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Reflitamos
por instantes sobre esta frase: “A pessoa tem a vida na qual acredita!”
A
frase está indicando que a pessoa tem o tipo de vida de acordo com suas
convicções internas. Por mais que ela tente mudar sua vida, não conseguirá,
pois todos os seus esforços serão inúteis e terá sempre os mesmos resultados, o
mesmo tipo de vida. Isto porque as mudanças estão focadas nas atitudes externas
e não nas crenças íntimas.
Crença
não é o que se acredita. É o que se manifesta ou se materializa em
resultados. Crenças são as
manifestações do que realmente acreditamos.
As crenças são as raízes dos conflitos emocionais. Elas criam a Sombra.
Identifica-las e erradicá-las é o objetivo maior do processo de projeção de
Sombra. Uma vez erradicadas, promovem a extinção total dos conflitos.
Por
serem invisíveis aos nossos olhos, estando mais próximas ao nosso sentir do que
ao nosso pensar, elas nos obrigam, em muitos casos, a procurar por ajuda
profissional para identifica-las. As crenças nascem de diversas maneiras, as
nascidas do nosso poder de observação, interpretação dos fatos e formatação de
diálogos internos, as originadas de mensagens subliminares (mensagens ocultas
passadas diretamente ao inconsciente), herança familiar, cultural, etc.
Um
exemplo de invisibilidade da crença.
Uma
pessoa se define como próspera, mas corre ao mercado quando ouve que haverá
falta de produtos. Julgando-se crer na prosperidade, sua atitude denuncia a
crença na escassez.
Um
exemplo de crença através de mensagem subliminar.
Um
conselho dado por uma mãe ao seu filho: “Você é muito jovem para namorar,
estude primeiro!”. A mensagem subliminar passada é a de que a mulher é má e
poderá destruir sua carreira, instalando na psique do jovem a crença na
destruição. O jovem manifestará essa crença vendo as mulheres apenas como
diversão, não se envolvendo seriamente ou vive de encontros e desencontros,
onde as parceiras se queixam que quando elas pensam que a relação vai acabar
ele se aproxima, quando pensam que a relação vai se firmar, ele se afasta.
Inconscientemente ele está tentando preservar-se até o final dos estudos.
Um
exemplo de crença adquirida através de interpretação de fatos.
A
criança acorda à noite chamando pela mãe, mas é o pai quem lhe atende. Sem
saber do acordo feito entre eles, começa chamar a sua atenção a vinda do pai.
As repetições criam diálogos internos que instalarão a crença na rejeição, tais
como: “Toda vez que chamo minha mãe, é meu pai que vem!”, “Se toda vez que
chamo por minha mãe é o meu pai que vem, então, acho que minha mãe não gosta de
mim!”, “É sempre a mesma coisa! Minha mãe não gosta de mim mesmo!”, “Eu sei que
minha mãe não gosta de mim, e tenho a certeza de que jamais gostará!”. A crença
na rejeição fica enraizada e escondida na Sombra e se manifestará na vida
adulta quando essa pessoa exigir que o outro lhe atenda de prontidão ao seu
chamado. Esta atitude causa transtornos ao parceiro e suas reações provocam a
queixa da pessoa que não está se sentindo amada. Inconscientemente é a criança
reagindo contra sua mãe por não lhe atender aos chamados.
Somos
escravos das nossas convicções. Temos a vida no qual acreditamos, na qual
atraímos. Nossas crenças atraem a vida que temos. Se nossas crenças internas são
saudáveis, temos uma vida próspera e feliz, já as crenças perniciosas são as
responsáveis pelas doenças, criminalidade, morte, guerras, etc. Um músico vive
da música. Ele acredita na música. A música é a sua verdade, mas se, ao se
declarar músico, mas viver de outra coisa, significa que ele não acredita que
possa viver da música; Ele acredita em outra coisa, menos na música.
Alguns
tipos:
Crença
na
inferioridade, na limitação;
na
falta e escassez, no não merecimento;
na
resistência a compromissos;
no abrigo e proteção;
na
perda do senso da ação e prioridade;
no ressentimento,
na
raiva, na rejeição, na culpa, na destruição,
no
medo e desconfiança; na defensiva,
no
desejo de estar indo em outra direção;
no mundo hostil e ameaçador.
Podemos
perceber a presença das nossas crenças nas seguintes situações: nas palavras
que pronunciamos, nas nossas atitudes, nos nossos diálogos internos. Erradicar
crenças é a chave, mas não nos iludamos, não é tarefa tão fácil.
Por Silvio Farranha Filho - psicanalista
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