Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

sábado, 9 de janeiro de 2016

CONFESSAR A VERDADE!

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“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!” – Jesus – João 8:32

Há inúmeras interpretações para esta lâmina de caráter espiritual, bem como, ao verbete “verdade”.
No processo de Projeção de Sombra, que é adquirir autoconhecimento através da observação dos nossos conteúdos internos refletidos em pessoas e acontecimentos, vamos entender como “verdade” a confissão pessoal a nós mesmos do real motivo que está por detrás dos nossos desejos, pensamentos, sentimentos e emoções.

Confessar a verdade deve ocorrer no momento em que surge um sentimento negativo ao percebemos que as coisas não estão saindo do jeito que queremos. Um sentimento que nos incomoda. Diante deste incômodo é hora de refletir sobre os nossos pedidos.

Nossas ações mais comuns quando surgem os sentimentos negativos (inveja, ciúmes, despeito, etc) é negar, reprimir, esconder. Quando fazemos uma força enorme para tirar tais sentimentos da mente e do coração, em Psicologia, chamamos de recalcar.

Sentimentos que são recalcados, reprimidos e negados descem ao inconsciente, mas não desaparecem. Continuando a existir, fazem pressão sobre as nossas vidas. Mesmo estando fora da nossa consciência eles determinam as nossas escolhas, ações e resultados.

Assim, diante dos nossos pedidos temos muitos comportamentos, os principais são: pedir algo mas não sabemos direito o que estamos pedindo, pedir algo que não estamos preparados para ter, pedir algo e quando alcançamos constatamos que não era o que o que queríamos, pedir algo e quando recebemos constatamos que aquilo é exatamente o que jamais desejávamos.

Quando recebemos o que pedimos, experimentamos prazer e êxtase.
Se o prazer e êxtase não forem alcançados, pode estar acontecendo de não sabermos quem somos e nem o que queremos diante daquilo que pedimos, de não estarmos aproveitando das bênçãos do que recebemos, de estarmos rejeitando o que recebemos porque o que pedimos chegou fora dos limites de tempo e espaço que estabelecemos, de não estarmos dizendo a verdade para nós do que queremos e por tabela não dizermos a nossa verdade para quem estamos pedindo, de não confessarmos a nós próprios os nossos verdadeiros sentimentos que estão por detrás do que estamos pedindo, de fazermos o pedido num momento de escassez e quando o alcançamos temos o medo de não nos sentirmos merecedores.

Dois exemplos: 1- a pessoa que está com muita inveja do casamento da amiga, porque seu casamento está em ruínas, pede a si mesma uma casa reformada e bonita. 2- a pessoa pediu ajuda para comprar um carro e quando comprou o carro constatou que não desejava realmente comprar o carro.
Novamente, a partir de uma sensação de incômodo diante de um resultado é chegada a hora de confessar para nós próprios aqueles sentimentos que temos vergonha em aceitar, admitir. Entrar em contato com os sentimentos difíceis, perturbadores, pecaminosos. Um exemplo: a pessoa confessar a si própria que trata mal o amigo a fim de esconder o sentimento de amor que nutre secretamente por ele sabendo-se, que ele é comprometido.

Em Psicologia, dizemos que estes sentimentos reprimidos, recalcados e negados constituem a nossa Sombra e se não forem tratados eles nos moverão na direção deles. Vejamos o exemplo do político que estabelece uma lei contra um determinado tipo de crime e depois é flagrado cometendo o mesmo crime que proibiu.

O nosso inconsciente está sempre nos avisando, através das pessoas e dos acontecimentos, dos momentos em que devemos parar o que estamos fazendo e buscar a nossa verdade interior. Porém, se os convites não forem atendidos, iremos obrigatoriamente fazer as confissões necessárias diante dos arrependimentos, remorsos, culpas e chegada das enfermidades.

O que fazer, então, com a verdade? Uma vez confessada emerge uma sensação de alívio, descarga e um espaço interno para se tratar das coisas realmente importantes.

Se a pessoa do item “1” confessou a si mesma a inveja que sente, e mesmo assim o sentimento não desapareceu,  é necessária a ajuda terapêutica, pois pode tratar-se de uma crença em que não merece ter um casamento maravilhoso. No processo a crença é eliminada e o sentimento de inveja desaparece, proporcionando-lhe ficar melhor consigo mesma e lidar com os reais problemas da relação, e ainda ter uma casa bonita.

É de fundamental importância a confissão pessoal de nossas verdades internas diante do que queremos, pois a liberdade alcançada será a de nos permitir ter uma vida saudável emocionalmente, sem a “maquiagem” dos nossos sentimentos.

Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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