Eu

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O iceberg tem como propriedade a sua parte acima da superfície representa apenas 20% de seu tamanho total. Os restantes 80% ficam submersos. Por analogia, 20% do que sabemos sobre nós, está no nosso consciente e os 80% que não sabemos sobre nós, estão no nosso inconsciente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O PADRÃO DAS NOSSAS ESCOLHAS!

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   A maioria das pessoas no planeta têm duas coisas em comum: um dia de 24 horas e a capacidade de fazer escolhas durante esse dia. Isto é feito desde o momento em que acordam até o momento em que adormecem, do início da existência ao último suspiro.
   Todos nós fazemos escolhas. Se todos nós fazemos escolhas, então, a nossa vida é o resultado das nossas escolhas.
   Se nossa vida é o resultado das nossas escolhas, então, qual é o objetivo da vida? Se fazemos escolhas o tempo todo e temos a vida conforme nossas escolhas, então, o objetivo da vida é aprendermos a fazer a escolha certa. Saber fazer escolhas. Acertar nas escolhas que fazemos.
   O ato de escolher obedece a um padrão, uma estrutura interna que lhe dá vida. Podemos dizer que é: faz-se escolhas o tempo todo, a escolha que se faz é sempre a melhor, vive-se a alternativa escolhida, arca-se com as conseqüências da escolha, examina-se a compensação emocional obtida através dos resultados, revisa-se lições, crenças e convicções, volta-se ao ponto de escolha e opta-se pela outra alternativa.
   Vamos abordar os aspectos deste padrão.
   1o. Reconhecer que fazemos escolhas o tempo todo.
Todas as escolhas são feitas no momento presente, não se faz escolhas no passado nem no futuro, mas aqui e agora. Na nossa vida tudo são escolhas, toda escolha é um relacionamento e todo relacionamento é projeção. Não fazer escolhas também é uma escolha. A escolha é feita por uma dentre duas alternativas essencialmente opostas e complementares. Ex. Aceito participar  ou não aceito participar.
   2o. Enxergar que a escolha feita é sempre a melhor.
Quando dizemos enxergar significa reconhecer algo sem a menor sombra de dúvida. Deve ficar claro para todos nós que se a escolha feita foi por – aceito participar - então, esta escolha foi a melhor que a alternativa  de - não aceito participar. Sempre escolhemos a melhor alternativa, mesmo quando declaramos que não tínhamos escolha, que fomos obrigados ou que não tínhamos consciência do que estávamos fazendo.
   3o. Viver a alternativa escolhida.
Uma vez feita a escolha, deve-se viver totalmente a escolha feita e esquecer completamente a alternativa rejeitada. Não se pode participar achando que não deveria participar ou vice-versa. Vive-se apenas uma opção de cada vez. A escolha que está sendo vivida contem aprendizados exclusivos e indispensáveis, mas se a mente continua estacionada no ponto de escolha, os ensinamentos não serão adquiridos. A mente dividida faz a pessoa sofrer duas vezes. A pessoa sofre porque não está vivendo a opção feita e ao mesmo tempo sofre por não viver a escolha que rejeitou.
   4o. Enxergar que a toda escolha vivida leva a um resultado.
Quando fazemos uma escolha aceitamos de bom grado as suas vantagens e as suas respectivas desvantagens, o que é de bom e o que é de ruim. Chamamos os resultados de conseqüências. O resultado apenas é, ele não é bom nem mau, é neutro. Vai depender de como o vemos. Talvez o desejo era encontrar o resultado 10 através da combinação 1+2+3+4, mas foi obtido o resultado 9. Este resultado foi alcançado porque se trilhou o caminho 1+1+3+4. Se desejava o 10 e foi obtido o 9, o que se faz este resultado? Muitas pessoas rejeitam o 9, sofrem porque não alcançaram o 10 e não revisam o caminho trilhado.
   5o. Enxergar que todo resultado traz uma compensação emocional.
   Alegria ou tristeza, conforto ou desconforto, sucesso ou fracasso, afirmação ou frustração, são sensações que compensam a nossa emoção. Pensamos que teremos felicidade se tivermos tal objeto, mas ao adquirir o objeto a sensação de felicidade não veio junto. O objetivo foi alcançado mas a sensação esperada não. Vejamos: se a compensação emocional é a conseqüência, então a causa foi a escolha feita. A relação é direta. Isto quer dizer que ao encontramos alegria, conforto, sucesso passamos a confiar no nosso poder de escolher. Esta confiança no nosso poder de escolha nos traz uma boa auto-imagem e a nossa fala interna reflete isso, algo do tipo: “Eu fiz a escolha certa!”. Esta auto-imagem fortalece a nossa auto-afirmação e por fim, nossa auto-afirmação produz a nossa auto-estima.
   Quando encontramos tristeza, desconforto, fracasso, frustração somos remetidos a uma dor. A dor da frustração, geralmente acompanhada do sentimento de culpa por termos feito a escolha errada.  A dificuldade de se lidar com esta dor está no fato de não nos perdoarmos por termos feito tal opção. E a fala que acompanha esta dor é “Sou mesmo um idiota!” Só que a decisão foi a melhor naquele momento. Quando perdemos a confiança na nossa capacidade de escolher, buscamos a aprovação do outro.
    6o. A compensação emocional nos obriga a rever crenças e valores.
O objetivo é aprender a fazer escolhas. Cada experiência tem um aprendizado embutido, tanto no plano físico, mental, espiritual e emocional. Então somos obrigados após uma experiência, qualquer que ela seja, rever e/ou extrair lições. Assim, não repetiremos experiências e estaremos melhores preparados para as novas vivências, ou seja, fazer novas escolhas num nível superior da vida. Diante das sensações de conforto ou desconforto, chegou a hora de examinar sentimentos e idéias obsoletas, avaliar crenças, convicções e comportamentos, mudar opiniões e valores. Este exame interno nos traz as informações de como funcionamos, quais padrões mentais e emocionais que temos, como é o nosso jeito de agir, falar, andar, pensar, olhar. Todas essas informações a nosso respeito, chamada de autoconhecimento, influencia diretamente as nossas escolhas. Escolhemos conforme nossas convicções. Temos a vida no qual acreditamos.
   7o. De volta ao ponto de escolha.
Sempre voltamos ao ponto de escolha e desta vez devemos fazer a escolha pela alternativa que foi rejeitada. Isto permite conhecer os dois lados da escolha. Este conhecimento é a sabedoria que tanto ansiamos. Há sempre uma segunda chance em alguma instância da vida. A Verdade nos liberta eliminando o ciclo das experiências repetitivas e das escolhas automáticas.
   Acertar na escolha, eis o desafio. Penso que o verdadeiro motivo de uma escolha, seja ela consciente ou inconsciente, são as crenças, convicções que carregamos e o mau posicionamento no momento da tomada de decisão. Nesta linha, a proposta é fazermos duas perguntas a nós mesmos antes da escolha: - quem sou eu? O que desejo realmente? Com isto somos remetidos ao nosso sistema de crenças e valores e enxergaremos com precisão o contexto em que estamos envolvidos e assim a alternativa correta se apresentará diante de nós. Com este posicionamento a tomada de decisão irá refletir nossa essência e qualquer que seja o resultado a compensação emocional será satisfatória. Há um paradigma que diz: “Seja feliz por você ser quem você é, pois assim você fará exatamente o que deve ser feito e como conseqüência, você terá tudo o que quiser.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista



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