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No período de gravidez, o bebê absorve as vibrações da mãe, a atmosfera do lar, o estado-de-espírito do pai. No primeiro encontro com a mãe, ele já é senhor do mundo doméstico em que irá viver.
Quando
o bebê chega, muito comum, os pais se encontrarem no meio da jornada de suas
vidas, na busca de seus objetivos pessoais. Estão ainda incompletos, mal
resolvidos, ainda não realizados, dissolvendo o fardo das vibrações vividas no
primeiro ambiente doméstico, e muitos ainda vivendo física ou psicologicamente
no mundo dos seus próprios pais. Quando avós, em muitos casos, já estão com a
vida construída, porisso são diferentes com os seus netos.
O bebê se torna uma testemunha
silenciosa, acompanhando a jornada de seus genitores, absorvendo deles o amor,
o ódio, mágoas, ressentimentos, frustrações, desejos e necessidades, enquanto,
luta ao mesmo tempo com sua própria realidade: ser amado, alimentado,
acariciado.
A mãe é a primeira mulher, até
aonde for possível o pai o primeiro homem que o bebê entra em contato. Então
eles são a base e a verdade para o novo ser e o sistema da casa se instala no bebê.
Enquanto bebê, este ser SENTE e
PERCEBE e enquanto criança aprende o
relacionamento dos pais.através do OLHAR.
Enquanto companheiro de jornada
este ser na adolescência está compartilhando com os pais o histórico de
emoções, sensações e sentimentos vividos e armazenados. Está refletindo,
devolvendo, questionando o que absorveu.
É um choque para os pais a
devolução dos filhos, pois estão diante dos reflexos de si mesmos espelhados
neles. O comportamento dos filhos denunciam os aspectos mal resolvidos do
relacionamento dos pais. A tigresa diante do brincar dos filhotes está
observando se o pulo e a resposta dada estão corretos. Ela observa se o
instinto animal está implantado, caso contrário, ela elimina o tigre que não se
desenvolveu. O adolescente devolve as crenças, valores, e a construção
psicológica adquirida. Se o jovem escraviza os pais, ele está mostrando a eles
que escravizar foi o que ele aprendeu.
Se os nossos pais fossem pessoas
inteiras, completas, realizadas e resolvidas, todos nós, com toda a certeza,
seríamos seres iluminados, mas não é o que acontece. O que vemos é o
adolescente se preparando para sua jornada de vida ao lado de pais que ainda não completaram a deles.
Então, a DOR!
A FRUSTRAÇÃO é a dor dos pais! É o resultados das suas
próprias escolhas. É uma dor voltada contra si próprio. Uma incapacidade para
perdoar a si mesmos pelo caminho traçado. A frustração é a dor dos resultados,
da chegada. Chegaram insatisfeitos, carentes, necessitados ao lado de um grande
histórico de doenças. Chegaram e com os seus filhos partindo.
A dor do adolescente é a DOR DOS
PAIS!
Sem conseguir discutir as
vibrações com os pais, o adolescente transfere ou projeta esta discussão para
os relacionamentos que irá estabelecer.
Então, o que as más companhias,
drogas, álcool, fumo, festas, auto-mutilação, sexo têm em comum? Eles criam um
ambiente onde o jovem se sente, aceito, acolhido e confortável e somente neste
ambiente ele abre o seu emocional, discute as vibrações do seu lar. Como este
ambiente não cura a dor, ele se transforma em anestésico. Mesmos nos lares mais
abastados e com oportunidades, este ambiente emocional não é criado e o
adolescente não tem outra escolha a não ser buscar anestésicos para a sua dor!
O AMOR cura a dor! O Amor cria o
ambiente de cura! O Amor absorve as vibrações negativas e transmuta em energias
positivas! O Amor promove a compreensão da dor!
Cada genitor amando a si próprio
curará suas feridas, o seu sistema de valores e suas realizações. À medida em
que os pais curam suas dores, estas mesmas dores irão se curar em seus filhos.
e, seus filhos, algo curados, transportarão este amor para suas vidas
alcançando também os seus próprios filhos. O Amor cura pais e filhos seja em qualquer etapa da vida em que se
encontram.
Por Silvio Farranha Filho -
psicanalista
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