Todo ser humano tem necessidades, sejam fisiológicas,
eróticas, emocionais, etc. As necessidades das pessoas dão origem às empresas
cuja missão de vida é atendê-las.
Nós somos pessoas honestas, porém com necessidades. A
razão do nosso viver é satisfazer as nossas necessidades. Há, porém uma
necessidade central, inconsciente, originada da nossa relação com a nossa mãe
quando éramos bebes que até hoje insistimos em atendê-la: a de receber o amor
materno. No contato com ela, com o seu
corpo, com o seu seio, o leite materno que vinha fora apaziguava o caos
existente dentro de nós. Um êxtase vivido outrora que até hoje sentimos saudade
e que buscamos freneticamente revivê-lo através de nossas atitudes e escolhas
nos relacionamentos afetivos.
Um lar gerado no Amor produz bebês desejados e amados, que
quando crescem anseiam pela própria transcendência, pois tem algo de
satisfeitos dentro de si mesmos. Um lar gerado no Desamor produz bebês
carentes, cuja dor será o motivo de suas buscas para anestesiar ou mascarar,
não fazendo outra coisa na vida a não ser buscar essa satisfação.
Através das exigências dos nossos pais somos educados para
a Vida e os comandos familiares são fundamentais na nossa formação. Num lar
onde reina o Amor, comandos como: Não! Não pode! Faz a criança crescer dando
valor aos sentimentos, é verdadeira. Onde há o desamor estes mesmos comandos
dão origens a tensões internas, pessoas falsas, onde a critica e censura
modelam o caráter da criança, fazendo com que ela seja quem não é à procura do
que não existe. Isto quer dizer que não somos mais bebês, nossos genitores não
são mais os mesmos e o leite materno não existe mais.
O que posso fazer para você, enfim, gostar de mim
mamãe/papai?
É o nosso clamor por amor, por aquilo que um dia nos
satisfez plenamente. É o nosso grito aos nossos genitores em nos conceder o
amor materno, pois ficamos estacionados na criança carente de amor, abrigo e
proteção. O problema é que precisamos receber primeiro amor/leite materno e não temos condições de dar amor em troca.
Diante desta necessidade infantil questione honestamente o
que você busca nos relacionamentos afetivos, sob o disfarce de “companheirismo”
é uma pessoa que o aceite como é? É alguém para cuidar de você, nutrir, proteger?; Com coragem encare o desamor que
há dentro de você e duvide que vá encontrar alguém que satisfaça essas
necessidades, pois o outro também quer isto de você; Eleja alternativa para
criar o Amor dentro de si e aí, sim, compartilhe deste amor com você próprio,
com o outro, Natureza, e com
Deus/Deusa. Faça como as empresas, dê a si mesmo o que deseja. Amor é uma
necessidade que só pode ser atendida por você mesmo(a). Amar a si é a sua
missão de vida, pois o amor maternal não existe mais, porque já estamos
crescidos.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista
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