosco. Enquanto não trouxermos à tona tais conteúdos continuaremos sendo assombrado por tal sensação, correndo o risco de precipitar ações das quais nos arrependeremos amargamente. Uma vez erradicadas as crenças perniciosas nos tornamos pessoas livres com uma forma de ser, de agir e de pensar que nos traz sentimentos de contentamento e paz.


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A Capacidade de Nos Amarmos!

https://experimenteapaz.com.br/artigos/amar-si-mesmo/


A CAPACIDADE DE NOS AMARMOS!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

    O lar da infância é a nossa base de vida.
    No período infantil, até os seis anos, vivemos na polaridade feminina, onde o mundo da mãe é fundamental. Neste período recebemos a carga para lidarmos com relacionamentos, espiritualidade, maternidade, paternidade, sensualidade e prazer.
   Já no período entre sete e 14 anos, adentramos na polaridade masculina, onde o mundo do pai é essencial. Neste período recebemos a carga para respeitar a autoridade, a disciplina, a ordem, o dever e também como lidar com trabalho(produzir) e dinheiro.
Em se tratando de lar da infância, na ausência dos genitores, as polaridades são consteladas pelas figuras masculinas e femininas, ou as pessoas que constelam estas polaridades.
  Entre quatorze e quinze anos, estamos com nossa identidade pessoal pronta, temos as primeiras noções de quem somos, do que queremos e do que valemos, e ainda com a nossa escolha ou identificação pela polaridade masculina ou feminina.
  A vida que temos ou tivemos com os nossos genitores ou responsáveis por nossa formação afeta diretamente a nossa identidade pessoal e a forma como vivemos. Tudo aquilo que foi vivido ou que ainda vivemos com nossos pais, de bom ou de ruim, tem impacto direto na nossa vida adulta.
 Ao alcançarmos a maioridade, desejamos ter a nossa própria vida e mais cedo ou mais tarde partimos para a conquista dos nossos sonhos e objetivos de vida. Porém a forma como deixamos o lar da infância, ou o mundo psicológico/emocional dos nossos pais, nos permite voar livremente, ou nos aprisiona emocionalmente.
 Quando estamos aprisionados a sentimentos negativos oriundos da infância, não temos identidade própria, mesmo estando com nossa estrutura construída, com nossa carreira, patrimônio, família, etc., ficamos próximos deles numa busca frenética do amor materno/paterno que faltou ou não foi suficiente no período infantil. Uma das causas disso é o fato de não aceitarmos os nossos pais.
Quando trazemos do lar da infância desejos e anseios não vividos, dores, mágoas, frustrações, principalmente ressentimentos e raivas secretamente guardadas em relação aos pais, conforme diz J.G. Bacardi, afetam diretamente a nossa capacidade de nos amarmos, principalmente se viemos de lares onde imperavam o desrespeito e o abuso. Estes conteúdos negados, reprimidos e recalcados ao nosso inconsciente, formam um dos aspectos da nossa Sombra, uma espécie de “natureza”, afetando  diretamente a nossa forma de ser, de agir e de pensar e dificultando a nossa percepção sobre  nós mesmos.

A conquista da nossa autoaceitação, do nosso amor próprio, aceitando nossos pais como são ou foram, constitui uma tarefa trabalhosa, difícil e muito dolorosa, a qual exige  muita coragem e disposição para olhar nossos sentimentos difíceis, perturbadores, inconfessáveis, pecaminosos que residem dentro de nós.
A reconstrução da identidade própria exige um profundo processo terapêutico, cuja fase inicial é a mais difícil e dolorosa pois é realizada uma faxina emocional, culminando com a eliminação das crenças perniciosas.
Vencidas estas etapas experimentamos serenidade, autoestima, integridade, amorosidade e aprimoramento das nossas relações pessoais e afetivas.
Estar bem na vida adulta é estarmos com maturidade emocional sendo capazes de nos amarmos, para isso é indispensável estarmos harmonizados com os nossos genitores e com um novo significado do lar da infância.
Silvio Farranha Filho é psicanalista no Spaço Natureza & Terapias e desenvolve a Terapia Lux, um processo terapêutico, que promove a harmonização com genitores próximos, distantes ou falecidos.

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terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Que é Importante?

http://www.varejista.com.br/motivacao/4808/assuma-o-que-e-importante-para-voce

O QUE É IMPORTANTE?
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

    Uma das características quando estamos enfrentando conflitos emocionais é a perda da noção do que realmente é importante.
A questão é: o que é mais importante para se resolver um conflito?
Conflito é a presença de um sentimento negativo que teve origem na nossa forma de ver o fato. Às vezes a resolução do conflito não está dentro do conflito, mas, sim, fora dele, pois o fato já se resolveu por si só.
A primeira coisa que podemos fazer é separar o conflito em duas partes: o que é o problema ou faz parte dele e o que não é problema, com isso, vamos gastar nossa energia no que é o problema.
Sabemos que um jogador quando atua fora de sua posição torna-se vulnerável aos ataques dos adversários. Sabendo-se qual é o problema a ser tratado, devemos estar bem posicionados, pois saberemos realmente o que fazer.
A nossa proposta é separar o problema em duas partes: de um lado o real problema e do outro a nossa essência.
O melhor posicionamento é conquistado ao se responder duas questões básicas: quem sou eu nesta questão? O que eu quero realmente? As respostas nos levarão ao centro da questão: a nossa identidade pessoal dentro do conflito. Sabemos quem somos.
Agora bem posicionados podemos enxergar com tranquilidade as possibilidades de escolha e, sem esforço, a melhor alternativa se apresenta diante de nós. Vale lembrar que uma parte do problema pertence ao problema, outra parte do problema pertence a nós e a outra parte do problema pertence aos outros.
A nossa essência está ancorada em nossas crenças pessoais e valores e se expressa através das nossas polaridades masculina e feminina.
O que realmente é importante é tomarmos mais posse de nós mesmos através do profundo conhecimento das nossas crenças pessoais, pela simples razão de serem nossas crenças que geram todos os conflitos que enfrentamos.
Nos conflitos emocionais as coisas mais importantes são; olharmos para a nossa essência, para a nossa identidade e para as polaridades estamos nos expressando. Como exemplo: O conflito é permanecer ou sair da profissão: Qual atividade está mais próxima da minha essência, ou natureza? Busco racionalmente (masculino) a atividade ou me permito sentir (feminino) a atividade? O que realmente está em questão?  Se o conflito for afetivo, qual nosso papel social que está sendo afetado e o quanto a nossa essência está próxima ou distante dele? 

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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

TERAPIA LUX

A Terapia Lux é uma modalidade de tratamento terapêutico com o objetivo de tratar dos sentimentos, pensamentos nocivos e das crenças negativas, que a pessoa nutre contra seus pais ou responsáveis por sua formação e de seu lar de infância, sendo eles, próximos, distantes ou já falecidos.

A Terapia Lux realiza uma faxina emocional nos conteúdos que fazem mal e provocam doenças causadas pela dificuldade da pessoa em aceitar os seus pais como ele são ou como foram e o que vivem ou viveram com eles.

A Terapia Lux é um tratamento terapêutico destinado às pessoas que estão em conflito com os seus pais ou responsáveis por sua formação que:
-Estão em conflitos com seus pais, com dificuldades em aceita-los;
-Sentem-se aprisionadas em relação à autoridade de seus pais;
-Buscam o amor materno/paterno que lhe faltou na infância;
-Desejam se harmonizar com genitores já falecidos;
-Possuem dependência emocional e buscam por aprovação do outro;
-Não têm ou estão sem identidade pessoal;
-Sentem um vazio interior que dificulta trilhar o próprio caminho.

A Terapia Lux é uma terapia breve obedecendo ao seguinte programa:
1-    Investigação dos impactos que os comandos paternos (Não! Sai! Vou te Bater! Etc.) causaram na vida da pessoa;
2-    Identificação e tratamento dos conteúdos negativos nas áreas afetadas pelos comandos paternos;
O cliente receberá um formulário na entrevista inicial, cujas respostas determinarão o tratamento.

A Terapia Lux auxilia a pessoa a:
-restaurar o amor em relação aos pais e o amor a si própria;
-dar a si mesma um novo significado do lar de origem;
-reconstruir a sua identidade pessoal;
-a alcançar maturidade emocional e autoestima para a vida atual;
-aprimorar suas relações pessoais e afetivas.

A Terapia Lux é realizada em sessões semanais, sequenciais,  num total de 20 sessões – ou 4 meses.


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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Como Resolvemos os Nossos Problemas?

https://www.bandab.com.br

COMO RESOLVEMOS OS NOSSOS PROBLEMAS?
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

Todos nós temos diversas formas de resolver problemas. Uma delas é predominante e se se constitui em nosso padrão, em nossa marca. Este padrão foi adquirido no lar em que nos desenvolvemos. Alguns tipos de padrões: enfrentado e resolvendo; fugindo; negando a existência; criando uma parede onde o problema fica do lado de lá; esperando que o problema se resolva por si só; transferindo responsabilidades; procrastinando, adiando, “empurrando com a barriga”; se antecipando, preventivo, estilo médico; apagando incêndios, estilo bombeiro; resolvendo um problema criando outro, etc.
Você, qual o seu padrão e como afeta as pessoas ao seu redor?
Nos relacionamentos, o pano de fundo de inúmeros conflitos é justamente a forma como cada um resolve seus problemas. Na maioria das pessoas este fator está inconsciente ficando visíveis somente os resultados que levam as pessoas se debatem com brigas, rompimentos, distanciamentos, etc.
Vejamos a título de exemplo características de um conflito onde uma pessoa tem o padrão de resolver problemas enfrentando e resolvendo e a outra tem a forma de resolver problemas transferindo responsabilidades.
Ao surgir um problema para a pessoa que se utiliza da transferência, ela se movimenta sutilmente de forma à outra assumir o problema para si. Não percebendo a manobra, a pessoa movida pelos pactos de amor, amizade, lealdade, etc., assume, vai e resolve. Os resultados são obtidos com suas respectivas consequências e surge, então, um ranço entre elas. Mesmo com o problema resolvido, a que transferiu fica algo ressentida e a outra, que resolveu, encaixota dentro de si um sentimento de indignação. Com a prática a relação se torna tensa, cheia de brigas, com um se queixando de estar sendo “usado”, de que tem que resolver tudo sozinho sem ser seu o problema e acusa a outra pessoa de incompetente. Já a outra se enraivece, acusando-a de mandona, autoritária, dona da verdade, que não lhe dá oportunidade e que não aceita sua forma de resolver.
Como então equacionar o conflito entre os padrões pessoais diferentes de se resolver problemas?
Penso que a primeira coisa a ser feita é tomar consciência de que os padrões adquiridos levam tempo para serem modificados, que os atritos são normais e inevitáveis,  que cada padrão se transformará na relação com o outro. O fogo resolve seus problemas queimando e a água resolve molhando.
A partir daí, devemos enxergar qual padrão é a nossa marca. Observar cuidadosamente, sem críticas ou julgamentos, o padrão do outro. Avaliar, com calma, como o padrão de cada um está afetando a relação. O fogo se queixa que a água o apaga e a água se queixa que ele a ferve.
Agora a parte mais trabalhosa é perceber qual o contexto maior envolve as duas partes, agir na descoberta de como o padrão de um se encaixa no padrão do outro e canalizar energia para o foco/resultado. O fogo se depara num incêndio, foco: incêndio. A água está se congelando, foco congelamento. Buscar a ação equilibradora, pois se a água agir na totalidade não restará nenhuma chama e se o fogo agir na totalidade ferverá a água que se evaporará.
Um problema exige solução e as pessoas envolvidas tem cada uma a sua forma particular de resolver. Na lida os padrões irão se chocar. O melhor a fazer é buscar o encaixe, a conexão entre os padrões, visando algo maior: o resultado. O diálogo é o caminho mais eficaz.
No exemplo, o parceiro que recebe a carga, pode perguntar a si mesmo se o problema é seu e qual sua escolha. Se assumir como seu e desejar resolver, vá em frente, sem problemas. Não sendo seu problema e sua escolha for não, é possível dizer isso com tranquilidade para si e depois para o parceiro. Agora é a hora da negociação apresentando que da forma como for resolver acarretará em tais e quais consequências e da necessidade dos dois estarem juntos nos desdobramentos.
Curiosamente, nesta resolução, ocorre a transferência de padrões: diante da recusa do que recebeu a transferência, resolveu justamente transferindo e outro que tentou transferir, tem agora o problema em suas mãos e deve atuar e resolver. Percebem?
Aí está o aprendizado, cada um descobre em si a forma como o outro resolve, o alvo de crítica, integrando ao seu padrão o estilo do outro. Não é preciso combater os estilos, busquemos as conexões.

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Homem: Você Sabe da Sua Importância?

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HOMEM: VOCÊ SABE DA SUA IMPORTÂNCIA?
Por Silvio Farranha filho – Psicanalista

A tragédia acontecida ao time de futebol profissional da cidade de Chapecó-SC , em 2016, deixou um dado alarmante: todos os falecidos eram homens.
Uma pesquisadora da vida dos leões na selva deu o mesmo alarme ao constatar o comportamento estranho das fêmeas, como a disputa territorial, serem a matriarca sem macho dominante, ao perceber a morte prematura dos leões jovens, pela caça predatória provocada pelo homem.
Em seu clamor, ela constata que o leão jovem é quem deixa o legado para a futura geração de leões. Aponta a importância do leão, ou o macho, no ecossistema.
Tendo em vista que o destino deste artigo é sensibilizar o homem, não tiramos da mulher e da fêmea na natureza o seu alto poder e sua preciosa e fundamental importância e contribuição.
Na tragédia, foram embora homens que estavam no comando de casa, casamento, negócios, empresas, família, lar. Não podemos medir nem a curto, médio e longo prazo o impacto da ausência desses homens aos contextos e às mulheres a quem estavam ligados. Nos depoimentos de familiares e amigos, um deles foi que a empresa não quebrou graças à gerencia de seu diretor, que infelizmente, faleceu na tragédia.
Como sói acontecer, diante dos fatos da vida, é momento para profundas reflexões e extração de lições.
Você, homem, tem noção de sua importância nos contextos em que está envolvido? De sua importância às mulheres ligadas a você? Da sua importância junto aos seus filhos? Aos seus parceiros de negócios ou afetivos, incluindo, os de sua orientação sexual? Do seu legado às futuras gerações? Você se sente importante para si mesmo?
Saiba, caro amigo, que você é muito importante, mas é preciso que você mesmo tenha a consciência disto. Basta sua simples presença no mundo para você ser importante para a Vida.
Assim, caro amigo, qual o seu propósito na vida? Qual a sua contribuição ao seu lar, família, bairro, cidade, estado, país e planeta? O que deixará às futuras gerações? Está passando pela vida em “brancas nuvens”? Ante a sua partida desta vida, que impacto irá causar? Que possibilidades terão os que permanecerem?
Para sentirmos nossa importância enquanto individuo, necessitamos do concurso do coletivo. Para eu ser “eu”, necessito do “nós”. Assim, o “nós” são os contextos e as pessoas com as quais estamos direta e indiretamente ligados. O que fazemos, ou não fazemos, ou deixamos de fazer impactam no contexto e nas pessoas. Então, seja especial, sinta-se especial. Dê o seu melhor, a sua contribuição. Faça uma diferença positiva em sua vida e na vida dos que estão ao seu redor. Que a sua partida ao Universo seja um exemplo a ser seguido pelos que permanecerem.
Silvio Farranha Filho é psicoterapeuta no Spaço Natureza e Terapias, integrante da equipe mulidisciplinar de facilitadores do Projeto “O Homem da Nova Era”.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Influenciando o Comportamento do Outro!

https://www.significadodossonhos.inf.br/sonhar-com-gato/

INFLUENCIANDO O COMPORTAMENTO DO OUTRO!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

Entramos nos relacionamentos afetivos acreditando que vamos viver uma troca equilibrada de atitudes. Mas, o que acontece conosco quando percebemos que o comportamento do outro não está de acordo com o que queremos? Entramos na infelicidade! E volta a velha crença: mudar o comportamento do outro!
Utilizamos de diversas técnicas, ferramentas, recursos para voltarmos a ser felizes na relação, porém o objetivo é o mesmo: o outro deve mudar para eu me sentir feliz! Até mesmo no seting terapêutico os parceiros chegam esperançosos de que o processo irá mudar o outro. Muitas vezes nos valemos das famosas DR’s (discutir a relação) que nada mais faz do que levar as pessoas a se abrirem e se destruírem, promovendo profundas feridas e distanciamento emocional. Sempre o mesmo resultado: o outro não muda, permanece insensível às nossas queixas e lamentações.
Há um caminho, porém, para ser trilhado, deve ser compreendido primeiramente. Como você se sente diante desta questão? O outro apresentará mudanças em seu próprio comportamento a nosso favor quando nós mesmos apresentarmos verdadeiras mudanças em nossas ações e atitudes!
A resposta não é tão simples. Muitas pessoas dizem “sim”, mas durante o processo se frustram, alegando que já fizeram de tudo e o outro não mudou. Outros se revoltam dizendo: “- porque eu é que tenho que mudar?”
Para trilharmos esta proposta de caminho o primeiro ponto a observar é que tudo é relacionamento e todo relacionamento é projeção. Nós desconhecemos nossas atitudes e nos projetamos nas atitudes do outro.
Nos relacionamentos as ações se encaixam. Ex. Ele fala, Ela ouve. Quando Ela fala, Ele ouve. Outro ponto: é sempre a energia masculina que dá o tom, a feminina busca o encaixe. No exemplo quando Ele ou Ela está na polaridade masculina(falar) promove o encaixe do outro na polaridade feminina(ouvir).
As nossas ações promovem na outra pessoa reações correspondentes opostas e complementarem às que geramos. Os nossos desejos e vontades impõe algo ao outro, que por sua vez, tem o livre arbítrio de aceitar ou não. Se o desejo for ir ao cinema, o nosso convite impõe que o outro mude suas rotinas, reorganize o seu tempo, a sua emoção e a sua mão-de-obra para nos atender. Mas, de posse do seu arbítrio, pode não querer processar as mudanças em sua vida e, assim, não temos como viver o que desejamos.
Nós não percebemos nossas micro-ações, e como elas afetam o comportamento do parceiro. Elas são inconscientes para nós e totalmente visíveis ao outro. Só conseguimos perceber as reações do outro e nos orientamos por elas, acreditando que é uma coisa dele, do arbítrio dele. O parceiro não se orienta por nossas palavras e sim pelas ações nossas que desconhecemos. Entramos na projeção, saindo do compartilhar para nos tornarmos policiais do comportamento alheio.
 A questão não é mudarmos  para mudar o outro! É compreender como agimos e como o outro está se encaixando às nossas ações.
Agora o caminho fica mais claro: Diante de uma atitude do outro que nos desagrada, devemos nos perguntar: O que estamos sentindo nesta relação? Quem somos nós nesta relação? O que queremos exatamente nesta relação? Quais as nossas atitudes sejam passadas ou presentes que contribuem para a relação estar do jeito que está?
As respostas, sendo sinceras, nos colocarão diante de nós mesmos e da nossa verdade. Enxergar nossas ações, atitudes e seus verdadeiros motivos, sempre nos perguntando: porque estamos agimos assim? São exclusivamente as nossas ações pessoais que podemos e devemos mudar para o bem da relação, e não o outro. Por sua vez o parceiro sentirá o desencaixe das ações, se perturbará, buscará dentro de si e da sua própria verdade nova forma de se encaixar
Há, portanto, um caminho. Compreender que o que fazemos, o que não fazemos ou o que deixamos de fazer tem consequências no parceiro, assim, devemos corrigir e mudar em nós o que vemos de errado. A mudança real das nossas atitudes influencia o comportamento do outro.

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Feridas Emocionais!

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FERIDAS EMOCIONAIS!
Por Silvio Farranha Filho – Psicanalista

Toda experiência que tivemos com os nossos genitores ou responsáveis por nossa formação, dos zero a quatorze anos, fica gravada em nosso subconsciente, principalmente até os sete anos onde somos mais vulneráveis.

Diante de qualquer estímulo (imagem, cor, som, cheiro, expressão corporal,lembranças, semelhanças, etc) as experiências armazenadas são ativadas e passamos a sentir as mesmas emoções que sentimos quando foram gravadas.

Tendo em vista que nossos genitores não são pessoas inteiras, completas, realizadas e resolvidas, absorvemos deles todo lixo emocional(ansiedades, vida não vivida, apegos, frustrações, medos, insatisfações) e da mesma forma quando nos tornamos pais, incompleto que somos, transferimos nossas emoções negativas como “mensagens” ao subconsciente dos nossos filhos.

Das “mensagens” transferidas ao nosso subconsciente, duas são as mais fundamentais: a dor de nos sentirmos oprimidos e a dor de nos sentirmos abandonados pelo outro.

Se nossos genitores foram invasivos, impositores, controladores, dominadores, punitivos, a ferida gerada em nosso subconsciente é a dor de nos sentirmos subjugados e oprimidos pelo outro.Se tivemos genitores que foram incertos, ausentes, misteriosos, imprevisíveis, evasivos, negligentes,  a ferida gerada é a dor de nos sentirmos abandonados.

No período infantil a relação do bebê com a mãe ou zeladora é construída por total dependência do outro. O outro se torna preponderante. O bebê não tem consciência de “si mesmo” e se apaixonamos por quem lhe dá o seio e de forma incondicional cuidados, segurança e satisfação. Esta relação é gravada no subconsciente do bebê e as  feridas emocionais geradas serão sempre  revividas dentro dos relacionamentos a vida toda.

Nossa criança interna  quando “estacionada” no período infantil terá uma percepção muito fraca de si mesma e total projeção no outro. Irá transferir ao outro a total responsabilidade por lhe dar cuidado, satisfação e segurança.

Isto quer dizer que entramos nos relacionamentos sem identidade, carentes, solitários, possessivos, ciumentos, policiais do comportamento do outro. Não conseguimos dar amor, só a pedir, exigir, receber, receber, só enxergamos o outro. O outro por sua vez tem sua criança interna nas mesmas condições tornando o relacionamento uma tarefa extremamente pesada a dois. Reflita: como a sua criança interna está se comportando em seus relacionamentos?

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Estar Apaixonado!

"Que animal você se transforma quando está apaixonado?" Joyce Pereira - 22/11/2016


ESTAR APAIXONADO!
Por Silvio Farranha Filho – psicanalista

“Me apaixonei pelo que eu inventei de você”- Marilia Mendonça – Música: “De Quem é a Culpa?”

Quando estamos apaixonados por uma pessoa, na verdade, não estamos apaixonados pela pessoa(objeto de amor). Estamos apaixonados por aquela face de nós que o outro reflete, ou “puxa” de nós.
Estamos encantados por um lado nosso que a outra pessoa gratifica emocionalmente.
Vejamos esta situação:
Um homem idoso se apaixona por uma jovem, metade de sua idade. Na relação ele se sente jovem, orgulhoso de si, cheio de vida. Ele está apaixonado por este lado dele que ela dispara. Como ele não tem consciência deste fenômeno dentro dele, ele então projeta nela(objeto de amor) esta paixão. O que ele percebe é que ele está realmente apaixonado por ela.
Uma vez apaixonados, criamos um significado com o objeto de amor, e nos próximos quatro anos, tempo que a química da paixão corre em nosso sangue, vamos nos relacionar com o significado que atribuímos ao outro. No caso o homem pode significar a moça como sendo a “fada” da vida dele. Ele está apaixonado pelo lado jovem dele, mas ele projeta este amor para a “fada”.
Processo semelhante também acontece com ela; ele ao entrar na vida dela, disparou um lado dela que é apaixonante para ela e ela atribuiu um valor a ele. Ela se relaciona com o valor dado a ele e não com a pessoa dele.
É isto, quando estamos apaixonados, estamos na idealização; idealizamos o outro conforme nossas necessidades e amamos a imagem que o outro reflete de nós.
E quando a paixão acaba?
É quando descobrimos que o outro não se enquadra na imagem idealizada que criamos dele. É quando cada um enxerga o outro como ele é. Frustração, decepção e muito provavelmente o fim da relação. Mas quando os parceiros lidam com esta frustração e a relação prossegue, aí sim, começa a construção do amor entre eles.
Vejamos esta situação:
O homem idoso descobre na relação que ele se aprisionou à beleza dela. O lado jovem, orgulhoso de si, cheio de vida dá lugar ao ciumento, possessivo, controlador. O seu pior lado e que ele odeia. No processo de projeção, ele lança a ela esta raiva que ele sente dele, ele passa a odiá-la, porque ela lhe mostra este lado sombrio da personalidade dele. Em contrapartida ele também destrói o lado dela que ela gostava.
Quando alguém entra em nossa vida, é chegada a hora de entrarmos em contato com as características em nós de que o outro é portador. Se o outro ama a si mesmo, chegou  a hora de experimentarmos o nosso amor próprio através daquela relação. Se somos racionais e entra em nossa vida um parceiro emocional, é chegada a nossa hora de trazermos à nossa consciência o nosso lado emocional, enquanto para o outro é chegada a hora dele lidar com seu próprio lado racional. 
Estarmos apaixonados é estarmos em contato com a boa imagem que temos de nós, refletida pelo outro. O Objeto de amor pode ser pessoas, acontecimentos, coisas.

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