Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

COMO A PROJEÇÃO DE SOMBRA MELHORA A QUALIDADE DA RELAÇÃO AFETIVA!

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   Um dos caminhos para o autoconhecimento é pela vida afetiva. Fazer a escolha em se conhecer melhor através de um relação amorosa. Quando uma pessoa entra na nossa vida, é chegada a hora de nos conhecermos melhor através das características que a outra pessoa é portadora.

   Expressamos na vida afetiva convicções, conceitos, valores, opiniões, crenças e paradigmas sobre o que é o Amor, trazidas do nosso clã e dos antepassados. Casamento é sorte; encontrar a pessoa certa; viver em harmonia é não ter brigas; discutir a relação; dar um tempo; separação; se não der certo separa.

   A nossa vida afetiva é uma manifestação da nossa identidade afetiva que é o conjunto das verdades sobre quem somos e o que queremos em termos do Amor. O que acreditamos sobre o Amor determina a vida afetiva que temos e não a vida que desejamos. Ex.: Reclamamos falta de companheirismo na relação, isto significa que não sabemos ser companheiros, não acreditamos na companhia, estamos ausentes da nossa própria companhia. Tudo isto são reflexos da nossa verdadeira crença: acreditamos piamente na solidão e não na companhia. Solidão é ausência da nossa presença na nossa vida, onde o amor por nós próprios não é capaz de nos tornarmos felizes, assim, achar que o outro não é companheiro é estar diante do quanto não somos companheiros de nós próprios e transferimos para ele a responsabilidade de nos fazer companhia. Erradicar a crença na solidão abre portas para a presença do companheirismo, pois quem acredita em sua própria companhia jamais terá tal tipo de reclamação.

   Se a vida afetiva dói demais, buscamos ajuda no set terapêutico, mas nem sempre encontramos o que fomos procurar. Isso mostra, mais uma vez o problema da crença. Para sermos bem sucedidos com terapias é preciso acreditar que o autoconhecimento é capaz de mudar as nossas vidas. Acreditar que se tivermos informações a nosso respeito podemos com elas mudarmos nossa vida para melhor. Quanto mais eu souber sobre mim consigo mudar o meu tipo de vida. Porque é isso que o set terapêutico faz: fornecer informações a nosso respeito, nada mais.

    As informações que descobrimos sobre nós influenciam as nossas escolhas. As escolhas determinam as decisões. As decisões levam às atitudes. As atitudes determinam os resultados. Os resultados trazem a compensação emocional: realização ou frustração. A compensação emocional obriga a extrair lições das experiências. As lições se constituem no aprendizado. O aprendizado são as informações a nosso respeito sobre como fazemos as nossas escolhas. Voltamos, por fim, ao ponto para fazer novas escolhas.

   A Projeção de Sombra, criada por Carl Gustav Jung, é o método de se adquirir informações a nosso respeito através da observação cuidadosa dos nossos  sentimentos refletidos em pessoas e acontecimentos. O que estamos vendo fora de nós é um reflexo do que está dentro de nós. O processo exige uma decisão: continuar  se enganando ou encarar de frente a sua própria Verdade. Consiste em captar informações sobre si, usá-las no exame honesto de sentimentos e rever/mudar as crenças.

   Esta é a forma como o processo funciona: O emocional de um parceiro se mistura ao emocional do outro. Se um está depressivo, de quem é o sintoma? O que está em um também está no outro. O que um curar em si, o outro se cura também; As qualidades positivas que apreciamos no parceiro é um reflexo das nossas necessidades emocionais. Tudo aquilo que nos falta. É nossa a obrigação em atender às nossas necessidades e não o outro. Estamos com ele para a aprender a fazer isso; As qualidades negativas que detestamos no parceiro são reflexos dos conteúdos mal resolvidos dentro de nós. Cabe-nos a obrigação de corrigir em nós o que vemos de errado e não no parceiro ou querer que ele corrija; Refletimos nos parceiros os conflitos que temos com o nosso pai e figuras masculinas e na parceira os conflitos que temos com a mãe e figuras femininas. Então, diante de um conflito: quem sou eu? O que quero?; A relação trás à tona tudo que está recalcado e reprimido no inconsciente refletidos nas atitudes do parceiro. O outro é um espelho, pois reflete o que está  invisível para nós, uma fonte inesgotável de informações.

   Melhoramos a qualidade da relação porque alcançamos uma compreensão mais profunda sobre o Amor. Quebra-se paradigmas do clã e deixa-se um novo legado às futuras gerações. A relação permite que sejamos quem somos, que façamos o que deve ser feito e tenhamos o que desejamos. Abandonamos a crítica, o julgamento, a cobrança e a famosa DR (discutir relação) porque vamos buscar as soluções sempre dentro de nós e assim, uma relação só termina, sem nenhum prejuízo a ambos, quando os parceiros concluem juntos que não há mais nada a se aprender um com o outro.
 Por Silvio Farranha Filho - psicanalista


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