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“Conhecereis a verdade
e a verdade vos libertará!” – Jesus – João 8:32
Há inúmeras
interpretações para esta lâmina de caráter espiritual, bem como, ao verbete
“verdade”.
No processo de
Projeção de Sombra, que é adquirir autoconhecimento através da observação dos
nossos conteúdos internos refletidos em pessoas e acontecimentos, vamos
entender como “verdade” a confissão pessoal a nós mesmos do real motivo que
está por detrás dos nossos desejos, pensamentos, sentimentos e emoções.
Confessar a verdade
deve ocorrer no momento em que surge um sentimento
negativo ao percebemos que as coisas não estão saindo do jeito que
queremos. Um sentimento que nos incomoda. Diante deste incômodo é hora de refletir
sobre os nossos pedidos.
Nossas ações mais
comuns quando surgem os sentimentos negativos (inveja, ciúmes, despeito, etc) é
negar, reprimir, esconder. Quando fazemos uma força enorme para tirar tais
sentimentos da mente e do coração, em Psicologia, chamamos de recalcar.
Sentimentos que são
recalcados, reprimidos e negados descem ao inconsciente, mas não desaparecem.
Continuando a existir, fazem pressão sobre as nossas vidas. Mesmo estando fora
da nossa consciência eles determinam as nossas escolhas, ações e resultados.
Assim, diante dos
nossos pedidos temos muitos comportamentos, os principais são: pedir algo mas
não sabemos direito o que estamos pedindo, pedir algo que não estamos
preparados para ter, pedir algo e quando alcançamos constatamos que não era o
que o que queríamos, pedir algo e quando recebemos constatamos que aquilo é
exatamente o que jamais desejávamos.
Quando recebemos o que
pedimos, experimentamos prazer e êxtase.
Se o prazer e êxtase
não forem alcançados, pode estar acontecendo de não sabermos quem somos e nem o
que queremos diante daquilo que pedimos, de não estarmos aproveitando das
bênçãos do que recebemos, de estarmos rejeitando o que recebemos porque o que
pedimos chegou fora dos limites de tempo e espaço que estabelecemos, de não
estarmos dizendo a verdade para nós do que queremos e por tabela não dizermos a
nossa verdade para quem estamos pedindo, de não confessarmos a nós próprios os
nossos verdadeiros sentimentos que estão por detrás do que estamos pedindo, de
fazermos o pedido num momento de escassez e quando o alcançamos temos o medo de
não nos sentirmos merecedores.
Dois exemplos: 1- a pessoa
que está com muita inveja do casamento da amiga, porque seu casamento está em
ruínas, pede a si mesma uma casa reformada e bonita. 2- a pessoa pediu ajuda
para comprar um carro e quando comprou o carro constatou que não desejava
realmente comprar o carro.
Novamente, a partir de
uma sensação de incômodo diante de um resultado é chegada a hora de confessar
para nós próprios aqueles sentimentos que temos vergonha em aceitar, admitir.
Entrar em contato com os sentimentos difíceis, perturbadores, pecaminosos. Um
exemplo: a pessoa confessar a si própria que trata mal o amigo a fim de
esconder o sentimento de amor que nutre secretamente por ele sabendo-se, que
ele é comprometido.
Em Psicologia, dizemos
que estes sentimentos reprimidos, recalcados e negados constituem a nossa
Sombra e se não forem tratados eles nos moverão na direção deles. Vejamos o
exemplo do político que estabelece uma lei contra um determinado tipo de crime
e depois é flagrado cometendo o mesmo crime que proibiu.
O nosso inconsciente
está sempre nos avisando, através das pessoas e dos acontecimentos, dos
momentos em que devemos parar o que estamos fazendo e buscar a nossa verdade
interior. Porém, se os convites não forem atendidos, iremos obrigatoriamente
fazer as confissões necessárias diante dos arrependimentos, remorsos, culpas e chegada
das enfermidades.
O que fazer, então,
com a verdade? Uma vez confessada emerge uma sensação de alívio, descarga e um
espaço interno para se tratar das coisas realmente importantes.
Se a pessoa do item “1”
confessou a si mesma a inveja que sente, e mesmo assim o sentimento não
desapareceu, é necessária a ajuda
terapêutica, pois pode tratar-se de uma crença em que não merece ter um
casamento maravilhoso. No processo a crença é eliminada e o sentimento de
inveja desaparece, proporcionando-lhe ficar melhor consigo mesma e lidar com os
reais problemas da relação, e ainda ter uma casa bonita.
É de fundamental
importância a confissão pessoal de nossas verdades internas diante do que
queremos, pois a liberdade alcançada será a de nos permitir ter uma vida
saudável emocionalmente, sem a “maquiagem” dos nossos sentimentos.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista
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