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A maioria das pessoas no planeta têm duas coisas em comum: um
dia de 24 horas e a capacidade de fazer escolhas durante esse dia. Isto é feito
desde o momento em que acordam até o momento em que adormecem, do início da
existência ao último suspiro.
Todos nós fazemos escolhas. Se todos nós fazemos escolhas,
então, a nossa vida é o resultado das nossas escolhas.
Se nossa vida é o resultado das nossas escolhas, então, qual é o
objetivo da vida? Se fazemos escolhas o tempo todo e temos a vida conforme
nossas escolhas, então, o objetivo da vida é aprendermos a fazer a escolha
certa. Saber fazer escolhas. Acertar nas escolhas que fazemos.
O ato de escolher obedece a um padrão, uma estrutura interna que
lhe dá vida. Podemos dizer que é: faz-se escolhas o tempo todo, a escolha que
se faz é sempre a melhor, vive-se a alternativa escolhida, arca-se com as conseqüências
da escolha, examina-se a compensação emocional obtida através dos resultados,
revisa-se lições, crenças e convicções, volta-se ao ponto de escolha e opta-se
pela outra alternativa.
Vamos abordar os aspectos deste padrão.
1o. Reconhecer que fazemos escolhas o tempo todo.
Todas as escolhas são
feitas no momento presente, não se faz escolhas no passado nem no futuro, mas
aqui e agora. Na nossa vida tudo são escolhas, toda escolha é um relacionamento
e todo relacionamento é projeção. Não fazer escolhas também é uma escolha. A
escolha é feita por uma dentre duas alternativas essencialmente opostas e
complementares. Ex. Aceito participar ou não aceito participar.
2o. Enxergar que a escolha feita é sempre a melhor.
Quando dizemos enxergar significa reconhecer algo sem a menor sombra de
dúvida. Deve ficar claro para todos nós que se a escolha feita foi por – aceito
participar - então, esta escolha foi a melhor que a alternativa de - não aceito participar. Sempre escolhemos
a melhor alternativa, mesmo quando declaramos que não tínhamos escolha, que
fomos obrigados ou que não tínhamos consciência do que estávamos fazendo.
3o. Viver a alternativa escolhida.
Uma vez feita a escolha, deve-se viver totalmente a escolha feita e esquecer
completamente a alternativa rejeitada. Não se pode participar achando que não
deveria participar ou vice-versa. Vive-se apenas uma opção de cada vez. A
escolha que está sendo vivida contem aprendizados exclusivos e indispensáveis,
mas se a mente continua estacionada no ponto de escolha, os ensinamentos não
serão adquiridos. A mente dividida faz a pessoa sofrer duas vezes. A pessoa
sofre porque não está vivendo a opção feita e ao mesmo tempo sofre por não
viver a escolha que rejeitou.
4o. Enxergar que a toda escolha vivida leva a um
resultado.
Quando fazemos uma escolha
aceitamos de bom grado as suas vantagens e as suas respectivas desvantagens, o que
é de bom e o que é de ruim. Chamamos os resultados de conseqüências. O
resultado apenas é, ele não é bom nem mau, é neutro. Vai depender de como o
vemos. Talvez o desejo era encontrar o resultado 10 através da combinação
1+2+3+4, mas foi obtido o resultado 9. Este resultado foi alcançado porque se
trilhou o caminho 1+1+3+4. Se desejava o 10 e foi obtido o 9, o que se faz este
resultado? Muitas pessoas rejeitam o 9, sofrem porque não alcançaram o 10 e não
revisam o caminho trilhado.
5o. Enxergar que todo resultado traz uma compensação
emocional.
Alegria ou tristeza, conforto ou desconforto, sucesso ou
fracasso, afirmação ou frustração, são sensações que compensam a nossa emoção.
Pensamos que teremos felicidade se tivermos tal objeto, mas ao adquirir o
objeto a sensação de felicidade não veio junto. O objetivo foi alcançado mas a
sensação esperada não. Vejamos: se a compensação emocional é a conseqüência,
então a causa foi a escolha feita. A relação é direta. Isto quer dizer que ao encontramos
alegria, conforto, sucesso passamos a confiar no nosso poder de escolher. Esta
confiança no nosso poder de escolha nos traz uma boa auto-imagem e a nossa fala
interna reflete isso, algo do tipo: “Eu fiz a escolha certa!”. Esta auto-imagem
fortalece a nossa auto-afirmação e por fim, nossa auto-afirmação produz a nossa
auto-estima.
Quando encontramos tristeza, desconforto, fracasso, frustração
somos remetidos a uma dor. A dor da frustração, geralmente acompanhada do
sentimento de culpa por termos feito a escolha errada. A dificuldade de se lidar com esta dor está
no fato de não nos perdoarmos por termos feito tal opção. E a fala que
acompanha esta dor é “Sou mesmo um idiota!” Só que a decisão foi a melhor naquele
momento. Quando perdemos a confiança na nossa capacidade de escolher, buscamos
a aprovação do outro.
6o. A
compensação emocional nos obriga a rever crenças e valores.
O objetivo é aprender a fazer
escolhas. Cada experiência tem um aprendizado embutido, tanto no plano físico,
mental, espiritual e emocional. Então somos obrigados após uma experiência,
qualquer que ela seja, rever e/ou extrair lições. Assim, não repetiremos
experiências e estaremos melhores preparados para as novas vivências, ou seja, fazer
novas escolhas num nível superior da vida. Diante das sensações de conforto ou
desconforto, chegou a hora de examinar sentimentos e idéias obsoletas, avaliar
crenças, convicções e comportamentos, mudar opiniões e valores. Este exame
interno nos traz as informações de como funcionamos, quais padrões mentais e
emocionais que temos, como é o nosso jeito de agir, falar, andar, pensar, olhar.
Todas essas informações a nosso respeito, chamada de autoconhecimento,
influencia diretamente as nossas escolhas. Escolhemos conforme nossas
convicções. Temos a vida no qual acreditamos.
7o. De volta ao ponto de escolha.
Sempre voltamos ao ponto de
escolha e desta vez devemos fazer a escolha pela alternativa que foi rejeitada.
Isto permite conhecer os dois lados da escolha. Este conhecimento é a sabedoria
que tanto ansiamos. Há sempre uma segunda chance em alguma instância da vida. A
Verdade nos liberta eliminando o ciclo das experiências repetitivas e das
escolhas automáticas.
Acertar na escolha, eis o desafio. Penso que o verdadeiro motivo
de uma escolha, seja ela consciente ou inconsciente, são as crenças, convicções
que carregamos e o mau posicionamento no momento da tomada de decisão. Nesta
linha, a proposta é fazermos duas perguntas a nós mesmos antes da escolha: -
quem sou eu? O que desejo realmente? Com isto somos remetidos ao nosso sistema
de crenças e valores e enxergaremos com precisão o contexto em que estamos
envolvidos e assim a alternativa correta se apresentará diante de nós. Com este
posicionamento a tomada de decisão irá refletir nossa essência e qualquer que
seja o resultado a compensação emocional será satisfatória. Há um paradigma que
diz: “Seja feliz por você ser quem você é, pois assim você fará exatamente o
que deve ser feito e como conseqüência, você terá tudo o que quiser.
Por Silvio Farranha Filho -
psicanalista
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